Abordagem de Saúde Única é chave para prevenir a “próxima pandemia”

Na atualização semanal sobre a situação da COVID-19 nas Américas, a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne, pediu aos países que se prepararem para a próxima pandemia, abordando as ameaças à saúde decorrentes da conexão entre humanos, animais e meio ambiente.

O investimento na “Saúde Única” é a melhor forma de detectar rapidamente patógenos emergentes que têm o potencial de representar um risco à saúde públicaFoto: © Agência Brasil

da ONU – Organização das Nações Unidas

Abordagem de Saúde Única é chave para prevenir a “próxima pandemia”

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, declarou na quarta-feira (6) que as infecções por COVID-19 diminuíram nas Américas na semana passada, mas “as tendências locais continuam preocupantes”. Etienne pediu aos países que acelerem os esforços de vacinação e adotem medidas para fortalecer a vigilância para monitorar doenças que se propagam de humanos para animais, como os coronavírus.

A diretora também anunciou que a OPAS fechou acordos adicionais com AstraZeneca, Sinopharm e Sinovac para facilitar o acesso às vacinas contra a COVID-19 na América Latina e no Caribe. As vacinas autorizadas da Lista de Uso Emergencial da OMS serão disponibilizadas aos países neste ano e em 2022.

Referindo-se ao risco apresentado por doenças transmitidas de animais a humanos – ou zoonóticas -, Etienne pediu que os governos regionais apliquem uma abordagem de “Saúde Única” para detectar rapidamente patógenos emergentes que têm o potencial de representar um risco à saúde pública. A OPAS priorizou esse enfoque por muitos anos.

“Assim como trabalhamos juntos para controlar esta pandemia, devemos considerar as maneiras pelas quais podemos colaborar para evitar futuras pandemias”, disse a diretora da OPAS.  

“A COVID-19 tem sido única em sua escala e impacto, mas não é a primeira doença emergente a causar efeito cascata em todo o mundo”, acrescentou Etienne, citando epidemias recentes com impactos graves causados por doenças que se espalham de animais para pessoas, como ebola, chikungunya, febre amarela, gripe aviária e zika.

“Precisamos que os países garantam que os parceiros dos setores animal, agrícola e ambiental sejam trazidos à mesa para construir sistemas de vigilância mais robustos que possam detectar riscos mais rapidamente, priorizar investimentos em pesquisa e desenvolvimento para patógenos de alto risco e estabelecer fortes respostas à pandemia que se baseiam nos pontos fortes dessas diversas áreas de especialização”, afirmou Etienne.

Segundo a diretora da OPAS, à medida que os países revisam seus orçamentos de saúde, repensam como prestam cuidados de saúde e se envolvem em esforços globais para prevenir a próxima pandemia, pedimos que construam com a abordagem Saúde Única “como a maneira mais inteligente e eficaz de nos proteger contra o próxima crise.”

Abordando a trajetória da COVID-19 nas Américas nesta semana, Etienne observou que os casos diminuíram nos Estados Unidos e Canadá, mas aumentaram no México. Enquanto os casos diminuem no Caribe, Cuba e Bermuda continuam notificando altas taxas de novas infecções e Barbados viu os casos aumentarem em quase 75% na última semana.

Embora os casos estejam, em geral, diminuindo na América Central, a Costa Rica continua apresentando altas taxas de hospitalização e uso de leitos na UTI. As hospitalizações também aumentaram em dois terços em Belize.

Na América do Sul, os casos estão diminuindo em muitos países, mas aumentando no Chile, onde o crescimento é causado principalmente por surtos em centros urbanos. Na última semana, quase 1,2 milhão de casos de COVID-19 e 24 mil mortes relacionadas foram notificados nas Américas.

Redação

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