Pandemia gerou 305 mil mortes acima do esperado no Brasil, diz Jurema Werneck

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Número corresponde a vítimas diretas e indiretas pela covid-19; pesquisadora afirma que primeiros alertas foram feitos em maio de 2020

Diretora-executiva da Anistia Internacional e coordenadora do Movimento Alerta, Jurema Werneck. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Jornal GGN – A pandemia de covid-19 gerou um total de 305 mil mortes acima do esperado no Brasil nas primeiras 52 semanas de pesquisa. A afirmação é de Jurema Werneck, coordenadora do movimento Alerta e diretora-executiva da Anistia Internacional-Brasil, em depoimento aos senadores da CPI da Pandemia nesta quinta-feira.

“Os senhores podem perguntar: todas as 305 mil mortes são por covid? tem casos de covid, mortes causadas diretamente por covid e mortes causadas indiretamente pela presença da pandemia”, disse a pesquisadora. “Significa que pessoas ou retardaram a busca de ajuda e morreram antes de ter ajuda, e pessoas que buscaram ajuda, mas o serviço estava sobrecarregado e não foi capaz de dar atenção necessária e vieram à óbito também”.

Jurema lembra que o movimento Alerta, que reúne diversas entidades da sociedade civil para informar e estudar os efeitos da pandemia, emitiu os primeiros alertas em maio de 2020, por meio de um manifesto chamado “Alerta sobre a responsabilidade pelas mortes evitáveis por covid-19”.

“Naquele momento, naquele manifesto, já afirmávamos que era preciso uma ação insistente, contundente e aprofundada para proteger a saúde e a vida da população brasileira e, principalmente, era preciso colocar em curso medidas que já estavam à disposição já em maio de 2020 e digo, ainda no início da pandemia no Brasil, medidas que salvariam vidas”, explica Jurema aos senadores.

“Naquele momento a gente dizia que mortes evitáveis tem responsabilidades atribuíveis – o que queríamos dizer com isso: é que aquelas autoridades que não cumprissem com o seu dever de proteger a saúde e a vida das pessoas deveriam ser responsabilizadas, e que esse grupo de organizações chamado Alerta se comprometia com a sociedade brasileira de levar adiante os estudos, as informações e as mobilizações para que os responsáveis sejam apontados, as decisões sejam tomadas e, principalmente, para que essas autoridades passassem a corrigir a rota, virassem a página e passassem a produzir ações de forma consistente para salvar vidas”.

Acompanhe a CPI da Covid-19 na TV GGN

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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