A padronização do sotaque no telejornalismo

Por Marco Antonio L.

Na redecastorphoto

A falta da voz brasileira na Globo


por Urariano Motta

Recife (PE)– Mais de uma vez eu já havia notado que os apresentadores de telejornalismo têm uma língua diferente da falada no Brasil. Mas a coisa se tornou mais séria quando percebi que, mesmo fora do trator absoluto do Jornal Nacional, os apresentadores locais, de cada região, também falavam uma outra língua. O que me despertou foi uma reportagem sobre o trânsito na Avenida Beberibe, no bairro de Água Fria, que tão bem conheço. E não sei se foi um despertar ou um escândalo. Assistam em “Falta de sinalização em avenida traz perigo para pedestres”.

Na ocasião, o repórter, o apresentador, as chamadas, somente chamavam Beberibe de Bê-Bê-ribe. O que era aquilo? É histórico, desde a mais tenra infância, que essa avenida sempre tenha sido chamada de Bibiribe, ainda que se escrevesse e se escreva Beberibe.

Ligo para a redação da Globo Nordeste. Um jornalista me atende. Falo, na minha forma errada de falar, como aprenderia depois: 

 

– Amigo, por que vocês falam bê-bê-ribe, em vez de bibiribe?
– Porque é o certo, senhor. Bé-Bé é Bebê.
– Sério? Quem ensina isso é algum mestre da língua portuguesa?
– Não, senhor. O certo quem nos ensina é uma fonoaudióloga.

Ah, bom. Para o certo erram de mestre. Mas daí pude ver que a fonoaudióloga como autoridade da língua portuguesa é uma ignorância que vem da matriz, lá no Rio. Ou seja, assim me falou a pesquisa:    

“Em 1974, a Rede Globo iniciou um treinamento dos repórteres de vídeo… Nesse período a fonoaudióloga Glorinha Beuttenmüller começou a trabalhar na Globo. Como conta Alice-Maria, uma das idealizadoras do Jornal Nacional: “sentimos a necessidade de alguém que orientasse sua formação para que falassem com naturalidade”.

Foi nesta época, que Beuttenmüller, começou a uniformizar a fala dos repórteres e locutores espalhados pelo país, amenizando os sotaques regionais. No seu trabalho de “definição de um padrão nacional, a fonoaudióloga se pautou nas decisões de um congresso de filologia realizado em Salvador,em 1956, no qual ficou acertado que a pronúncia-padrão do português falado no Brasil seria do Rio de Janeiro”. (Destaque meu.)

Mas isso é a morte da língua. É um extermínio das falas regionais, na voz dos repórteres e apresentadores. Os falares diversos, certos/errados aos quais Manuel Bandeira já se referia no verso “Vinha da boca do povo na língua errada do povo/ Língua certa do povo”, ganha aqui um status de anulação da identidade, em que os apresentadores nativos se envergonham da própria fala. Assim, repórteres locais, “nativos”, se referem ao pequi do Ceará como “pê-qui”, enquanto os agricultores respondem com um piqui.

De um modo geral, as vogais abertas, uma característica do Nordeste, passaram a se pronunciar fechadas: nosso é, de “E”, virou ê. E defunto (difunto, em nossa fala “errada”) se transformou em dê-funto. Coração não é mais córa-ção, é côra-ção. Olinda, que o prefeito da cidade e todo olindense chamam de Ó-linda, nos telejornais virou Ô-linda. Diabo, falar Ó-linda é histórico, desde Duarte Coelho. Coisa mais bela não há que a juventude gritando no carnaval “Ó-linda, quero cantar a ti esta canção”. Já Ô-linda é de uma língua artificial,  que nem é do sudeste nem, muito menos, do Nordeste. É uma outra coisa, um ridículo sem fim, tão risível quanto os nordestinos de telenovela, com os sotaques caricaturais em tipos de físicos europeus.

