Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Pra não morrer de tristeza

Vai fazer cincoenta anos no final de 2015 que ABDIAS DOS OITO BAIXOS gravou esse baião, PRA NÃO MORRER DE TRISTEZA, lançado no LP SAI DO SERENOO. Foi gravado ainda por Ney Matogrosso e fez parte da trilha sonora da novela Saramandaia. Luiz Gonzaga, João Bandeira e Zé Cantor também o gravaram com grande sucesso.

Remexendo em fotos antigas e passando-as para o HD externo, encontrei essa interessante foto que tirei do “Bar das Quengas” lá pelos lados da Lapa, no Rio de Janeiro. Bar de responsa, animadíssimo e que lota também a calçada e parte da rua. Associando idéias, fiz a edição de PRA NÃO MORRER DE TRISTEZA com a foto mencionada e trago aqui o baião em duas versões.

Afinal, temos que ouvir boa música, PRA NÃO MORRER DE TRISTEZA.

 

https://www.youtube.com/watch?v=VJnxVetMFMs]

 

[video:https://www.youtube.com/watch?v=XQp-DLJM7xI

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

20 Comentários

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  1. Pra não morrer de tristeza.

    salve, luciano,

    sou um abortado, meu amigo.

    tenho do abdias o fantástico lp “meu pai e a sanfona” e o cd do joão bandeira com a imortal “pra não morrer de tristeza” que me emociona toda vez que ouço.

    valeu, rapaz!!!

     

     

  2. Baião, ‘sambaião’ ou samba?

    Querido Luciano,

    quem responde é um dos autores, interpelado por Luiz Gonzaga ao final da gravação que fizeram juntos dessa pérola:

     

    – Ô João Silva!

    -…eu!

    – Você que inventou esse tipo de samba? Que samba é esse, hein?!

    – É “samba-pega”, “samba-da-raça”, “samba-de-cabaré”, “…de-cotovelo”, “apragatado”…

    – Ah…! Samba “pra catado”?

    – …é, meu companheiro..

    – Ah! Aaaaaaaaah! Então, rapaz… “Samba de cachaça”!!!!

    – É isso mesmo.

    1. Clássico, Luciano!

      ô jair, esse manoel serafim é um paidégua, meu caro. não o conhecia, mas vou atrás do prejuízo.

      já a núbia lafayette é um show à parte, viu?

      abçs

       

  3. Zé do Rancho

     

    Zé do Rancho, o patriarca da família de músicos espetaculares, merece ser reverenciado.

    Mariazinha e Zé do Rancho no “Programa Ensaio”, em outubro de 2010. (Cleones Ribeiro / CEDOC FPA)

    [video:http://youtu.be/fZCkTRcCwyQ width:600 height:450]

     

    Pra quem não ligou o nome à pessoa, Zé do Rancho é o pai da Noely, sogro do Xororó e avô da Sandy e do Júnior.

    [video:http://youtu.be/dl6KW2B6UvE width:600 height:450]

    Era membro da dupla Zé do Rancho & Zé do Pinho, que tem como seus maiores sucessos músicas como “Devolva a Passagem”, “Meu Sítio, meu Paraíso” e “No Colo da Noite”.

    [video:http://youtu.be/HekR3jA5A2g width:600 height:450]

    Também cantou vários anos com a Mariazinha, mãe da Noely, e, pra quem não lembra, foram os primeiros a gravar a música da “Maria Chiquinha”, que Sandy & Junior regravaram no início da carreira.

    [video:http://youtu.be/AwLZyhBv5_Y width:600 height:450]

  4. Jackson e Abdias

     

    Prestenção Meu Rei: amizade feita no puteiro é sincera e de responsa – bote fé!

    “Costumo sempre dizer que o Gonzagão é o Pelé da música e o Jackson, o Garrincha.” — Alceu Valença

    [video:http://youtu.be/nmhSuFKNQrg width:600 height:450]

    1936/37 – Nessa fase, Zé Jack, já tocando pandeiro, torna-se assíduo freqüentador da região da Madchúria, zona de baixo meretrício de Campina Grande, colecionando amigos como Geraldo Corrêa, Paizinho, Vicente, Zé Lacerda e Abdias (violonista e tocador de banjo).

