As minas militantes

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Por Clara Nassif

Somos filhas das mães que suplicaram
Pra voltarmos para casa bem
Somos netas das avós que revolucionaram
Que lutaram por nossos direitos
Somos mães da revolução
Somos mulheres
Carne, osso, essência 
As cinzas de violências
Que tornaram-se flor
Nossas raízes mudaram
Se fortaleceram
E vamos florescer, crescer, nos conhecer
Nos conectar 
Somos mais fortes juntas

Não quero que me permita
Eu me permito
Eu me possuo
Eu me queixo
Vire este queixo pra lá
Pare de me olhar
Como quem precisa se alimentar
Eu me alimento
Da (r)evolução das guerreiras
Que nunca mais se calarão

Dia oito
Oi, to passando
Sendo
Libertando
Me vendo
Sentindo
Pelas minhas irmãs
Silenciadas
Violentadas

Desrespeitadas
Em um mundo em que só dão asas
Para ver o sofrimento
De quem as perde
Luto não só por mim 
Mas por todas
Pois querer ser livre
É também querer livres os outros

Dentre as cozinhas, o mundo
Dentre as maternidades, a escolha
Dentre as limitações, o infinito
Dentre os padrões, o ser
Da boca calada, a fala
A voz
O grito
“QUEREMOS NOSSAS ASAS”
Não podem nos marcar
Rotular
Somos gente
Com o objetivo
De não ser visto
Como um objeto

Sou força
Sou diferença
Sou guerreira
Sou mulher
E mulher nenhuma deve se calar…

Vá às ruas se expressar!

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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