Sala de Visitas: Temer aumentará em 1 milhão desempregados com novas regras de conteúdo local

Jornal GGN – “Imagina um governo decidir a favor de seis petroleiras estrangeiras e virar as costas para 200 mil industrias do seu próprio país? Tem alguma coisa errada. Acho que eles não se deram conta ainda”, alerta Cesar Prata presidente do Conselho de Óleo e Gás e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), nesta entrevista para o jornalista Luis Nassif, no Sala de Visitas.

 
Prata se refere aos novos índices da lei de Conteúdo Local apresentados em meados de fevereiro e que serão aplicados na 14ª rodada de licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural, prevista para setembro, e para a terceira rodada de leilões de blocos no pré-sal, que deve ocorrer em novembro. 
 
Na regra anterior as empresas que ganhassem a concessão para explorar a riqueza natural eram obrigadas a contratar um mínimo de 65% de serviços e equipamentos produzidos por empresas brasileiras, daí o termo ‘conteúdo local’. O governo derruba agora esse índice para 25%, só nas construções de plataformas que ficam em alto mar (as chamadas produções offshore). 
 
A ABIMAQ chama à atenção que, com isso, Temer irá induzir ao aumento de desemprego no setor. “Nós fizemos algumas estimativas, se isso de fato prosseguir nessa base que estão nos acenando, só nós vamos produzir mais 1 milhão de desempregados este ano”, pontua o empresário, alegando que o Ministério de Minas e Energia e outros membros do Executivo tomaram a decisão sem concluir os debates que estavam sendo realizados desde o ano passado. 
 
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Os empresários brasileiros estavam aguardando, de fato, por algumas mudanças, mas a surpresa veio com a drástica redução que, invariavelmente, irá fechar muitas fabricantes e prestadoras de serviços nacionais. 
 
Cesar Prata conta que a principal entidade que atuou junto ao governo, fazendo lobby para reduzir os índices de conteúdo local, foi o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), representando os interesses da petroleiras estrangeiras, e afirmando também defender a Petrobras.
 
O porta-voz da ABIMAQ alega, entretanto, que ao enfraquecer a cadeia produtiva brasileira de gás e petróleo, a Petrobras (e o governo) estariam dando mais tiros nos próprios pés. 
 
“Nós somos o segundo maior consumidor de energia da Petrobras [atrás do povo brasileiro, que é o cliente número um. Então, você imagina, a Petrobras tomando uma decisão dizendo: vou colocar essa encomenda dos meus insumos, dos meus equipamentos lá na China. Ou seja, ela está matando o cliente Petrobras”, e o governo perdendo a chance de reaquecer a economia e assegurar empregos em um cenário onde os números apontam para o aprofundamento cada vez maior da crise.  
 
Para retomar o combate e reverter a decisão do Executivo, os empresários brasileiros formaram a coalizão Movimento Produz Brasil, reunindo 200 mil indústrias brasileiras que não são contrárias a um debate para a remodelação do conteúdo local, mas sim a favor da tomada de medidas inteligentes e que, de fato, reaqueçam a economia protegendo a cadeia produtiva já fixada no país. 

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Redação

27 Comentários

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  1. Não é esse o Prata que já

    Não é esse o Prata que já esteve por aquí dizendo

    que a Abimaq e seus dirigentes foram traidos após

    darem apoio ao golpe?

    A Abimaq deu ou não apoio aos golpistas?

    Se sim, ele está reclamando de quê?

    1. Só quem nasceu e se criou

      Só quem nasceu e se criou para conseguir alguma força pra bater contra a vontade dos irmãos Marinho e seus sócios, voluntários ou voluntariados por medo de se tornarem um novo Eike Batista. Lula! Todos os demais têm medo do que a máquina de moer reputações e fortunas pode fazer. Todos!

      Vivemos sob o pior tipo de ditadura: a que não parece ser. MAS É! E das terríveis.

  2. “Acho que eles não se deram

    “Acho que eles não se deram conta ainda” disse Alice, perdão, Cesar Prata! Mesmo com seus cabelos encanecidos você, ingênuo e bondoso homem acha que ‘eles’ não se deram conta? Porra cara, quiéquiéisso? Chegou quando aqui? Ontem? Quem é presidente do Conselho de Óleo e Gás e vice-presidente do Conselho de Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) no mínimo deveria saber onde pisa. Vá fá.