    1971 – Abdias consegue trazer Jackson para a CBS, passando a ser o principal artista nordestino da gravadora. Grava na CBS para a quinta edição da série Pau de Sebo, sob a produção do baiano Raul Seixas.

    1972 – Lança o LP “Sina de Cigarra”, com destaque para “Eu e Dona Mari” (Marco Antônio),” Catirin”a (Jararaca), “Nem Vem Que Não Tem” (José Orlando), “O Puxa-Saco” (Zé Catraca), “Feito de Manteiga” (Ivo Marins / Jackson do Pandeiro), “Sina de Cigarra” (Jackson do Pandeiro / Delmiro Ramos) e “Chico Chora” (Bezerra da Silva / Ataylor de Souza / Paulo Filho). Jackson incentivou a criação do grupo “Três do Nordeste”, intercedendo junto a Abdias para gravarem na CBS.

    1973 – Adere à Cultura Racional, chegando a gravar várias músicas alusivas a esta crença: Mundo de Paz e Amor (Zito de Souza/Alexandre Alves), Acorda Meu Povo (João Cruz), Alegria Minha Gente (João Lemos). Em 1978, desilude-se e abandona a seita. – Participa do LP Forroriando de Abdias e sua Sanfona de Oito Baixos, pela CBS, cantando Forró do Regatão (Araponga do Rojão/Antônio Bispo), “Saudade do meu xodó” e Tola (Elino Julião). Para esse disco, compõe Pastora Bela (Jackson do Pandeiro). Nesse LP, Jackson participa do ritmo em todas as músicas. – É contratado pela Alvorada/Chantecler e grava o LP “Nossas Raízes” (que só será lançado em 1974), sobressaindo-se Vou de Tutano (J. Cavalcanti / Jackson do Pandeiro), Mundo de Paz e Amor (Zito de Souza / Alexandre Alves), Coração Bateu (Ivo Marins / Jackson do Pandeiro), Forrobodó (Joca de Castro / Carim Mussi), O Rei Pelé (Jackson do Pandeiro / Sebastião Batista), O Samba e o Pandeiro (Jackson do Pandeiro / Ivo Marins) e Minha Zabelê (Adpt. Gervásio Horta).

               jackson-do-pandeiro-1972-sina-de-cigarra-capa

    “Sina de Cigarra”, do Mago Jackson, lançado em 1972, foi gravado com direção artística de Abdias.

    Fonte: http://www.jacksondopandeiro.mus.br/index.php?option=com_content&task=view&id=17&Itemid=32

    Tenho um prego untado procê:

                     Trata-se da mesma pessoa?

                     O Abdias do Jackson é o Abdias do Hortencio?

  5. Bar das Quengas do Hortencio

     

    Peças intimas penduradas em varais criam a sensualidade do lugar, que faz homenagem ao malandro no figurino, digo nos uniformes dos garçons.

    Nas paredes fotos de divas holywoodianas de todos os tempos, dão o toque cinematografico e glamouroso. O bar das Quengas esta em um charmoso casarão da lapa e ganhou esse nome pelo bloco de carnaval que se reune na porta do bar ha muitos anos: o bloco das quengas.

    Com a revitalização do rio antigo o bar tem uma cara cult e a tradição de servir a melhor feijoada e a cerveja mais gelada da região. O gerente Toninho afirma que o publico e bom de trabalhar e bom de gorgeta. O bar tem três anos e meio, recebe diariamente cerca de 400 pessoas.

    O segundo piso e mais reservado, ideal para festas e eventos mais intimistas. A casa e conhecida pelo bom atendimentos dos malandros, digo garçons.
    Palavras do gerente: atendimento e limpeza.
    Texto de Alessandro Moura com fotos das Internet

      1. APOLLONIDE

         

        MEMÓRIAS DE UM BORDEL de Bertrand Bonello

        Paris, final do Século XIX. No bordel Apollonide, uma prostituta é atacada por um sádico e fica marcada por um grande corte no rosto, num eterno sorriso trágico. Em torno dela, a mulher que ri, as outras prostitutas vivem as rivalidades, medos, alegrias e dores. Fora dos muros elas nada sabem, porque o Apollonide está fechado para o mundo.

        Estreado em Maio de 2011 no Festival de Cannes, um filme de Bertrand Bonello (“Tirésia”, “De la Guerre”) sobre a violência, o sexo e a humilhação sob o ponto de vista das mulheres num contexto fechado.

        Festival de Cannes – Selecção Oficial – Em Competição

        L’Apollonide – Os Amores da Casa de Tolerância

        Rodado quase inteiramente em um cenário para um bordel, L’Apollonide mostra a vida de prostitutas em Paris no final do século 19.

        Bertrand Bonello, Jasmine Trinca Pictures & Photos

        Entrevista com o diretor Bertrand Bonello -Revista Interlúdio, 6 jan 2012

        – “De alguma maneira, seus filmes sempre lidam com sexo, sexualidade e fetiches. Você considera que já estamos liberados para tratar desses assuntos no cinema? Em 2012, qual é nosso nível de conservadorismo?”

        – “Tudo depende de como e por que você mostra as coisas… sim, nós ainda somos muito conservadores e nenhuma amarra foi realmente rompida. Intimidade é um assunto privado. Mas já se fez tantos filmes com cenas de sexo, então filmar uma apenas por filmar não me interessa, é estéril. Em L’apollonide, que é um filme sobre bordel, não se tem uma cena clássica de sexo.”

        [video:http://youtu.be/uO3LgQkDCWE width:600 height:450]

          1. Grândola

            O pajé mineiro Jnsmalah, da temida tribo dos índios progressistas Kutukavara, lança a campanha para tornar esta canção maravilhosa a senha para ser tocada em todo e qualquer encontro reunindo feministas furiosas.

            A música, do chapa Fernando Mendes, será elevada à categoria de “Grândola, Vila Morena”, a icônica canção que, à meia noite e vinte minutos do dia 25 de abril de 1974, foi transmitida pelo programa independente “Limite” da “Rádio Renascença”, como sinal para confirmar o início da revolução e transformou-se em símbolo da revolução, assim como do início da democracia em Portugal.

            [video:http://youtu.be/BqfGVdhQJ1M 0 width:600 height:450]

            Flui!

  6. CABARÉ MINEIRO

    A dançarina espanhola de Montes Claros
    dança e redança na sala mestiça
    Cem olhos morenos estão despindo
    seu corpo gordo picado de mosquito.
    Tem um sinal de bala na coxa direita,
    o riso postiço de um dente de ouro,
    mas é linda, linda gorda e satisfeita.
    Como rebola as nádegas amarelas!
    Cem olhos brasileiros estão seguindo
    o balanço doce e mole de suas têtas….
    (DRUMMOND, Carlos. Alguma Poesia.)

    TEMPOS DIFÍCEIS

    O Cabaré hoje está vazio. As putas não vieram. Alguns bêbados ainda resistem ao som de “Não me deixe só”. A cerveja tá quente, as atendentes com uma puta má vontade. O segurança na porta já desistiu de olhar os nomes da lista. O som não tá legal. O DJ é particularmente ruim. O piso está sujo, o cabaré tá fedido. A máquina de cartão de crédito não funciona. Quando vai voltar o tempo das putas abundantes, do cassino, dos jornalistas que se aventuravam por aqui em busca de uma satisfação que não existe? As luzes do Cabaré já não se acendem. O ambiente não tem mais o brilho de outrora. Mesmo assim, o Cabaré insiste em ficar aberto. Em tomar prejuízo atrás de prejuízo. Em buscar aquele tempo que se foi e não volta mais. Em busca da energia da sua juventude, que se perdeu, ou se transformou. Outros cabarés a volta se fecham diante das dificuldades. O 349 não. Insiste que será o último dos moicanos. Mostra sua força inexistente. Dá suspiros de um moribundo que reluta em viver. Hoje o Cabaré está vazio, amanhã não mais.

    Publicado por Beto no blog Cabaré349

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