De Haddad a Gregori: o encontro de opostos contra o retrocesso de Bolsonaro

Em jogo de palavras da "Diretas Já", partidos opostos novamente unem forças, agora por "Direitos Já, Fórum pela Democracia", em oposição ao bolsonarismo

Jornal GGN – Partidos de todas as linhas políticas decidiram se unir para criar um movimento de oposição a Jair Bolsonaro: PSDB, PDT, PT, PSOL, PV, PCdoB e Cidadania estão entre os 10 partidos com uma bandeira: “o que nos une é maior do que aquilo que nos divide”.

A fala é do advogado Marco Aurélio Carvalho, do PT, que esteve ao lado do escritor Fernando Guimarães, do PSDB, no primeiro dos encontros do grupo, na noite desta segunda-feira (20) na casa do advogado constitucionalista Pedro Serrano.

“A ideia é atuar com uma plataforma comum”, disse Serrano, que recebeu em sua residência políticos como o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o também candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos, o ex-ministro da Justiça José Gregori (PSDB), o presidente do PV, José Pena, e o porta voz da Rede José Gustavo.

Também decidiram se reunir o ex-ministro Aloizio Mercadante e o vereador Eduardo Suplicy, do PT; o ex-senador José Aníbal e o vereador Daniel Anneberg, do PSDB; além de outros membros e lideranças do PDT, Cidadania, PSOL e PCdoB, que estavam lá não para representar a sigla, afirmaram, mas pessoalmente. O encontro suprapartidário reuniu ainda dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), UNE e do movimento negro.

“Uma mistura dessas só vi nas Diretas-Já”, disse Gregori, ao lado de Suplicy. Mas ao contrário de Diretas, o que pediam em comum as lideranças presentes era “Direitos Já”, que vinha escrito em um broche que recebiam ao chegar.

A diferença de posições ali presentes não deixou de gerar alguns pequenos conflitos, que logo eram diminuídos para a continuidade do encontro. “Se não nos unificar a Previdência e a campanha Lula Livre, vamos procurar o que nos une”, respondeu o tesoureiro do PT, deputado estadual Emídio de Souza: “A Educação pode ser um ponto que nos una mais”.

A agenda mínima em comum foi defendida também por Haddad: entre os pontos, além da educação, a preocupação pela diplomacia e relações exteriores, a geração de empregos e defesa de direitos humanos, para a adesão de todos, incluindo a centro e centro-direita liberal.

“Não vou assinar um texto pró-establishment. A gente não pode jogar o jogo dele (Bolsonaro). Não tem establishment contra anti-establishment. O que tem é progresso contra atraso”, pontuou o ex-prefeito e ex-candidato à Presidência Fernando Haddad (PT).

Com informações do Uol.

Redação

8 Comentários

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  1. Haddad é um parasita que dia 15 não falou o nome de Lula uma única vez, nunca foi líder de nada, protagonizou a gigantesca farsa da eleição de 2018 (eleição sem Lula é fraude, se lembram? De repente a fraude vira uma eleição normal e toda a linha política da esquerda vai para o vinagre. Tem gente perdida até hoje por causa disso). E o que ele propõe? Fora Bolsonaro? Lula Livre e novas eleições? Não! Ele propõe a política da direita de costurar um acordo por cima e remover Bolsonaro por impeachment! E vamos esperar até 2022! Na verdade para alguém que disse que “golpe é uma palavra forte demais” diante de um golpe de estado, essa política soa até natural.

  2. Boa tarde!

    Vejo com grande otimismo essa iniciativa em defesa da soberania e da democracia do nosso Brasil. De modo que, há dois anos deveriam iniciar tal proeza, pois estaríamos em outras estradas…. Mas, o orgulho, a arrogância e a prepotência de vários lideres q fazem hoje, nossa “política” não realizaram. Que virem a página!
    Logo, só peço em nome da natureza e do povo desse Brasil sofrido que, não desistam dessa brilhante ideia. Sejam humildes! Ouçam uns aos outros sem vaidades! E que tenham de fato, concretamente, ideias para tirar nosso país desse grande atraso.

    VIVA AO POVO BRASILEIRO! JÁ DIZIA O GRANDE DARCY RIBEIRO.

    Contem comigo!

    Luz a todos!

    Marcilio Nascimento – Prof. pesquisador – Geografia – PE

  3. É sério? Nas vésperas da manifestação”anti-sistema” fake, uma frente “que não quer se confundir com sistema” unindo PSDB…e etc? Lula Livre e Reforma da Previdência talvez não sejam consenso, mas educação, quem sabe… Meu pai, o espectro da indigência política é amplo.

  4. Haddad está indo no caminho certo! É uma iniciativa importante trazer liberais de centro direita para a luta em defesa de garantias sociais mínimas. Ao mesmo tempo que cria pontes com liberais fortalece a luta pela liberdade do Lula. Enquanto muitos ficam difamando-o nesse exato momento ele está em caravana no Norte do país defendendo a liberdade do Lula. Ele é um líder autêntico e leal ao Lula e ao PT. A maioria das críticas endereçadas a ele são injustas!

  5. Rui Costa Pimenta, em sua entrevista de hoje no 247 deixou muito claro o problema central do momento: a diferença entre os que consideram a democracia as instituições e os que consideram democracia o povo! Aí é o principal racha, porque tem gente que é liberal, ou seja, só pensa a política DENTRO da verdadeira camisa de força das instituições. E nessa perspectiva o que deve ser feito é essa reuniãozinha sem-vergonha com as pessoas que desestabilizaram o país promovendo o impeachment da Dilma (ou lavando as mãos) para promover o impeachment do Bolsonaro e então “normalizar” o cenário. O problema é que Lula está preso e o sistema financeiro quer manter a PEC do Teto dos gastos e implodir a previdência. Então, se o custo de “normalizar” é abrir mão dessas bandeiras e viver na anormalidade, então que todos eles vão para o inferno!

    PASSAMOS A VIDA TODA LUTANDO PELA EDUCAÇÃO GRATUITA! Aí vem o direitista-petista Rui Costa dizer que não tem problema pagar mensalidade.
    PASSAMOS OS ÚLTIMOS 4 ANOS LUTANDO CONTRA O GOLPE E PELA LIBERDADE DE LULA! Para chegar um Haddad da vida e dizer que isso pode ser posto de lado.

    PARA O INFERNO OS EX-ESQUERDISTAS QUE PULARAM O ALAMBRADO PARA O LADO DA DIREITA!

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