Documentário: Trashed – Para Onde Vai Nosso Lixo

Enviado por Antonio Ateu

https://vimeo.com/140888282/settings

do Críticos

Festival do Rio 2012: Trashed – Para onde vai nosso lixo

Descarte a sociedade descartável

Por Carlos Alberto Mattos

Jeremy Irons vem ao festival. Com certeza irá ao lixão de Gramacho, fechado oficialmente em junho passado. Talvez veja alguns capítulos de Avenida Brasil para conhecer mais uma forma de degeneração derivada dos lixões. A julgar por sua performance no documentário Trashed – Para Onde Vai Nosso Lixo (Trashed), ele já está acostumado. Nem tapa mais o nariz. Como apresentador dessa reportagem global, vemo-lo de botas no meio das montanhas de lixo de uma praia no Líbano, catando dejetos numa praia inglesa, respirando as dioxinas espalhadas no ar de uma cidadezinha da Islândia, visitando crianças deformadas pelo agente laranja no Vietnã. 

 

Trashed vede nella crisi del mercato del lavoro con l’aumento dei ...

O filme, dirigido por Candida Brady, é um doc-aula e um doc-alerta que timidamente acusa governos de não se importarem com o destino do lixo e enfaticamente exorta o espectador a fazer sua parte, começando por evitar o uso de sacos plásticos e separar o lixo reciclável dentro de casa. Irons não tem o humor e a agudeza de um Michael Moore, nem a pose professoral de um Al Gore. Seu “papel” é do cara mais ou menos comum que se mostra preocupado com a situação e disposto a aprender. Daí pode surgir uma razoável identificação com o espectador médio, que inevitavelmente sairá do cinema afetado pelo que viu e ouviu. 

Mas até que isso aconteça, esse espectador terá que passar por uma preleção às vezes enfadonha. Explica-se, por exemplo, a diferença entre “cinzas de fundo” e “cinzas áereas” nos efeitos nocivos da incineração, fala-se em “digestão anaeróbica” e quetais. São explicações longas e detalhadas, que não estão ali para divertir, mas para conscientizar. Quando chegam os créditos finais, estamos suficientemente enojados da nossa sociedade descartável. E preocupados com a saúde de Jeremy Irons.

Redação

2 Comentários

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    1. Natureza

      Nickname,

      O texto é nitidamente tendencioso, como sempre ocorre quando o assunto é usina nuclear.

      O autor deveria informar coretamente, mas prefere atirar pros lados, pois dizer que a Alemanha vai acbar com TODAS as usinas é fake, fechará até, salvo engano, 2022 oito de suas dezessete usinas, e a por ele citada, a mais antiga de todas  naquele país, foi a primeira da série.

      O mundo tem mais de 440 usinas nucleares e mais de 60 delas em construção. Nos USA são 104 delas, na França são 58 reatores e no Japão eram 54 reatores que, depois de Fukushima, foram desativados, mas como o governo japonês, com Fukushima e tudo o mais, estipulou que 20% da energia do país virá da energia nuclear, já foi reativada a primeira da série. Estes são os fatos concretos, que dispensam opinião.

      Quanto à usina de Angra 3, está sempre atrasada, e sobre os perigos que o autor cita em forma exagerada, o do lixo atômico é o mais complicado dos três. Todos querem que o lixo seja tratado, mas ninguém quer saber de CTR- Central de Tratamento de Resíduos- na sua vizinhança, agora imagine quando o assunto é depósito geológico para lixo nuclear.

      Sobre tratamento de resíduos, entendo como inteiramente incompreensível a postura dos municípios brasileiros, que não querem nem saber de construir um  CTR, até porque a maioria deles poderia ser construído em parceria com municípios vizinhos.

      Tratamento de Resíduos é o começo deste negócio chamado meio ambiente, depois vem saneamento básico,esgoto sanitário e CTEsgoto,  CTÁgua e água potável, ou seja, em primeiro lugar tem que estar a proteção à saúde e bem estar das pessoas. Só depois é que vem as árvores, os passarinhos, as pererecas e sei lá o que mais.       

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