Esse ar “civilizado” de apresentadores regionais mereceria um Molière. Enunciam, sempre sob orientação do fonoaudiólogo, “mê-ninô”, “bô-necÔ”, enquanto o povo, na história viva da língua, continua com miní-nu e buneco. O que antes era uma transformação do sotaque, pois na telinha da sala os apresentadores falariam o português “correto”, atingiu algo mais grave: na sua imensa e inesgotável ignorância, eles passaram a mudar os nomes dos lugares naturais da região.

O tão natural Pernambuco, que dizemos Pér-nambuco, se pronuncia agora como Pêr-nambuco. E Petrolina, Pé-tró-lina, uma cidade de referência do desenvolvimento local, virou outra coisa: Pê-trô-lina. E mais este “Nóbel” da ortoépia televisiva: de tal maneira mudaram e mudam até os nomes das cidades nordestinas que, acreditem amigos, eu vi: sabedores que são da tendência regional de transformar o “o” em “u”, um repórter rebatizou a cidade de Juazeiro na Bahia. Virou JÔ-azeiro! O que tem lá a sua lógica: se o povo fala jUazeiro, só podia mesmo ser Jô-azeiro.    
 

*Urariano Motta é natural de Água Fria, subúrbio da zona norte do Recife. Escritor e jornalista, publicou contos em Movimento, Opinião, Escrita, Ficção e outros periódicos de oposição à ditadura. Atualmente, é colunista do Direto da Redação e colaborador do Observatório da Imprensa. As revistas Carta Capital, Fórum e Continente também já veicularam seus textos. Autor de Soledad no Recife (Boitempo, 2009) sobre a passagem da militante paraguaia Soledad Barret pelo Recife, em 1973, e Os corações futuristas (Recife, Bagaço, 1997).

Enviado por Direto da Redação

Postado por Castor Filho às 2/23/2012

Luis Nassif

21 Comentários

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  1. A padronização do sotaque no telejornalismo
    Entendo sua preocupação. A língua portuguesa brasileira é uma língua viva, do qual sofreu, sofre e sempre sofrerá mudanças com o passar do tempo enquanto a mesma existir. Então, fazer com que essa mudança não aconteça é inevitável.
    Antes da expansão da mídia sulista – Rio de janeiro e São Paulo – as pessoas na região de Belém do Pará, norte do país, falavam de uma forma bem característica diferente das demais região do país. Conjugavasse os verbos da forma padrão do português de Portugal, devido ao tempo em que ficou sob o domínio de Portugal e por não ter um grande movimento imigratorio, a exemplo do Sul e Suldeste.
    Apartir da década de 1960 a diante, as emisoras sulistas enfluenciara cada vez mas Belém, fazendo com que hoje em dia, o dialeto desse povo se assemelhasse ao dos cariocas – eu chamo em particular de “carioca frustado”. Ao invés do “tu foste” , agora falam “você foi” , ou ainda de um modo informal “tu foi”. Ou seja, perderam seu dialeto, seu sotaque e mais que isso, uma importante indentidade histórica.
    Eu não repudio os sotaques das demais regiões, mas eu queria que aquela maneira lusitana de se expressar ainda permanesse.

  2. A padronização do sotaque no telejornalismo
    Entendo sua preocupação. A língua portuguesa brasileira é uma língua viva, do qual sofreu, sofre e sofrerá mudanças com o passar do tempo, enquanto a mesma existir. Então, fazer com que essas mudanças não aconteça é inevitável.
    Antes da expansão da mídia sulista (Rio de janeiro e São Paulo) pelo território nacional, as pessoas na região de Belém do Pará, norte do país, falavam de uma forma bem característica, diferente das demais regiões do país. Conjugávasse os verbos da forma padrão do português de Portugal, devido ao tempo em que ficou sob o domínio de Portugal e por não ter um grande movimento imigratorio, a exemplo do Sul e Suldeste.
    Apartir da década de 1960 em diante, as emisoras sulistas enfluenciara cada vez mas Belém, fazendo com que hoje em dia, o dialeto desse povo se assemelhasse ao dos cariocas – eu chamo em particular de “carioca frustado”. Ao invés do “tu foste” , agora falam “você foi” , ou ainda de um modo informal “tu foi”. Ou seja, perderam seu dialeto, seu sotaque e mais que isso, uma importante indentidade histórica.
    Eu não repudio os sotaques das demais regiões, mas eu queria que aquela maneira lusitana de se expressar ainda permanesse. Mas fazer o que, né? Não podemos esperar muito de um povo alienado, escravizado pelos “soberanos”.

