
Jornal GGN – Os irmãos Luis Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-MG) já estão no Senado Federal e começaram a depor na CPI da Pandemia, por conta das denúncias de corrupção envolvendo a operação de compra da vacina Covaxin.
Luis Ricardo Miranda é chefe de importação do Ministério da Saúde desde 2018 e não participa de licitações, ele apenas atua na área de execução, autodenominando-se “ponta final do processo”. “Meu partido é o SUS”, disse o servidor público. “Meu trabalho é fazer com que a vacina chegue o mais rápido possível”, disse, afirmando que veio direto dos Estados Unidos para Brasília. Ele foi responsável por receber e fazer processo de exportação de 3 milhões de doses da Janssen do governo dos Estados Unidos para o Brasil.
“Fomos expostos em uma gravação do Ministério Público Federal, que vazou. Não procuramos essa CPI, fomos procurados – meu irmão foi procurado, questionado quem era a pessoa do MS que teria dado depoimento ao MPF”, disse o deputado. “Eu, na minha atribuição de parlamentar, procurei meus colegas parlamentares dessa casa, em especial dessa CPI, explicar que o caminho poderia ser muito ruim para o meu irmão, afinal de contas porque ele estaria dando um depoimento em 31 de março, sendo que a grande maioria dos problemas ocorreram na semana que antecedeu o diálogo que nós tivemos com o presidente da República dia 20?”
Segundo o deputado, ele apenas fez o que qualquer cidadão deveria fazer – levou o caso ao conhecimento daquele que ainda acredita e que deveria tomar as ações possíveis para apontar irregularidades. No caso, o presidente da República, Jair Bolsonaro. “O Presidente entendeu a gravidade, olhou nos meus olhos e disse ‘isso é grave’. Não me recordo do nome do parlamentar, mas ele até citou o nome pra mim, dizendo que isso é coisa de fulano, não me recordo. Ele falou ‘vou acionar o DG da Polícia Federal que, de fato, isso é grave”.
De acordo com Luis Miranda, seu irmão não assinou o documento pelo qual pressionavam – “(Meu irmão foi) pressionado por prints, documentos e fatos de que eu intervi pela forma e modus operandi porque eu entendo de importação e exportação, que talvez se não entendesse acharia aquilo normal. Eu sei o que é uma nota fiscal internacional, eu sei o que são os documentos de importação e falei para o meu irmão “não assina, não faça, segura, estou aguardando o presidente, ele vai me responder”. E ele respondeu, me atendeu, disse que ia dar o provimento”.
Diante disso, o parlamentar questionou os senadores. “Como pode sermos os errados, sermos atacados pelo próprio Palácio do Planalto? Senadores, colegas, que são defensores do combate a um indício de corrupção, que tem que ser investigado, estão do lado do errado ou do lado do denunciante (…)”
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