PL da terceirização gera a queda de braço entre Cunha e Renan

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Da Revista Fórum

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), têm divergido publicamente sobre o Projeto de Lei 4.330, mais conhecido como PL da terceirização, cujas emendas foram aprovadas nesta semana pela Câmara. Enquanto Cunha quer celeridade na votação da matéria, que agora vai para o Senado, Calheiros discorda e ameaça travar a tramitação na Casa que comanda.

“Ter pressa nessa regulamentação significa, em outras palavras, regulamentar a atividade-fim, e isso é um retrocesso, uma pedalada no direito do trabalhador”, afirmou Renan na última quinta-feira (23). “Demorou 11 anos para passar na Câmara, se demorar cinco para tramitar no Senado está bom”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo um interlocutor direto do peemedebista sobre sua disposição em votar o projeto.

Não demorou muito para que Cunha rebatesse as declarações do colega de partido. “Se eles podem segurar [projetos], a Câmara pode segurar também o que veio do Senado”, ameaçou, e adicionou, quando questionado sobre a suposta demonstração de força: “É óbvio que a Câmara tem o que segurar”.

O clima entre os parlamentares se acirrou na última quarta-feira (22), quando o deputado carioca mandou um recado público ao alagoano: “O que a Câmara decidir pode ser revisado pelo Senado. Mas a última palavra será da Câmara. A gente derrubaria a decisão se o Senado desconfigurar [o projeto]“.

Caso engavete o PL, Renan deve sofrer outras formas de represália. Aliados de Cunha garantem que podem barrar um projeto fundamental para Alagoas, estado governado pelo filho de Calheiros, Renan Filho, também do PMDB. Trata-se da proposta sobre a anistia na concessão de incentivos fiscais dados por estados ilegalmente. O texto, aprovado pelo Senado no começo do mês, passará ainda por duas comissões temáticas e pelo plenário da Câmara. Na primeira delas, será relatada por Soraya Santos (PMDB-RJ), do grupo de Cunha.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. Será?! Será que gera?! É

    Será?! Será que gera?! É apenas encenação para produzir manchetes. Aguardem!! Até o final do ano a terceirização estará nas ruas. E a culpada é a Dilma.

  2. Show de pitis.

    Nenhum jornalista escreveu que os dois “democratas” estão dando pitis! São do mesmo partido, e são tão “harmônicos” entre si.

    Mas se fosse uma mulher, pronto, era mais um piti!

    Ainda querem que a Presidenta vete algo que sequer foi aprovado – e nesse embalo, vai longe a coisa. Tenha paciência.

    Os dois democratas estão “cheios” de razão. Um querendo aparecer mais que o outro. Ainda bem que ambos respeitam o articulador político, o Vice Presidente Temer – ha, ha, ha.

    O problema do governo está no PMDB, que alguns acham que deve ser tratado como solução. Uma manifestação notória que o interesse do PMDB não existe, e sim o interesse da cada cacique de ter o quinhão maior do butim pro grupo deles. A nomeação de hoje é o escândalo daqui a dois anos ou menos.

    A Presidenta conferiu a articulação política ao PMDB pois os Renans e os Cunhas não aceitavam quem a Presidenta indicou. Aí entra o em campo o Temer – que já andou falando abobrinha a respeito de contigenciamento do Fundo Partidário, que foi triplicado por obra e graça de Romero Jucá, um dos articulados por Temer.

    Isso é muito bom que acontece, pois dá a entender que não necessariamente o problema esteja só no Palácio do Planalto. Ninguém atura essas sandices.

  3. …do grupo de Cunha. 
    Parece

    …do grupo de Cunha. 

    Parece um monte de grupos mafiosos. O grupo do fulano do beltrano ou do cicrano que só representam seus próprios interesses.

  4. Brasil?

    Em que está se tornando o Brasil, onde seus parlamentares somente se preocupam com seu umbigo e nem querem saber dos brasileiros. Tudo c/ a colaboração insuspeitissima do partido dos cínicos conhecido pela alcunha de PSDB, um partido Social e Brasileiro e que vai pedir o  impitim da Presidente eleita por nós . E essa laia de  gente quer ser o próximo presidente. Mas quem não presta é o PT.

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