
Por lá passaram e deixaram marcas de boa música o Zimbo Trio, lá formado, Elis, Chico, Dick Farney, Johnny Alf, Sabá, Cauby Peixoto e seu irmão Araken

Praça Roosevelt e Igreja da Consolação nos anos 70
Por André Araújo
Templo da boemia na antiga Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, teve seu apogeu nos anos 60. Por lá passaram e deixaram marcas de boa música o Zimbo Trio, lá formado, Elis, Chico, Dick Farney, Johnny Alf, Sabá, Cauby Peixoto e seu irmão Araken, o Baiuca era uma festa diária, sempre lotado com fila na porta, hectolitros de whisky rolavam, mas também havia boa comida, especialmente o filé à Chateaubriand, romances foram iniciados e terminados no BaiÚca, foi lá que Vinicius decretou “São Paulo é o túmulo do samba” em dia de mau homor e mau julgamento, o BaiÚca foi a casa mais prÓxima dos bares-boates do Rio dos anos 50, tão bem descritos por Ruy Castro no livro “A Noite de Meu Bem”.
A Praça foi desfigurada pelo concreto na gestão Faria Lima e com isso perdeu parte do charme, e o BaiÚca parte da clientela. Abriu uma bem sucedida filial mais chique nos Jardins, com cozinha mais requintada e uma bela coleção de Armagnacs que ajudei a consumir, a bebida que mais gosto depois do whisky. Mas o ambiente dos Jardins era completamente diferente do Baiúca original. Este tinha o clima de bas fond parisiense, enfumaçado pelo cigarro e pelos bafos do álcool. Não se frequentava o Baiúca com boas intenções, alguma sacanagem estava em projeto, não era para menos, a frequência feminina era especial, charmosa e disponível, mas a concorrência também era grande, sempre havia mais homens do que mulheres, os bebuns ricos de São Paulo fazem do Baiúca seu quartel general. Refiz memórias do Baiúca quando reencontrei o maitre Mazzola décadas depois como maitre de um pequeno restaurante em Pinheiros e recordamos os tempos do Baiúca. Ele contou aquele tipo de “casos” que todo veterano maitre conhece, de clientes fugindo pela cozinha porque entrou um ou uma criatura que não deveria encontrá-lo lá, é impressionante a memória dos maitres, lembram do prato que o cliente pediu e de sua marca preferida de whisky anos depois. Bons tempos do Baiúca.
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Bons tempos mesmo.
André, frequentei bastante a Baiúca. Meu pai era amigo do Alberto Audrá, então dono do lugar, que ele tocava juntamente com seu filhos Tutu e Betinho (e tinha também o Buffet Baiúca). Tenho lembranças muito prazerosas daqueles tempos.
Eram tempos em que as pessoas
Eram tempos em que as pessoas se conheciam , São Paulo era menor e o nucleo de pessoas que frequentavam boites, bares e restaurantes de bom nivel era pequeno, então havia muito relacionamento e amizade que se faziam nesses ambientes.
Uma vez perguntei ao maitre Oziel do restaurante Anexo, no predio da DACON no fim da Av.Europa, como é que voces maitres se lembram de cada cliente pelo nome, o que comeu e bebeu? Isso foi nos anos 70 ou 80, ele me respondeu, porque voces clientes habituais são muito poucos, há clientes que vem de passagem, de outras cidades, mas os que vem sempre são poucos e então a gente lembra.
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André, num de seus primeiros
André, num de seus primeiros livros, do início dos anos 60, Jorge Mautner, frequentador da casa, explica a famosa e incompreendida frase de Vinicius, sobre São Paulo ser o túmulo do samba. Segundo Mautner, o mau humor do poeta se deve ao público de determinada noite que fazia muito barulho, desrespeitando o suave Johnny Alf…
Pela descrição e pelo tesouro
Pela descrição e pelo tesouro de artistas enumerados é um lugar que gostaria de ter conhecido.
uma recordação feliz
Conheci este bar onde apreciei seu elevado padrão musical. Mutio boa a lembrança de A.Araujo.
Caro André Araújo, vc é muito
Caro André Araújo, vc é muito chique
Eu já sou peão: minha bebiba preferida é cerveja, cuja produção mundial ajudo a baixar nos finais de semana
Que essas historias não se percam
Tenho um tio que foi um grande boêmio. Vivia no interior, era advogado, mas as férias gostava de passar pelo menos duas semanas no Rio, onde amava as casas noturnas de então. Ele frequentou o beco das garrafas, a boate de Ricardo Amaral e outros. Não sei se chegou de ir o Baiuca, vou perguntar a ele, ja que também ia bastante a SP nos anos 70 e 80. Mas falo no meu tio porque esses tempos perguntei a ele se não escreveria nada sobre seus tempos de boemia e ele me disse que estava escrevendo, com muitas historias pitorescas sobres diversas casas noturnas por onde passou.
Joy Corrêa
O baiuca teve muitas histórias muitas amizades boas
Ótimas recomendações
Tempo.bom
” Circuito A Araujo “
Jantar no Baiuca, festejar no Ton Ton Macoute.
E meu caro, entre o Chateaubriand, eo Picadinho de Alcatra, por questão de gosto, o 2o mais me apetecia.
Tambem fecha no DJALMA que
Tambem fecha no DJALMA que era uns metros adiante do Baiuca. Outro prato muito pedido era o Camarão à Newburg.
Sebastian
André, que tal agora um texto sobre o lendário João Sebastião Bar?
Tem esse, o Nick Bar, o
Tem esse, o Nick Bar, o Djalma, o Bar Brahma e a boite Oasis, essa já postei aqui há muitos anos.
…precisamos de novos porões
…precisamos de novos porões em Sampa, onde possão germinar mais e mais a criatividade da nossa musica……
Onde foi o bar do Djalma local onde a grande Elis Regina.. começou a cantar qdo ..despontou em sampa.
Há muitos anos existe um bar temático sensacional..Ppp..
Vale a pena conhecer.. e degustar a carne louca com maionese…
A Baiuca além de ter no seu piano-bar uma música maravilhosa, tinha um restaurante com uma ótima comida. Sempre que eu entrava, Araken tocava ” Eu sei que vou te amar”. Qdo ia jantar, pedia sempre o mesmo prato que não lembro o nome, só sei que era de fotos do mar e no meio vinha um chatney de manga delicioso! Alguém lembra o nome do prato?
Tinha uma batata que parecia um pastel!!maravilhoso
Eu Claudia não tive o prazer de conhecer porém a pessoa que eu cuido me conta as histórias que ele viveu no Baiuca top demais ele era frequentador
Joy Corrêa hj com 83 anos até a caixa de fósforo da época ele tem personalizada uauuu top demais