    1. Teo Quaresma, este interesse

      Teo Quaresma, este interesse no retorno a forma de falar Lusitana, se da por ela permanecer mais forte na sua região, mas ela foi imposta pelos “Soberanos”, já que falavamos uma lingua propria e que teria um sentimento mais nacionalista, que foi proibida pelo Marques de Pombal, com medo de perder a influencia e o poder Europeu de Portugal sobre o Brasil, havia apenas duas variações entre esta lingua: o nhengatu ( uma mesclagem das linguas indigenas com o Portugues), a variante norte da Amazonia ou lingua geral da amazonia, e o do sul, ou lingua geral paulista (dos tropeiros)..

  3. Gostei muito ds sua reflexão.

    Gostei muito ds sua reflexão. Sou alagoana, e sinto que os discursos midiáticos, de um modo geral,  fazem com que

    nossa língua pareça “errada” inútil para as artes. Viva o nosso dialeto! Continuaremos pronunciando É e os demais sons, que representam a nossa cultura.

  4. Bom, a padronização existe

    Bom, a padronização existe mesmo, mas de umas décadas para cá o jornalismo nacional foi instado a modificar seu sotaque para algo mais próximo do paulistano. Tanto que na Globo Rio e seu RJ TV todos os jornalistas cariocas e fluminenses manifestam esse tipo de sotaque, mudando o “s” característico deles (oriundo da imitação dos escravos ao sotaque português) pro “s” paulistano, paulista e afins. 

     

    Além do que, há muitos repórteres de outros estados, o que contribui com a coisa. Ao menos 90% do telejornalismo paira sob este sotaque. 

     

    Seria melhor que todos os jornalistas das suas praças falassem o sotaque daquelas praças, não que ocorresse o que ocorre agora.

  5. É SERIO ISSO? QUER DIZER QUE

    É SERIO ISSO? QUER DIZER QUE O SENHOR FICOU REVOLTADINHO PORQUE NÃO SE FALA BEBERIBE E SIM BIBIRIBE,MESMO A ESCRITA DANDO UMA INFORMAÇÃO DIFERENTE? O MAIS INTERESSANTE É QUE SUL E SUDESTE SÃO REGIOES COMPLETAMENTE DIFERENTES E OS PSEUDOS INTELECTUAIS QUE AQUI COMENTAM DIZEM QUE RIO E SÃO PAULO SÃO “SULISTAS”.POIS É…VAMOS APRENDER GEOGRAFIA E PORTUGUES ANTES DE CRITICAREM ALGUAM COISA, MAS CONCORDO QUE CADA REGIÃO DEVERIA FICAR COM SEUS DIALETOS E CARACTERISTICAS PECULIARES POIS É SIMPLESMENTE RIDICULO ACHAR QUE OS “NOBRES” INTELECTUAIS DO BIBI RIBIIIIII ENTEDERIAM QUE B+E=BE E NÃO BI!! AH! TRABALHO NÃO É TRABAIO E CARALHO NÃO É CARAÍ!!

  6. Lingua

    Olha acho que a lingua portuguesa deve ser falada corretamente, esse exemplo de Recife é idiota, Recife não é acentuado, nao interessa se o povo fala dessa maneira, é errado , é RECIFE e não RÉCIFE , outra coisa que irrita é ver comerciais de TV, filmes dublados, reporters de tv falando burracha, (borracha nao tem U) propagandas de curso de idiomas como a OPEN ENGLISH e a atriz fala INGLEIS (pasmem com i no final) e isso é normale acontece em horáio nobre, na SKY os caras falm TELECINE FAIN ao invés de FUN , isso pra nao citar fUgão , arroIz , gaIz , etc…ta mais que na hora disso mudar, um povo que nao sabe falar a própria lingua nao devia nem existir !!

