
Batuqueiro, Mandingueiro e diferente. Um passeio pela academia do samba
por Daniel Costa
Não é de hoje que a sociedade vem promovendo discussões e lutando pelo estreitamento das relações entre a Universidade (especialmente a pública) e o público externo, uma questão que nem deveria suscitar tamanha discussão por apresentar tamanha obviedade, afinal o tripé que sustenta a Universidade é exatamente o ensino, pesquisa e extensão.
Porém, em um contexto marcado pela globalização acelerada, em que o cenário predominante é o de mercado globalizado, onde existe desigualdade básica entre países ‘avançados’ e ‘menos avançados’ quanto aos privilégios no mercado econômico mundial. Nesse cenário de disputa, o papel das universidades públicas é destacado, principalmente na formação de quadros profissionais críticos. O estudo aponta para a necessidade de as universidades desenvolverem projetos integrados de pesquisa e educação que atendam às áreas de relevância social e econômica[1].
Atentos a esse debate e conscientes do papel que deve ser exercido por uma Universidade pública um grupo de professores universitários e pesquisadores resolveram mostrar que apesar do samba não ser ensinado no colégio como bem escreveu o poeta da Vila, a universidade deve sim abrir suas portas para os baluartes desse ritmo forjado em quintais, tendinhas e morros.
Foi com esse espírito que surgiu nos corredores da UERJ o projeto Acervo Universitário do Samba, hoje coordenado pela professora Andressa Lacerda e com supervisão editorial do professor Luiz Ricardo Leitão, o projeto de extensão vinculado ao Centro de Tecnologia Educacional da UERJ (CTE-UERJ) e à Diretoria de Comunicação Social (Comuns) da Universidade tem trazido para o público obras de referência para pensar o samba e o carnaval, especialmente o carioca.
Desde o lançamento do primeiro volume em 2015, a biografia do compositor Aluísio Machado, escrita por Luiz Ricardo Leitão, o projeto vem se tornando referência para aqueles que buscam compreender o desenvolvimento dessa festa que apesar dos pesares ainda pode ser considerada uma das mais democráticas e populares do país[2]. Com o lançamento de Salgueiro, o “Quilombo” Moderno: batuqueiro, mandingueiro, diferente, escrito por Leonardo Bruno e Nei Lopes o leitor terá a oportunidade de acompanhar o processo de construção e evolução da agremiação que ficaria conhecida como a “Academia do samba”, em formato de almanaque os autores repassam a trajetória da escola fundada em 5 de março de 1953. Segundo a dupla de autores, “a partir de seu nascimento, os Acadêmicos formaram, com Mangueira, Portela e Império Serrano, até meados da década de 1970, o quarteto imbatível das escolas de samba, conhecidas como as quatro grandes”.
A inspiração para a confecção do referido volume surgiu de um fato curioso: em novembro de 2001, o então ministro da Cultura, Francisco Weffort agraciou com a Ordem do Mérito Cultural as escolas de samba Vila Isabel, Portela, Mangueira e Império Serrano, deixando a margem, de forma inexplicável o Salgueiro. Uma ausência, segundo os autores, que não se justifica quando se investiga a fundo a história do carnaval carioca.
De acordo com o jornalista e produtor cultural Haroldo Costa, também salgueirense de primeira hora: “o terreiro de uma escola de samba não é, necessariamente, o local onde são realizados os ensaios, reunindo pastoras, ritmistas, compositores, passistas e admiradores, num quase ritual que já foi mais respeitado. O terreiro de uma escola de samba é, antes, onde pulsa a sua comunidade, onde as raízes são as pessoas que transitam anonimamente, levando cada qual um pedaço da vida, uma reminiscência, um dado, um episódio, que, juntos, compõem o grande mural da história da sua agremiação”, é exatamente o que Leonardo Bruno e Nei Lopes procuram construir ao longo das páginas da referida obra.
Como ressalta a escritora e pesquisadora Rachel Valença, responsável pelo prefácio da publicação, “aos Acadêmicos do Salgueiro os sambistas devem a importante mudança de enfoque sobre a escolha de enredos: Fernando Pamplona, no início dos anos 1960 com seu escrete de ouro que reunia Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Maria Augusta, Rosa Magalhães e outros bambas das artes, entendeu que já era hora de deixar de lado reis, princesas, generais, suas batalhas e toda uma história que gora extremamente hostil aos negros, um passado de horrores disfarçados. Afinal, os criadores e protagonistas daquele espetáculo que começava a chamar a atenção do mundo tinham também muito a contar. Quem já ouvira falar, até então, de Chica da Silva, de Chico Rei? Quem conhecia o suficiente sobre a rebelião liderada por Zumbi, em Palmares? Cantados em belos desfiles de carnavais inesquecíveis, esses enredos abriram caminho para que os verdadeiros donos da festa dessem à sua história de trabalho e de lutas, à sua fé que resistiu à travessia de um oceano, o merecido protagonismo”.
Sobre os autores da obra, é dispensada maiores apresentações, salgueirense de quatro costados, o compositor, cantor, escritor e pesquisador Nei Lopes, foi integrante da ala de compositores e da velha guarda da agremiação. Versado na arte de compor e de produzir obras que são referências para o samba e para a cultura negra[3], Lopes traz para a obra reminiscências de quem viveu a fase de ouro da agremiação. Já o jornalista e escritor Leonardo Bruno[4], figura que também dispensa apresentações representa o elo da agremiação com a nova geração de intelectuais, dando continuidade à tradição iniciada por nomes como Eneida de Moraes, Fernando Pamplona, Haroldo Costa e o próprio Nei Lopes.
Escrito como um almanaque, ao longo de nove capítulos, o leitor percorrerá a geografia do morro do Salgueiro, conhecendo os lugares e os mitos fundantes de uma escola que desde os primórdios carregava em sua alma a inovação, mesmo quando conduzida pela necessidade. Com uma vida cultural agitada, o Salgueiro era ponto de encontro de bambas de diversas partes da cidade nas primeiras décadas do século XX. Segundo Lopes e Bruno: Não eram poucos os bailes, as festas e as agremiações carnavalescas, frequentados por figuras como Noel Rosa e Geraldo Pereira. Noel, por exemplo, cita mais o Salgueiro em toda a sua obra do que seu próprio bairro, Vila Isabel. Já Geraldo Pereira, cria do Morro de Mangueira, compôs um de seus grandes sucessos em homenagem a uma moradora do morro do Salgueiro”.
O leitor poderá passar ainda pelos bastidores da “Revolução das Belas Artes”, momento em que é selada a parceria entre a agremiação e Fernando Pamplona, aquele que “é considerado o pai de todos os carnavalescos, por ter arregimentado para trabalhar consigo nomes que fizeram a história da festa, como Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Rosa Magalhães, Maria Augusta e Renato Lage. Depois de seu último carnaval no Salgueiro, em 1978, prometeu que nunca mais assumiria uma escola de samba – e cumpriu a promessa”. A parceria forjada com Pamplona seria fundamental para o Salgueiro e para o futuro do carnaval carioca, fazendo-se uma síntese entre a tradição forjada pelas escolas de samba e a expertise cenográfica que fez dos desfiles carnavalescos um dos mais belos espetáculos do país.
Outro ponto alto do almanaque escrito por Nei Lopes e Leonardo Bruno reside na apresentação dos compositores, principais lideranças da escola e claro, aqueles que honraram e honram o chão salgueirense, fazendo da escola tijucana um verdadeiro quilombo moderno. Assim, ao longo de 272 páginas o leitor conhecerá, mesmo que de forma resumida, a trajetória de bambas como Anescarzinho, autor de dois dos maiores sambas da história do carnaval e da própria agremiação: Quilombo dos Palmares (1960) e Xica da Silva (1963), ambos em parceria com Noel Rosa de Oliveira; Amado Régis, autor em parceria com Djalma Sabiá do memorável, Navio negreiro, samba composto para o carnaval de 1957. São lembrados ainda compositores históricos como o já citado Noel Rosa de Oliveira, Bala, Caxinê, Geraldo Babão, Gracia do Salgueiro, Zuzuca e outros nomes que fizeram da ala de compositores da escola, uma das principais do carnaval carioca.
Atentos às transformações ‐ nem sempre positivas – ocorridas no universo das escolas de samba, os autores discorrem sobre o que significava ser compositor de uma agremiação como o Salgueiro. Vejamos: “Nos tempos românticos, anteriores a essa decisiva década de 1970, o grande troféu do compositor de escola de samba era ser admirado por seus pares e pelo mundo do samba como um todo. Além do orgulho de sua condição, ele era também motivado por seus laços comunitários e pelo amor à sua bandeira. Uma ala de compositores, naqueles tempos, representava, realmente, a elite intelectual de uma agremiação, embora muitas vezes seus membros fossem iletrados e até analfabetos. Havia, inclusive, um código de ética, nas escolhas de samba de enredo, que fazia com que se renunciasse à disputa diante de um concorrente nitidamente superior. Com os novos tempos, cujo marco inicial é a década de 1970, o ofício de compositor veio a perder o caráter amador (de arte pela arte) e espontâneo que antes o caracterizava”.