  3. Pode-se afirmar, sem margem

    Pode-se afirmar, sem margem de erro, que a maioria dos industriais deu apoio ao golpe. Conheço empresário que começou como operário, batalhando muito para ter sua empresa, e que detestava o Lula, tendo apoiado o golpe. Agora está à beira da falência. A máquina de propaganda Nazi-Globista faz o impossível: empresários bem-sucedidos se suicidarem. 

    1. A pancadaria dos irmãos

      A pancadaria dos irmãos Marinho em cima do Eike Batista – com a ajuda da justiça ‘innovariada’ e ‘milleniunada’ – tem efeito pedagógico: NINGUÉM PODE CONFRONTAR A MATRIX!

      Ou tá ‘comigo’ ou tá ‘sem-migo’. Façam suas escolhas!

      Bem-vindo ao principado dos irmãos Marinho; que permanecem do mesmo modo como seu pai, conforme já alertava Chico Buarque em documentário da BBC (Início, aos 40s), Muito Além do Cidadão Kane: NINGUÉM FAZ NADA SEM CONSULTAR ROBERTO MARINHO. No caso, hoje, seus filhos, os donos do Brasil.

      1. Mas só são donos porque nõs

        Mas só são donos porque nõs assistimos à porcariada deles.

        Esta greve de hoje deveria incluir também (e permanentemente) a programação da tal emissora do golpe.

  4. Continha de padaria: salário

    Continha de padaria: salário médio R$2.000,00 x 1 milhão = R$2 bi. Carga tributária 35% = 700 milhões/mês x 12 = R$8.4 bi anuais. A Petrobrás tem que defender os interesses nacionais. Que economia é esta que faremos comprando lá fora?

  5. A distorção de fatos, números

    A distorção de fatos, números e efeitos é prática utilizada para falta de argumentos / visão. Está claríssimo na própria matéria que na verdade o governo Temer está tirando-nos de uma catástrofe com índices de desemprego inavaliáveis e limitando os desempregos para no máximo um milhão, mas engatilhando breve retomada nas recontratações, com certeza bem acima desse número. Só não percebe quem não quer ou não tem boa vontade e otimismo.

    1. “uma  breve  retomada de

      “uma  breve  retomada de contratações  ” de empresas estrangeiras,  com milhares de contratações….de  mão de- obra É muita  boa vontade…..de quem ?estrangeira !

    2. Troll sem noção, vai se informar

      Troll sem noção, vai se informar antes de falar bobagem, sua mentira não se sustenta sequer por 1 segundo

      Infográficos demonstram que os golpistas tomaram de assalto um pais equilibrado economicamente [apesar do boicote desferido contra Dilma pela troupe de patinhos da Fiesp e cia]

      https://jornalggn.com.br/blog/jose-carlos-lima/infograficos-demonstram-que-os-golpistas-tomaram-de-assalto-um-pais-equilibrado-economicamente

      1. Estou discutindo e opinando

        Estou discutindo e opinando sôbre o contido na matéria. Sua discussão é sôbre outros assuntos, o que infelizmente faz de você o troll sem noção… procure informar-se sôbre os conteúdos das matérias para não passar por essa vergonha. Boa tarde e passar bem. 

  6. ABIMAQ a mesma que…

    Fui pesquisar um pouco sobre os posicionamentos dessa associação e um dos últimos foi em um texto  (que está linkado na sua página do facebook) que joga no sindicalismo a culpa pela inflação, e que, mais adiante no mesmo texto, coloca a culpa do não aumento da produtividade do trabalhador no próprio trabalhador. Meu amigo, empresas que só premiam a incompetência, a puxação de saco e de tapetes, e ainda premiam diretores já bem remuneradaos e que dão resultados negativos com altos bonus e ainda ganham com desonerações é que são culpadas. Eu muito duvido que antes de abril de 2016 esse empresária teria a coragem de falar com Nassif.