    1. Bem, nós sabemos como falar a

      Bem, nós sabemos como falar a nossa própria língua, os estados do Brasil têm diferentes dialetos! Isso significa que se esses exemplos são realmente falados por algum grupo, eles são simples características de um povo, o seu sotaque e dialeto, as paravras não vieram com sons, cabe a nós dar sons a elas.

      O português europeu, soa de maneira bem diferente também, mas ninguém diz que ele é errado. E dentro de Portugal, ainda existem sotaques bem incomuns, e até difíceis de entender.

      Este é o mundo das linguas, não há certo ou errado na pronúncia. Exceto em regras gerais, como de sílaba forte, ou a obrigatoriedade de seguir o som que os acentos indicam.

      Porém, sons como o ‘é’ de Recife são completamente normais, pois o que muda é que no nordeste, as vogais já são agudas por padrão. Ou seja, se não há acento (ou há o acento agudo), é agudo, se houver o acento circunflexo, é grave. Isso é uma simples característica que já era esperada do português, pois é tambem característica do ja falecido latim, língua mãe do português. A É I Ó U!

  7. A padronização do sotaque no telejornalismo

                     Gente, que ingnorância, estão discutindo fala e escrita, são duas coisas distintas, leiam um pouco sobre linguìstica que vocês vão entender melhor cada coisa, são diferentes. Linguisticamente falando não existe certo ou errado, a gramática normativa existe para “segurar a lìngua” para não divergir tanto ao ponto de não ser possível a comunicação. Vamos respeitar a cultura de cada região , isso é uma riqueza para um país tão grande como o nosso que apesar do tamanho ,consegue manter uma boa comunicação de norte a sul, leste a oeste sem dialetos como na Europa, por exemplo, com países bem menores que o nosso. Existem fatores que é natural de cada região que vai mudando a língua mesmo como: cultura, vícios de linguagem, história e etc… vamos respeitar o modo de cada um falar, todos são bonitos, todos são corretos. Concordo apenas em padronizar os profissionais da comunicação por que devem fazer uma comunicação a nível nacional, mas aí é outra história, não vamos generalizar ou confundir as coisas.

  8. Eu entendo totalmente essa

    Eu entendo totalmente essa preocupação com o sumiço dos sotaques, mas eu vejo a padronização na TV como uma forma de fazer com que o telespectador entenda completamente o que está sendo dito, porque, venhamos e convenhamos, os sotaques são tão diferentes que às vezes fica difícil entender. O dialeto nordestino para mim, carioca, é uma coisa de louco, me sinto escutando espanhol ou pt-pt.

  9. Ortoépia vs Cacoépia

    Seu ponto é interessante, mas indefensável sob a ótica do bom senso. O jornalismo tem a função de educar e não agradar correntes de pensamento quaisquer, e para isso ele lança mão do saber e da norma culta da fala. Ora, “piqui” e “Bibiribe” são cocoépias regionais que não convém que nenhum jornalismo abrace (questão de bom entendimento, clareza, e fonética até), já Olinda faz sentido.

    Não sou contra o regionalismo em alguns casos justificáveis (entretenimento regional), mas acredito que o falar claro, ortoépico, de alguns sotaques do Sudeste se tornaram padrão não por mero acaso: são, do ponto de vista da informação, mais desejáveis e agradáveis ao ouvido, e não tiram a atenção da notícia (digo isso mesmo sendo nordestina que fala “nordestinês”). Por isso, advogo que esses sotaques mais neutros devam continuar a servir de padrão, assim como deveria o vocábulo rico dos falares do Nordeste, esse aspecto sim de tirar o chapéu e se orgulhar.

  10. Recuperando nossas identidades regionais

    Sr Urariano Mota, parabéns por sua matéria!

    Claramente uma melhora na noticia e no entretenimento se deve a internet e canais do Youtube, que rompem as barreiras da ditadura linguistica que nos tentam impor canais televisivos do privilegio a sua linguagem regional em detrenimento das demais, defendida apenas por quem é beneficiado pelo regionalismo de seu estado colocado em destaque.

    Muitos comunicadores (na internet, alguns na tv) que mantem seus dialetos e sotaques nos estimulam a aprender mais sobre a lingua mais rica do Ocidente (PT BR) em termos, expressões e variações na pronuncia, um incentivo a curiosidade em aprender a etimologia e historia da origem desta diversidade..

