Jornal GGN – O governo do Amazonas teve tempo para agir contra a falta de oxigênio em Manaus e simplesmente não o fez, diz o senador Eduardo Braga (MDB-AM) na CPI da Covid-19, em andamento no Senado Federal.
“Em julho, o fornecimento (de oxigênio medicinal) já estava em 413 mil metros cúbicos – já tinha praticamente dobrado, e a secretaria tem conhecimento disso”, disse Braga. “Em agosto, mais de 400 mil. Em setembro, 424 mil. E aí, em outubro, 424 mil, mas quando chega novembro, já vai para 505 mil. 582 mil”.
“Esse crescimento não foi, como está aqui, ‘ah, cresceu do dia 07 para o dia 09’, não houve tempo, houve notificação. Agora, isso não isenta a questão que vossa excelência acabou de falar com relação ao lockdown, ao negacionismo, isso não isenta”, ressalta o senador, durante o depoimento do ex-secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campelo.
“O que é fato é que havia um aumento gradual, firme, constante em função do número de infectados, e a secretaria do governo do estado teve tempo suficiente para poder agir, e enquanto isso, em 24 horas que ele ficava trocando ofício, 200 pessoas estavam morrendo em Manaus por falta de oxigênio”.
Campelo também destacou que comunicou o governo federal sobre a necessidade de compra de oxigênio por outro fornecedor. Questionado a respeito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o ex-secretário amazonense disse que enviou um ofício por volta da meia noite do dia 08. “Nós encaminhamos esse ofício, entre o dia 07 e o dia 08”, disse Campelo. “Nós encaminhamos essa carta pedindo apoio, foi isso que nós fizemos”.
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