    A pérola:

    http://jornalwebdigital.blogspot.com.br/2017/03/a-indexacao-do-salario-muda-relacao.html

  7. Os protagonistas do golpe

    Os protagonistas do golpe estão pouco se lixando para a criação de empregos,o deles está garantido,

    depois do que fizeram e fazem com a Odebrecht,acredito em tudo,Marcelo disse a Moro q a empresa

    tinha 150 mil funcionários e Moro nem aí,lá fora briga-se por dez mil empregos,agora aqui em SP

    tem outra categoria q será extinta,a dos taxistas,40 mil tchau tchau,td pela concorrência predatória

    dos aplicativos a “preços módicos” sem regulamentação e o “fechar dos olhos” do judiciário!”

  8. Interessante que ao 28

    Interessante que ao 28 minutos ele mostra que só está reclamando do quê afeta o setor dele. O resto, os “remédios amargos” são necessários.

    Outra coisa é que ele segue no mesmo caminho do patinho amarelo e quer mudar as leis trabalhista.

    Ele se sente um heroi, por enfrentar o “custo Brasil”.

    Tem que levar na cabeça mesmo.

    1. A cartelcracia que teve

      A cartelcracia que teve início nos anos 90, promoveu o maior desalinhamento de preços no mercado interno, sob aplausos de inocentes como a ABIMAQ que agora produz máquinas que não tem o que transformar, pois os manufaturados internacionais, custam muito menos que a matéria prima ofertada pelos carteis atuantes no inicio da cadeia produtiva, que defendem os insumos que produzem, criando barreiras técnicas em normas e regulamentos.

      O lucro Brasil obtido por esses cartéis, desalinham os preços ao longo da cadeia.

  9. Se lixando

    Quando ele disse que as federações das indústrias dos estados, estão todos no mesmo barco para a preservação do percentual do conteúdo nacional, citou, inclusive a FIESP, a filha da puta do pato amarelo comandada pelo bandido Skaf, industrial de galpões, que foi um dos principais fomentadores do golpe.

    O senhor Prates, desavergonhadamente se omitiu em dizer quem implantou o programa de conteúdo nacional para a indústria petrolífera do país.

    Certamente, alguns aqui já comentaram, que a ABIMAQ foi favorável ao golpe e agora estão chorando o leite derramado.

    E também não senti nenhuma preocupação com o esquartejamento da Petrobras, sendo vendida a preço de banana para as estrangeiras.

    Burro ele não é, porque só está defendendo os seus interesses.
    Prometeram uma coisa, fizemos investimentos e agora estamos na rua da amargura.

    Se fossem realmente brasileiros com interesses exclusivos no país, com a força que eles tinham, poderiam sim contribuir para impedir que esse bando de assaltantes tomassem o poder.

    O que interessa para eles é vender os seus equipamentos, não importa se será para a Petrobras ou para as estrangeiras que já tomaram conta do nosso petróleo.

    Eu já nem sei o que falar de um tipo desse.

    Mando ele para aquele lugar?

  10. Equivocado sistema

     

    Graças à tecnologia pioneira de água profundas desenvolvida pela competente Petrobras, tornou possível a descoberta de gigantescas jazidas de petróleo e gás no pré-sal. Em cima dessa fabulosa riqueza, era para acreditar numa forte geração dos mais diversos tipos de empregos e especialidades, para nossos engenheiros, técnicos e operários, por várias décadas seguidas de muita felicidade, para todos.

    Seria poderosa alavanca para nossa economia com natural fortalecimento das mais diversos tipos de empresas brasileiras, principalmente, uma competente e robusta indústria naval e de suas mais diversas possibilidades, gerando encomendas de máquinas, equipamentos, matérias, informatização e outras mais. Também, o natural surgimento de vasto campo para novas empresas, tecnologias e especialidades. Enfim, uma verdadeira dádiva de Deus para o Brasil, para nosso sofrido povo, ávido por melhores condições de vida.

    Entretanto, a concretização dos esperados anos de muito progresso e desenvolvimento que poderia ocorrer para o Brasil por conta da fortuna no pré sal, passa antes, por uma estrutura de governo mundialmente conhecida, viciada, sem face nem pátria, corrupta e concentradora  de riquezas, que  Lula/PT e Dilma/PT, tentando conviver com isso até onde possível, conseguiram gerar uma forte economia de pleno emprego, importante inclusão social na educação e no mercado consumidor, despertando grande confiança interna e externa, jamais vistos desde a era Vargas.

