Foto: Beto Barata/PR
Da Carta Maior
Meirelles e Goldfajn: missão destruidora.
Não foi outra a razão, aliás, pela qual o Brasil tem ocupado com destaque a posição de campeão mundial nesse quesito ao longo das últimas duas décadas. Em raras ocasiões, durante um ou outro mês, acabamos sendo ultrapassados por países como Turquia ou Rússia.
SELIC caiu, mas a taxa real cresceu.
Mas o aspecto mais relevante refere-se ao fato de que a taxa de juros em termos reais aumentou ao longo desse período de queda da SELIC. Ao contrário do que imagina o senso comum, esse fato causa estranheza inicial. O “pequeno detalhe” suge pelo fato de que devemos descontar a inflação para avaliarmos os efeitos efetivos da taxa de juros. Isso significa que os ganhos de quem se beneficia pela taxa ou as perdas de quem é devedor no mercado financeiro aumentaram desde maio do ano passado. Esse aparente paradoxo pode ser explicado de forma bastante simples. Na verdade, tudo se deve graças à extrema competência e à grande dedicação com que a equipe econômica logrou mergulhar o Brasil na mais profunda crise recessiva de sua História.
O desemprego em nível recorde, a falência de empresas que se generaliza e a redução extrema do nível de atividades compromete de forma absurda a capacidade de renda de todos os agentes econômicos. Com isso, não havia razões para duvidar que os níveis da inflação iriam realmente baixar. O raciocínio liberal conservador pouco se importa com os efeitos sociais e mesmo econômicos da destruição provocada pela estagnação. O essencial, para os defensores da ortodoxia, é que os preços baixem. Ah, mas os trabalhadores estão desempregados e não têm mais renda nem mesmo para consumir o básico. Isso pouco importa, é aspecto secundário no debate. O relevante é que consegui provar que a inflação caiu.
Pois bem, mas nem assim, o argumento se sustenta. Consideremos que a inflação em maio do ano passado registrava um IPCA de 9,32% anuais. Com a SELIC em 14,25%, pode-se calcular uma taxa de juros real por volta de 4,5% ao ano. A recessão brutal provocou a queda do IPCA para 4,08% em abril deste ano. A redução da SELIC para 11,25% fez com que os ganhos reais, descontada a inflação, saltassem para 6,9% ao ano. Isso significa que os ganhos do sistema financeiro só fizeram aumentar considerando a rentabilidade de suas operações. Para que a taxa de juros real não tivesse aumentado em relação ao mês período do ano anterior, seria necessário que a SELIC estivesse arbitrada atualmente no patamar de 8,75%.
Enquanto isso, na sala de juros.
“A agenda da Câmara, em sintonia com a do presidente Michel Temer, tem como foco o mercado, o setor privado”.
Fim de peça. Baixou o pano.
* Paulo Kliass é doutor em Economia pela Universidade de Paris 10 e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal.
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Quanto custa?
Cobro destes economistas que, ficam falando difícil para que não entendamos, o seguinte:
Quando vão fazer uma avaliação real do quanto custou e está custando o golpe? Em reais (R$)?
Ao stf será eternamente cobrado o prejuizo moral da destruição da democracia, mas aí é outro tanto, embora de valor enorme e inestimável. E que ainda deu origem ao desastre econômico e ao prejuizo citado.
Avaliar por avaliar eu mesmo sei: não menos que 500 (quinhentos) bilhões de reais.
Depois do golpe o caos, mas nunca pensei que seria tamanho.
Existe um monte de
Existe um monte de economistas brasileiros com pós-doutorado.
Estranhamente, há um debate interditado na mídia sobre o porquê de pagarmos juros reais mais elevados que países mais frágeis financeiramente e politicamente.
Não é possível que esses doutoures não tenham uma explicação.
Nitidamente…
….o golpe foi um ato de guerra. Política de terra arrasada para o Brasil. Salgaram a economia para que nada mais produza, e pouparam a terra (mas a venderam) para, como ao longo dos últimos 400 anos, ser uma plantation escravagista agroexportadora (agro é pop, sqn….).
Quanto à Selic, nada mais é do que espoliação. Trabalhamos para pagar impostos que sustentam pagamento de juros a banqueiros internacionais e meia dúzia de preguiçosos nativos.
A única saída: refundação da República e EFETIVA independência do Brasil. Temos recursos, temos pessoal, temos vontade. Só falta fazer.
Dentro da lei!
O setor financeiro só trabalha dentro da lei!
Por isso a PEC 55 saiu na frente, foi a primeira das obras primas arquitetadas pelos golpistas!
Ainda tem a trabalhista, a previdenciária, mas nem pensar na fiscal e tributária!
Não são amadores como construtoras, frigoríficos que fazem tudo por debaixo dos panos, na base do caixa 2!
Sem contar o resto que nem softwares e contabilidade paralela têm!
De tempos em tempos eles apoiam um golpe e com a quebradeira, talvez ai o empresário compreenda que durante o intervalo entre um golpe e o outro, a sua única função foi o de “esquentar” o negócio para entregar aos banqueiros a um precinho de ocasião para salvar as cuecas ou calcinhas!
Já que somente as taxas dos bancos pagam seus funcionários!
Juros e golpe sempre acabam em lucro!