Para Osmar Terra, imunidade de rebanho “é um resultado, não é uma estratégia”

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em depoimento na CPI da Pandemia, deputado federal cita caso do Reino Unido – o que levou a críticas de senadores e do presidente da comissão

Ex-ministro da Cidadania, deputado Osmar Terra (MDB-RS). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Jornal GGN – A imunidade de rebanho “é um resultado, não é uma estratégia”, afirma o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) ao relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), na CPI da Pandemia, no Senado Federal.

“Quando eu falo de imunidade de rebanho, é o fim – o H1N1 durou 13 semanas, 14 semanas e terminou. A gripe espanhola, a mesma coisa. A gripe asiática, a mesma coisa. A gripe em Hong Kong, a mesma coisa. A gripe russa, mesma coisa (…)”, afirmou o deputado federal. “O que eu disse foi o seguinte: por que não se desenvolve uma vacina durante uma pandemia? Isso é um dado importante também para saber. A vacina é uma coisa que demora para ser desenvolvida, e demora para ser testada e, mais ainda, demora para ser produzida em uma escala colossal como precisa. Por isso que a vacina vem depois (…)”

Para justificar sua argumentação, Osmar Terra usa o caso de inquérito sorológico do Reino Unido – “uma soma de um grande número de pessoas que já tinham anticorpos e, agora, com um grande número de pessoas já vacinadas. Terminou”.

Após essa colocação, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), interrompeu o questionamento para interpelar Terra. “Ele respondeu uma coisa que não dá para a gente não questioná-lo: o senhor está dizendo que, na Inglaterra, é por que foi uma grande quantidade de pessoas infectadas, por isso que ela está em uma situação boa hoje? O senhor insiste nessa questão?”

“Deputado, a Inglaterra é porque vacinou, deputado. Se nós tivéssemos começado a vacinar em dezembro, nós não estávamos na situação que nós estamos”, disse Aziz, enquanto outros senadores citaram o período de três meses de lockdown realizado pelo Reino Unido para conter a disseminação do vírus.

“O Reino Unido começou, no dia 08 de dezembro, a vacinação. E no dia 08 de dezembro, explodiu a cepa britânica – que fez essa curva gigantesca aqui”, disse Terra. “Claro que a vacina não ia conseguir fazer efeito até chegar no pico e depois cair”.

Depois de lembrar Terra que era três meses depois da segunda dose, Omar Aziz lembra que “o primeiro-ministro teve que se retratar com a população inglesa, porque ele achava e se tinha essa estratégia de imunidade de rebanho. E ele quase cai por causa disso, teve que se explicar ao Parlamento britânico. Tá tendo uma investigação em cima disso”, afirmou, com Calheiros afirmando que “está tendo uma investigação do período em que ele esteve apoiando o negacionismo”.

Acompanhe a CPI da Covid-19 na TV GGN

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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