    Infelizmente, chegaram os golpistas com elementos altamente comprometedores, sem pudor algum, prosseguem mostrando a verdadeira cara do sistema, sem retoques morais e preocupações patrióticas e humanitárias. No curso de uma gigantesca crise econômica propositalmente instalada pelos próprios golpistas, viabilizando remoção do governo Dilma/PT, o desemprego só vai crescendo junto com as falências das empresas e da engenharia brasileira, com todo apoio da grande mídia “livre”, desde os tempos das gigantescas badernas por todo o Brasil. Chegou o tempo de amplas privatizações a preços de bananas, de amplo desemprego, de falta de esperanças. Acabou o sonho de um Brasil próspero, desenvolvido e mais justo.

    Se o destino da China tivesse permanecido sob comando de Chiang Kai-Shek, ou de outro que adotasse o modelo capitalista, com toda a certeza deste mundo que não haveria a poderosa e respeitável China de hoje. Racionalmente, ninguém ousa duvidar disso. Nem os mais ferrenhos anticomunistas.

    Mas, em vez de adotar o conhecido, irracional ineficiente e corrupto modelo capitalista, a China tomou rumo socialista sob o duro comando do gênio de Mao Tsé-Tung. Da miserável e insignificante China de 1949, situada no zero absoluto, passou para a 2ª potência econômica do mundo, em apenas 60 anos. E, pelo visto até agora, ainda este ano, deverá ultrapassar o PIB dos EUA.

    Em resumo, por conta do continuado estupendo desenvolvimento econômico, social, científico, tecnológico e militar da China, fica mais do que provado, que o sistema capitalista não tem a menor condição de concorrer com o sistema socialista, desde que a nação possua um mínimo poder de fogo nuclear, insuperável arma de respeito e de defesa. Alguma duvida?

  11. Não tenho pena não…
    O

    Não tenho pena não…

    O Grosso do pessoal que perderá esses empregos apoiou o golpe. Só lamento pelos pouquíssimos ness àrea que não apoiaram e ficaram no mesmo barco.

    minha esposa tá nessa àreas, e é a única no trabalho dela que foi contra.

    A  arrogância de nossa classe média ultrapassa todos os limites, e a tibieza do povo tb.

  12. Foram os empresários que

    Foram os empresários que pariram o pato do golpe. Pois que paguem por ele agora! O trágico é que esse pato está atingindo muito duramente os trabalhadores. Como diria o José Simão, somos mesmo o país da piada pronta!

  13. A ABIMAQ deveria parar de

    A ABIMAQ deveria parar de reclamar e defender mais seus associados, especialmente no acompanhamento das confecções das normas técnicas dos insumos, tanto utilizados em sua própria fabricação, como os utizados na transformação fabril.

    De que adianta produzir máquinas para o consumo interno, se as matérias prima ofertadas são proibitivas, especialmente aquelas pertencentes a setores cartelizados.

    Para que seus associados sejam competitivos no mercado interno e possam fazer frente aos concorrentes internacionais de manufaturados,  é necessário ter abastecimento em condições isonômicas, e para isso a  ABIMAQ precisa contribuir mais no combate às  barreiras técnicas em normas e regulamentos dos insumos por por êles transformados.

  14. Nada como ter financiamento a

    Nada como ter financiamento a “estatal” e imposto de importação, e se “locupletar” com o risco garantido.

    Lucro certo.

    Eu também quero.

    Quem depende de “subsidio” não deveria existir, você diz causar 1 milhão de desempregados mas vai causar 10 milhões de outros desempregados.

