

Foto: Alan Santos – PR
Jornal GGN – Michel Temer tenta driblar a impopularidade de reverter a desoneração que beneficiava empresas de 50 setores do governo de Dilma Rousseff. Com a nova proposta assinada por Orlando Silva (PCdoB-SP), aplicando o benefício a 20 setores, o mandatário deve vetar.
Junto com o pacote de medidas econômicas priorizado pelo governo Temer para ainda ser aprovado no Congresso antes das eleições 2018, está a reoneração da folha de pagamento das empresas, um nome não tão assustador quando a própria política.
Na prática, de acordo com proposta apresentada ao Congresso em setembro de 2017, Temer e sua equipe econômica querem cortar a desoneração criada pela ex-presidente. Mas para isso, precisa da adesão tanto da Câmara, quanto do Senado, passando pela maioria simples dos parlamentares.
A pauta já sofreu modificações e a última foi escrita pelo relator, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), um crítico das medidas econômicas do governo atual. O texto do relator estende a possibilidade de desonerar, que antes sob a autoria do governo era destinado a apenas 3 setores, a um total de cerca de 20 áreas.
A própria base aliada do governo mostra-se resistente à aprovação do projeto. Mas uma estratégia do governo, que deve ser aplicada nas próximas semanas, é a de apoiar o aumento do benefício que isenta impostos a empresas, em acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e depois o Executivo vetar trechos do projeto.
Isso porque a pressa por aprovar a matéria tem importância: após ser aprovado e promulgado pelo Planalto, há um limite de 90 dias para que a arrecadação dos impostos comecem a valer. Por isso, o governo quer evitar a diminuição do tempo e, consequentemente, da previsão de arrecadação para este ano.

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