  11. Isso está terrível

    Caro, bom dia!

    Venho através deste comentario fazer coro a sua escrita. 

    Tenho me indignado, visto que aqui no Rio também sinto que a cultura linguistica carioca tem se perdido, pois na TV, seguidamente, tendem a nos doutrinar com sotaques e costumes, que a meu ver, são de SP. Não conheço todos os sotaques no Brasil, mas o do meu Rio de Janeiro, deve ser preservado, assim como o do nordeste para o nordeste. São heranças que não podem ser perdidas ou tomadas. Mas minha pergunta é: O que fazer para combater tal abuso linguístico?

  12. Nossa adorei o texto

    Aqui em Salvador tbm acontece o mesmo; os jornalistas parecem falar outro sotaque fechando um monte de vogal na qual nós do norte/nordeste falamos abertamente.
    Acontece a mesma coisa parecida com a pronúncia de Beberibe: aqui tem um bairro chamado “Periperi” (falamos piripiri) porém nos veículos televisivos da rede Bobo leia-se “Tv bahia” eu vejo os jornalistas falando Pêripêri) forçando um sotaque como se fosse paulista xD

    Aqui por exemplo nós falamos “Récife” “Pérnambuco’ tbm e o pessoal jornalista “culto” querem por que querem falar Rêcife” Pêrnambuco “Rêgião” Nôrdeste, parece que eles tomam curso de dicção antes de entrar no jornalismo.

    A padronização mesmo, está em todo o Brasil infelizmente, nós somos obrigados a aturar o sotaque chato nasal dos paulistas com akele “s” irritante agudo de céu da boca, que eles acham que é o melhor que é o “padrão”,

    E pra mim falar Ôlinda é uma aberração tamanha já que Ólinda é histórico o nome veio da vista linda “Oh Linda”

    1. Resumindo: por causa da sua ojeriza pelo sotaque que diz ser “paulista” (mas na verdade é de várias regiões além do NE), você quer que a emissora tenha jornalistas falando no seu sotaque regional. Agora imagine se alguém do RS decidir que a Globo fala muito “anordestinado” e exigir que falem de um jeito que lhes agrada mais ao ouvido, ou que os cariocas passem a exigir uma Cecilia Malan como referência de sotaque da emissora.

      Tenham dó.

  13. É fato que a Globo força o sotaque Paulistano (e não Paulista, que é mais “caipira”)! Com raríssimas excessões, os repórteres que querem virar estrelas aparecendo no JN ou Fantástico e são de q/q outra região do Brasil, mesmo do Rio, sede da emissora, estranhamente começam, de uma hora para a outra, a tentar falar igual aos habitantes da Terra da Garoa! O motivo provavelmente é financeiro (comercial), pois em Sampa estão a maior parte dos consumidores e dos empresários do país! Mas o que é mais irritante são aqueles repórteres que ficam com um sotaque ridículo, extremamente artificial e que incomoda os tímpanos, diferente dos próprios nativos de São Paulo! A Christiane Pelajo fala de um jeito horrível, forçado o que me fez deixar de assistir o programa da GNews às 16h! Já àquela do Fantástico, Poliana Abritta, fala com um apito agudo e estridente, que incomoda tanto os meus tímpanos que colaborou tremendamente para que eu mudasse para o Domingo Espetacular da Record! Mas, o mais incrível é que não há muitas discussões sobre isso na WEB! Na verdade, só encontrei esse fórum, depois de muito procurar, e olha que é velho, de vários anos atrás e, pior, com entendimento errado do autor, achando que o sotaque forçado era Carioca e não Paulistano!

  14. Nunca li um texto tão atemporal. Morei em 17 cidades de Norte a Sul. Como o autor bem disse, são sotaques que não representam ninguém. Nasci em São Paulo, e não conseguimos nos identificar com a fala jornalística.

    em RS e SC, há uma discrepância maior ainda, pois o tu, o ti, e outras expressões, tão tradicionais, são simplesmente banidas.

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