Com novo impeachment, Bolsonaro diz que “se Deus quiser” vai continuar no governo

Sobre a crise sanitária no Amazonas, Bolsonaro disse ter feito "tudo o que é possível". Partidos protocolam novo pedido de impeachment

Bolsonaro sustentando a cloroquina como solução para a Covid-19 – Foto: Arquivo/Reprodução Redes

Jornal GGN – Líderes da minoria, da oposição e de seis partidos de esquerda na Câmara ingressaram com um novo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, por omissão e crime de responsabilidade na pandemia. “Se Deus quiser, vou continuar meu mandato”, foi a resposta do mandatário.

As lideranças e presidentes nacionais dos partidos afirmam que a crise sanitária no Brasil foi marcada pela incapacidade do governo Bolsonaro em lidar com a epidemia, desde a falta de um plano de vacinação e erros graves de logística e omissão, até a situação econômica, que se viu piorada pelo fim do auxílio emergencial.

Ainda, os líderes dos partidos querem abrir uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar o “fiasco” da gestão de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, que “se omitiu no período mais crítico da saúde brasileira”.

As siglas também anunciaram um ato no Salão Verde da Câmara, na próxima terça-feira (26), para defender a volta imediata dos trabalhos do Congresso, alegando que não podem “parar frente ao agravamento da crise no país”.

O pedido de impeachment se soma a outros 61 já protocolados na Casa Legislativa contra o mandatário. Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nesta quarta (21), Bolsonaro disse estar confiante de que não sairá do governo.

“Se Deus quiser vou continuar meu mandato e, em 2022, o pessoal que escolha”, afirmou.

Aos seus apoiadores, o presidente também se justificou sobre a crise no Amazonas, com a falta de oxigênio em Manaus. “Quando nós fomos notificados do problema, dois dias depois o Pazuello esteve lá, ficou três dias. Ele acionou toda estrutura da Força Aérea, levamos oxigênio para a região de balsa, de avião. Fizemos todo o possível”, disse.

Conforme o GGN mostrou, após os três dias que o ministro da Saúde esteve na capital do Amazonas, o transporte de oxigênio do governo, por meio da Força Aérea, representou menos de 6% do que a cidade necessitava por dia para o abastecimento e para evitar novos óbitos pelos agravamentos da Covid-19.

Mas além de evitar a responsabilidade, o mandatário “compartilhou” com os demais: “Olha, tem o governo federal, os estaduais e municipais. É compartilhado. Nós aqui fazemos tudo o que é possível. Quando é solicitado, nós atendemos.”

 

Redação

6 Comentários

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  1. Mas Bozo não desiste. Com Aras na PGR e se colocar o jaboti lira na presidencia da câmara farão uma tabelinha perfeita, com um empurrando a bola impeachment para o oitro.
    Quanto a Lira, bozo terá ajuda divina. Afinal, o nobre deputado conta com base que segue os valores cristãos e familiares. Como, por exemplo, a imaculada viuva flordelis.

    https://www.jb.com.br/pais/informe-jb/2021/01/1027771-na-camara-vale-voto-nao-folha-corrida.html

  2. …”Fez tudo que é possível”…
    O despresidente FQM (fala qualquer m#rd@) faz “tudo que é possível” para se preservar.
    Desenvolveu essa habilidade desde os processos militares que culminaram com sua saída das FFAA.
    Especializou-se em ser escorregadio como sabonete, mente até se for flagrado na cama fazendo sexo (a “Micheque” declarou publicamente que gostaria que ele tivesse mais “energia” em casa).
    Dirá que “não é nada disso”, apenas suas famosas flexões de atleta e alguém posicionou-se embaixo dele.
    Ou em cima, vai saber…

  3. Precisa tomar cuidado, que o deus mercado tá se cansando dia a dia. Dinheiro especulativo gosta de ambiente estável e permite instabilidades, apenas as programadas por eles

  4. “Deus” = Os ministros do STF.

    Interessante que o Coiso posava de templário contra a “velha política” e, agora, está a fazer tudo o que criticava. No fim das contas, era conversinha para enganar otário.

    E, de fato, o deus mercado não deve estar gostando muito das lambanças do Coiso.

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