Para Mujica, é ruim que população tenha antecipado o juízo sobre o impeachment

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Em passagem pelo Paraná na quarta (27) para um seminário sobre democracia e América Latina, o ex-presidente do Uruguai José Mujica avaliou como “ruim” para a imagem do Brasil que o Senado não tenha direito ao julgamento sem pressão sobre o impeachment.

Segundo Mujica, “a sociedade brasileira antecipou a decisão, mas tudo ainda depende do Senado. Do ponto de vista prático, [o processo de impeachment] dá a impressão de uma decisão meramente política, acima de qualquer outra consideração.”

“Fala-se publicamente como se essa decisão já tivesse sido tomada, e esse gesto antecipa a decisão do Senado brasileiro. Isso não faz bem à imagem do Brasil. Espero que, com o tempo, isso possa ser superado”, afirmou.

De acordo com informações do UOL, Mujica ainda comentou sobre o crescimento da direita na América do Sul. Para ele, a maior parte do legado dos governos de esquerda permanecerá ainda assim.

“Há contradições e disputas, mas isso é da vida. Talvez algumas conquistas se percam, mas outras serão afirmadas. Os que lutaram pela jornada de 8 horas de trabalho, os que lutaram pelo voto da mulher: todos os avanços sociais tiveram gente na vanguarda”, apontou.

O ex-presidente ainda disse que a esquerda precisa avançar com o tipo de projeto que tem apresentado nos países. “Antigamente cometíamos um erro: tentávamos fazer uma revolução material. A verdadeira revolução é a cultural.”

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Taí o personagem em quem Lula

    Taí o personagem em quem Lula deveria ter tomado como exemplo,principalmente no que diz respeito a vida pessoal.Não duvido,jamais duvidarei da honestidade de Lula.O bussilis da questão,segundo o correto ex-Governador Olivio Dutra,são “as companhias”.

  2. O problema, Sr. Mujica, não

    O problema, Sr. Mujica, não somos nós, são os politicos de compra e venda, que infelizmente SÃO A MAIORIA NO BRASIL!

    Não os elegi, mas eles estão lá, o outro elegi a REBOQUE da Dilma – NÃO TEM VERGONHA DE COMPRAR!

    E compra MESMO, escancarado, sem NENHMU PUDOR, pode dar em todos os jornais, que estará lá comprando…

    É um cara de pau!

  3. “Tentavámos fazer umá

    “Tentavámos fazer umá revolução material. A verdadeira revoluçāo ė a cultural” Perfeito! A queda da Dilma só foi possível às custas da cabeça do povo que elegeu uma câmara e senado de quinta categoria.

     

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