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A brasileira Fernanda Torres ganhou, em cerimônia neste domingo (5), o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama por sua atuação em “Ainda estou aqui“. É a primeira vez que um artista do país ganha na categoria.
Fernanda Torres concorreu ao lado de Nicole Kidman, Angelina Jolie, Kate Winslet, Tilda Swinton e Pamela Anderson. Ao receber seu prêmio das mãos da atriz Viola Davis, a brasileira dedicou a vitória à sua mãe, Fernanda Montenegro.
“Quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não tem ideia! Ela estava aqui há 25 anos. Isso é uma prova de que a arte pode permanecer na vida das pessoas, mesmo em momentos difíceis, como os que Eunice Paiva viveu”, disse.
A última vez que o Brasil venceu alguma categoria no Globo de Ouro foi em 1999, quando “Central do Brasil” (1998) foi contemplado como melhor filme em língua estrangeira. O longa é protagonizado por Fernanda Montenegro, que também atua em “Ainda estou aqui“.
Na trama mais atual dirigida por Walter Salles, Fernanda Torres interpreta a história real de Eunice Paiva, advogada e mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro homônimo no qual o filme foi inspirado. A obra narra a luta de Eunice, que passou 40 anos procurando a verdade sobre Rubens, seu marido desaparecido durante a ditadura militar no Brasil.
Ao receber o prêmio, Fernanda também agradeceu Salles. “Quero agradecer ao Walter Salles, meu parceiro, meu amigo. Que história, Walter!”, disse. A atriz também destacou sua personagem, segundo ela, “isso é uma prova de que a arte dura na vida até durante momentos difíceis pelos quais a Eunice Paiva passou”.
“Com tantos problemas hoje no mundo, tanto medo, esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esse”, completou.
Agora a expectativa é que Fernanda Torres possa ser indicada ao Oscar 2025 de melhor atriz. A lista completa será anunciada no dia 17 de janeiro. “Ainda Estou Aqui” está na pré-lista para concorrer como melhor filme internacional.
Repercussão
Nas redes sociais, políticos e personalidades celebraram a vitória da atriz, entre eles o presidente Lula (PT).
“Emocionante! Fernanda Torres é orgulho do Brasil. Melhor Atriz em Filme de Drama no Globo de Ouro pela sua grande atuação no filme Ainda Estou Aqui. Como ela mesma diz: a vida presta. Parabéns!“, publicou o mandatário.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin também prestou homenagem. “Fernanda é versão em português de um nome de origem germânica que significa “ousada, corajosa”. E nós, brasileiros, sabemos, mais do que ninguém, que nossas Fernandas são ousadas, corajosas e, também, talentosas. Minhas felicitações à Fernanda Torres”, afirmou.
O ator Selton Mello, que interpreta o marido de Eunice na trama, estava presente na premiação e comemorou a vitória da parceira de cena. “Eu vi a história sendo feita. Te amo, Fernanda. Quando eu pousar os pés no chão eu falo mais“, escreveu. “Eunice Paiva, Rubens Paiva, Marcelo Rubens Paiva, o nosso cinema brasileiro. Brasil no topo“, acrescentou.
No instagram, a atriz Taís Araújo publicou uma mensagem emocionante. “Ela ganhou! Ela ganhou! E quando uma mulher brasileira conquista o respeito e a admiração por seu trabalho, todas nós nos sentimos um pouco ela. Obrigada Nanda por através do seu trabalho incrível nos afetar em tantos lugares. Te agradeço como mulher, como mãe, como brasileira e como atriz. Viva você! Viva seu talento“, disse.
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Clap! Clap! Clap!
A arte brasileira merece. Viva Fernanda; viva o Brasil!
No século XIX, os filhotes dos potentados locais eram enviados para estudar na Europa. Ao retornar ao Brasil eles rapidamente se integravam ao sistema de poder imperial ocupando posições importantes. Tratados com imensa reverência pela população majoritariamente analfabeta, alguns deles desenvolviam complexo de divindade. Isso para não mencionar que muitos se limitavam a vomitar para plateias estupidificadas o racismo científico aprendido nas matrizes coloniais europeias. Em suas crônicas, contos e romances Lima Barreto zombou muito desses asnos diplomados, algo que não lhe rendeu muita popularidade.
A roda do mundo girou e a Europa se tornou colônia dos EUA. Na atualidade, os filhotes dos potentados locais são enviados para estudar na gringolândia, Luís Barroso entre os tais. Alguns deles, como Sujo Moro e Deltan Dellagnol, retornaram de cursos feitos nos EUA convictos de que têm uma missão: enfiar os interesses econômicos do White Ass Apes Empire e a legislação dos EUA goela abaixo da massa ignara brasileira. Isso obrigou milhares de juristas locais se tornarem “limabarretianos” para a se levantar contra a neocolonização do Brasil.
Nesse contexto, não vejo motivo algum para comemorar a premiação de Fernanda Torres em Hollywood. Ela merece todos os prêmios do mundo, sem dúvida. Mas o mundo é muito maior do que a gringolândia. Minha intenção aqui não é desmoralizar o trabalho da atriz, mas rejeitar a ideologia criada para impor a hegemonia do White Ass Apes Empire mediante a sacrosantificação do glamour dos meios de produção do espetáculo norte-americanos.
Os gringos carniceiros, aliás, foram responsáveis tanto pelo golpe de 1964 quanto pelas vítimas que ele produziu. Nesse sentido, talvez Fernanda Torres homenageasse mais o Brasil e a personagem que interpretou rejeitando o prêmio do que recebendo-o. Como ela não fez isso, só posso registrar aqui minha tristeza. Algo que a imprensa gringolizada certamente considerará o lamento de um jeca que é incapaz de esquecer e de perdoar os gringos pelo mal que eles fizeram (e ainda fazem) ao Brasil.
ANA,ANA,ANA QUEBREI O.GLOBO Q NÃO ERA DE OURO DA SALA DO MEU.BARRACO SERÁ Q VAI REPERCURTIR NA MÍDIA???