Covid-19 – Balanço de momento (13-14/4), por Felipe A. P. L. Costa

Levando em conta os dados obtidos de ontem para hoje (13-14/4), um resumo geral do que se passa no mundo

Covid-19 – Balanço de momento (13-14/4).

por Felipe A. P. L. Costa [*]

Este artigo atualiza os números a respeito da pandemia da Covid-19 divulgados em artigo anterior [1].

Levando em conta os dados obtidos de ontem para hoje (13-14/4), um resumo geral do que se passa no mundo seria o seguinte:

(A) Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] concentram 89% dos casos (de um total de 1.920.918) e 94% das mortes (de um total de 119.686) [3]. Como escrevi em artigo anterior, os números continuam a escalar, mas a um ritmo declinante (ver ‘Covid-19 – Nós batemos no teto?’ – aqui). Em termos globais, ainda estamos aquém do topo da curva da pandemia; alguns países, no entanto, já estão descendo a ladeira [4].

(B) Entre esses 20 países, a taxa de letalidade subiu de 6,3% para 6,6%. Itália (12,8%), Bélgica (12,8%), Reino Unido (12,6%), França (10,8%), Países Baixos (10,6%) e Espanha (10,4%) são os que mais empurram a média para cima. Rússia (0,8%), Israel (1%), Coreia do Sul, Turquia, Alemanha e Áustria (os quatro com pouco mais de 2%) são os que mais puxam a média para baixo. A taxa brasileira está agora em 5,7%.

(C) Nesses 20 países, a julgar pelos números divulgados, 415 mil indivíduos já teriam recebido alta, o que corresponde a 24% dos infectados. China (94%), Coreia do Sul (71%), Irá (63%), Suíça (53%), Áustria (52%) e Alemanha (49%) lideram os percentuais de recuperação.

*

Notas

[*] Para detalhes e informações sobre o livro mais recente do autor, O que é darwinismo (2019), inclusive sobre o modo de aquisição por via postal, faça contato pelo endereço [email protected]. Para conhecer outros livros e artigos, ver aqui.

[1] O balanço anterior pode ser visto aqui. Estou a acompanhar as estatísticas mundiais em dois painéis, ‘Mapping 2019-nCov’ (Universidade Johns Hopkins, EUA) e ‘Worldometer’ (Dadax, EUA).

[2] Os dois percentuais seguem caindo, uma indicação de que a importância relativa de outros países está a aumentar. Embora pareçam estar se acalmando na Ásia e na Europa (e em parte da Oceania), os números ainda estão a escalar nas três Américas e na África. Os 20 primeiros países do ranking podem ser arranjados em cinco grupos: (a) Acima de 500 mil – Estados Unidos; (b) Entre 100 e 500 mil – Espanha, Itália, França e Alemanha; (c) Entre 50 e 100 mil – Reino Unido, China, Irã e Turquia; (d) Entre 25 e 50 mil – Bélgica, Países Baixos, Suíça, Canadá e Brasil; e (e) Entre 10 e 25 mil – Rússia, Portugal, Áustria, Israel, Suécia e Coreia do Sul.

[3] A computação que estou a fazer leva em conta os dados divulgados no início da madrugada (horário de Brasília).

[4] A situação em certos países chama muito a atenção, positivamente. Sem falar da China, que é uma superpotência e foi o primeiro epicentro da pandemia, eu diria o seguinte: a julgar apenas pelo comportamento dos números, nós temos muito a aprender com a Coreia do Sul e a Austrália. Sobre padrões de crescimento numérico, ver as duas primeiras partes do artigo ‘Corpos, gentes, epidemias e… dívidas’ (aqui e aqui).

***

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Não da para confiar nesses números “oficiais”, e as sub notificações? E os assintomáticos? Da para confiar em dados de países autoritários como China, Rússia, Turquia, Irã e até a “sem” casos Coreia do Norte?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador