Jornal GGN – Poucas dezenas de bolsonaristas se reuniram, durante este domingo (14), na área central de Brasília, em um ato em frente à Praça dos Três Poderes, para explicitar pautas antidemocráticas, contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Entre estes manifestantes, esteve o próprio ministro da Educação, Abraham Weintraub.
O ministro chegou sem máscara de proteção facial e infringiu duas determinações do Distrito Federal: além da falta de proteção contra o contágio do coronavírus, Weintraub se encontrou com os bolsonaristas na Esplanada dos Ministérios, local fechado por determinação do governador Ibaneis Rocha (MDB), após manifestantes jogarem fogos de artifício, em simulação a um bombardeio, ao prédio do Supremo, na noite de sábado (13).
Ao chegar ao local, Weintraub gerou aglomeração com os bolsonaristas, que foram tirar foto e cumprimentar o ministro da Educação. Todos estes atos de contato foram feitos pelo ministro, que também abraçou os simpatizantes de Bolsonaro.
No Distrito Federal, aqueles que não usam a máscara de proteção em áreas públicas comete o crime de infração de medida sanitária, e recebe uma pena de multa de R$ 2 mil, podendo chegar até a detenção, estabelecidos pelo decreto 40.648/20, publicado em abril. Por ficar no local sem a proteção, o governo aplicou a multa ao ministro.
Nas redes sociais, Weintraub afirmou que não foi notificado da multa e criticou a medida. “Recurso-me a acreditar que seja verdade. Não fui notificado. Parece que fui o único a ser multado até hoje! Além disso, vazaram para a imprensa meu CPF e RG. Querem me calar a qualquer custo! LIBERDADE!!!”, escreveu o ministro.
A fala é em referência à confirmação da assessoria do governo do DF aos meios de comunicação que questionaram se o ministro havia sido multado por infringir o decreto 40.648/20 do governo.
“Quem sofrer a penalidade tem direito a ampla defesa, podendo recorrer da decisão. Depois do auto de infração, há um prazo de 10 dias para apresentação de eventual impugnação junto ao órgão emitente do ato administrativo”, explicou a assessoria ao Uol.
Além da falta de proteção, o ministro chegou a atacar, novamente, os ministros do STF. No local, ele foi questionado por apoiadores de Bolsonaro sobre impostos pagos para “funcionários corruptos”. Ele respondeu que já tinha manifestado a sua opinião sobre “vagabundos”.
“Eu já falei a minha opinião, o que faria com vagabundo”, respondeu. Na reunião ministerial de 22 de abril, Weintraub havia defendido a prisão de ministros do STF, chamando-os de “vagabundos”.
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