O leitor ainda poderá percorrer a trajetória de nomes como Fernando Pamplona, Max Lopes, Joãosinho Trinta e Maria Augusta, artífices da estética salgueirense e lideranças incontestáveis como Djalma Sabiá, aquele que além de fundador, foi diretor de carnaval, secretário, puxador e presidente de honra da vermelho e branco. E mais do que isso, foi o guardião da memória salgueirense durante toda sua vida, guardando documentos e materiais de pesquisa para registrar a trajetória da agremiação.
São lembrados ainda nomes como Casemiro Calça Larga, uma das grandes lideranças do samba local ao longo da década de 1950; Osmar Valença, que fora o presidente da agremiação nos títulos de 1963, 1965, 1969, 1971, 1974 e 1975. Valença, ao lado de Natal da Portela, fez parte da primeira geração de banqueiros do jogo do bicho que se associaram às escolas de samba. Outro ponto destacado pelos autores é a relação estabelecida entre a agremiação e os banqueiros do jogo do bicho.
Se a passagem de Valença pela escola deixou uma série de títulos, a passagem de outro bicheiro deixaria como marca um episódio traumático para toda a comunidade. Em 1976, às vésperas do carnaval, o então presidente Euclides Pannar, conhecido como China Cabeça Branca, foi assassinado na Avenida Maracanã, após uma reunião na quadra. China havia se desentendido com a famosa cúpula do bicho após levar à imprensa irregularidades na apuração dos resultados.
Por fim, destaca-se a figura de outro presidente ligado ao mundo da contravenção, Waldomiro Paes Garcia, o Miro, que antes de chegar à escola figurava entre os maiores bicheiros do Rio de Janeiro. Durante os quase vinte anos que comandou o Salgueiro, foi efetivamente o presidente entre 1988 e 1993, ano do título com o inesquecível Peguei um Ita no Norte. Porém, cabe destacar que ao longo de sua trajetória, o Acadêmicos do Salgueiro contou também com lideranças fora das lides da contravenção. Figuras como Laila, Manoel Macaco, Nelson de Andrade são lembradas e reverenciadas pelos autores. Cabe destacar ainda a presença feminina na agremiação em postos de referência para o conjunto da comunidade, assim evoca-se desde a fundante Dona Maria Romana, passando por Dona Ana Bororó, Dona Fia, Elizabeth Nunes e Regina Celi, com as duas últimas sendo eleitas presidentas da escola.
Por fim, são lembrados àqueles que riscam o chão quando a escola entoa seu canto. Desde Paula do Salgueiro, passando por nomes como Narcisa, Elza Cobrinha e a atual rainha da bateria Viviane Araújo, os autores dão o devido destaque aqueles que defendem as cores da agremiação na avenida. Não esqueçamos ainda dos emblemáticos casais de mestre sala e porta bandeira, a bateria e as demais alas da escola.
Para além da pesquisa histórica tão bem empreendida pela dupla de autores, o volume conta ainda com vasto material iconográfico recolhido em diversos acervos. Assim o leitor poderá acompanhar o registro de desfiles históricos registrados pela lente de fotógrafos do extinto diário Correio da Manhã e revistas como Manchete e O Cruzeiro, complementadas pelas ilustrações do artista plástico Antônio Vieira.
Presente em todos os volumes do Acervo Universitário do Samba, a cartografia afetiva do Salgueiro ficou sob a responsabilidade de Andressa Lacerda, Daniela Seixas e Ana Carolina Barbosa, docentes vinculadas ao Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-UERJ). O afinado trio buscou mostrar que no morro do Salgueiro há grafias e ramificações insurgentes sendo criadas e recriadas. Os enredos são entrelaçados à presença negra que confere identidade tanto à agremiação quanto ao mapa de uma escola que é apenas diferente. Não há norte ou sul, em cima ou em baixo certos para leitura da cartografia criada pelo Salgueiro. As raízes aquáticas evocam a ancestralidade que cruzou o Atlântico e reverbera, através dos ares, seus sons, simbolismos e pertences, alicerçando, portanto, em solo profundo bases fortes que brotam e proliferam. Afinal, sejam raízes suporte, raízes aéreas ou aquáticas, o Salgueiro nasce forte em qualquer lugar.
Com Salgueiro, o “Quilombo” Moderno: batuqueiro, mandingueiro, diferente, Nei Lopes e Leonardo Bruno contam de forma não linear a trajetória de uma agremiação que há mais de setenta anos prova que não é nem melhor, nem pior que suas coirmãs, é apenas uma escola diferente. Indicado para os amantes das folias momescas, a publicação também será de grande interesse para aqueles que gostam da verdadeira cultura popular ou ainda para aqueles que desejam adentrar esse universo coberto de contradições que também não ficam à margem da escrita dos autores. O único defeito do livro em questão reside no fato de contar com apenas 272 páginas, visto que muitas histórias e personagens ficaram de fora dessa abrangente pesquisa[5].
Discografia salgueirense
Por fim trago ao leitor uma pequena seleção de discos clássicos gravados pela ala de compositores ou pelo conjunto da agremiação. Com apenas três anos de existência a escola lança pela gravadora Todamérica o disco de dez polegadas intitulado Samba!. Com Odete Amaral e Raul Moreno como solitas destaco as faixas Brasil, Fontes das Artes do decano Djalma Sabiá, Eden Silva e Nilo Moreira) e Tudo é Ilusão, do trio formado por Hanibal Silva, Eden Silva e Tufic Lauar. No ano seguinte seria lançado pela mesma gravadora Samba n. II, com destaque para Navio Negreiro, samba assinado por Djalma Sabiá e Amado Régis e Rosário da Bahia, de Carivaldo Mota e Paulo Machado.
Em 1958 a agremiação participaria ao lado da coirmã Unidos da Tijuca do álbum Praça Onze não morreu lançado pela paulistana RGE. Na discografia da agremiação destaca-se ainda os seguintes álbuns: Ala de Compositores (Musidisc, 1965); História das escolas de samba – Salgueiro (Discos Marcus Pereira, 1974); Acadêmicos do Salgueiro (Musidisc, 1965); Lá vem Salgueiro (RCA, 1968); Sambas de quadra e A academia do samba, ambos lançados pela gravadora Philips em 1971 e 1972 e As minas do Rei Salomão lançado em 1974 pelo selo Okeh/CBS. Destaque para a faixa título, samba composto pelo quarteto formado por Dauro do Salgueiro, Zé Pinho, Nininha Rossi e Mário Pedra; Reza Forte, assinada por Zuzuca; o futuro clássico 1800 colinas, do partideiro Gracia do Salgueiro e a exaltação Um hino de amor ao Salgueiro, do já citado Dauro, João Laurindo e Nei Lopes, que cinco décadas depois seria responsável por exaltar a agremiação agora em forma de livro.
*Daniel Costa é historiador, pesquisador, compositor e integrante do G.R.R.C Kolombolo diá Piratininga.
Referência: Leonardo Bruno e Nei Lopes. Salgueiro o “Quilombo” Moderno: batuqueiro, mandingueiro, diferente. Rio de Janeiro: Mórula Editorial; São Paulo: Outras Expressões, 2024, 272 págs.
[1] Ver: KAWASAKI, Clarice Sumi. Universidades públicas e sociedade: uma parceria necessária. In: Revista da Faculdade de Educação, vol. 23, n. 1-2. São Paulo: FE/USP, 1997. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-25551997000100013
[2] Para informações acerca dos volumes anteriores conferir: COSTA, Daniel. Cartografia do samba carioca. Disponível em: https://aterraeredonda.com.br/cartografia-do-samba-carioca/ ; COSTA, Daniel. Samba, democracia e sociedade. Disponível em: https://aterraeredonda.com.br/samba-democracia-e-sociedade/ e A Kizomba da Vila Isabel – festa da negritude e do samba. Disponível em: https://aterraeredonda.com.br/a-kizomba-da-vila-isabel-festa-da-negritude-e-do-samba/ .
[3] Como compositor Nei Lopes criou clássicos que entraram para a galeria de pérolas do samba e da música popular. Entre seus parceiros destaco nomes como: Wilson Moreira, Zeca Pagodinho, Moacyr Luz, Paulo César Pinheiro, Reginaldo Bessa e Toninho Nascimento. Como escritor destacam-se os seminais Partido-alto, samba de bamba; Vinte contos e uns trocados; Dicionário Banto do Brasil, Dicionário da antiguidade africana e o Dicionário Social do Samba, em parceria com o historiador Luiz Antonio Simas.
[4] Entre as obras escritas por Leonardo Bruno destaco: Canto de rainhas, Zeca Pagodinho – Deixa o samba me levar, Beth Carvalho – De pé no chão e Três poetas do samba-enredo. Escreveu ainda o roteiro do filme Andança – As memórias e os encontros de Beth Carvalho e para o teatro, escreveu o musical Leci Brandão – Na palma da mão.
[5] Para mais informações sobre a trajetória da agremiação consultar as seguintes obras: ANTAN, Leonardo. Sal 60: uma revolução em vermelho, branco e negro. Nova Iguaçu: Carnavalize, 2021; BRUNO, Leonardo. Explode, Coração: histórias do Salgueiro. Rio de Janeiro: Verso Brasil, 2013; COSTA, Haroldo. Salgueiro. Academia de samba. Rio de Janeiro: Record, 1984 e COSTA, Haroldo. Salgueiro: 50 anos de glória. Rio de Janeiro: Record, 2003;
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