  15. Típico …

    O governo tem que fomentar, mas não pode dar tudo para esse pessoal,
    basta lembrar dos péssimos produtos produzidos na era militar, época da
    reserva de mercado, resultado foi uma indústria com tecnologia atrasada que não conseguia produzir  e que gerava
    muita poluição, e dizia que o culpado era o trabalhador, a petrobras deu a esse pessoal
    a oportunidade de angariar know how e eles mesmo assim não conseguem fornecer material
    no mercado externo, o governo tem que exigir contrapartida desse pessoal inclusive de melhoria salarial dos trabalhadores,
    mas a única coisa que eles pensam em uma política ” liberal ” é pagar menos impostos,
    só que os liberaís estão se lixando para eles, os ” liberaís ” já tem donos e são dos banqueiros,
    o maior bem que eles tem é o trabalhador, pois é este que mais se interessa pela existência da empresa,
    mas mesmo assim eles reclamam dos direitos que o trabalhador possuí, está achando ruim ? Monta uma empresa nos eua,
    lá esse pessoal da ABIMAQ não duram 5 anos, vão ter que competir com empresas que evoluem suas tecnologias em uma dinâmica
    muito maior e eles não possuem o privilégio do conteúdo local, esse cara reclamou do cambio, se com o dólar
    a R$ 2 e os brasileiros comprando uma quantidade imensa de produtos de fora e mesmo assim a indústria nacional não
    conseguiu acompanhar a demanda que era própria dela, imagine se o dolar está a R$ 5 !?!?
    Os brasileiros não iriam comprar produtos de fora e a industria nacional não iria dar conta e o
    desenvolvimento que ocorreu não chegaria na metade do tempo, a indústria nacional iria acabar com
    a economia por não conseguir atender a demanda, que bom que o dolar ficou em R$ 2.
    Agora esse pessoal da ABIMAQ não entender as diferenças entre as idéias keynesianas e neoliberaís,
    esse cara não deveria ser representante de indústria nenhuma, isso pq o pessoal da FIESP e ABIMAQ
    estão fazendo com que nós, os trabalhadores paguem a conta do pato, tenho certeza que o pós pato
    em nada modificou a vida deles, mas a minha sim !
     

  16. 1 milhão de

    1 milhão de desempregados…..e o  JN e pig soltando foguetes porque 50 mil pessoas arrumaram emprego na ára de serviços….a cada pum do Golpista é um clique da Globo…

  17. JUROS

    Os empresários brasileiros deveriam ter ouvido mais o saudoso José de Alencar

    Quero sugerir que, o setor produtivo, priorize o combate a esta política destrutiva de “juros altos”, o Brasil é um dos únicos países do mundo que garantem uma política de ganho real para o setor financeiro, através dos juros básicos, que tendem a ser quase sempre no mínimo o dobro da inflação. Hoje a inflação é de aproximadamente 4,5%, os juros são 12,25%. Nenhuma economia suporta isto. O setor industrial principalmente está morrendo a olhos vistos! O grande erro dos Governos Lula e Dilma foi manter o “COPOM” e o “CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL” na forma traçada por FHC, através de uma Lei de 1996. Hoje o CMN é formado por apenas três pessoas Os Ministros da Fazenda e Planejamento e o Presidente do Banco Central, ou seja, jamais vai decidir nada em benefício do setor produtivo. Quanto ao Copom são 5 diretores do Banco Central, todos sem exceção indicados pelo setor financeiros, economistas que com a desculpa de manter a inflação baixa aplicam uma taxa de juros de no mínimo o dobro da taxa inflacionária. Proponho em Homenagem ao saudoso “José de Alencar” que alteremos o Copom e o CMN, fazendo com que todos os setores da economia estejam representados nestes conselhos, um membro do setor industrial, um do comércio, um do agronegócio, um do setor de serviços e até um do setor financeiro, pode se ter também um representante do Governo, todos com direito a voto.

    Ministro da Fazenda e Presidente do Banco Central não podem ser banqueiros como temos hoje, nem economistas que fora algumas “augustas exceções” são medíocres e/ou trabalham para o setor financeiro. A economia deve ser comandada por pessoas do setor produtivo, o ideal é que sejam escolhidos grandes empresários do setor produtivo para comandar a economia, tanto o Ministério da Fazenda quanto o Banco Central, o objetivo deve ser sempre o crescimento e a criação de empregos; quanto aos juros, distribuindo o poder de decisão pela via do Copom a todos os setores da economia eu duvido que ele se mantenha nas alturas. É assim nos Estados Unidos onde a decisão sobre os juros está distribuída, havendo até um Conselho de Governadores com direito a voto. Hoje o que vemos é que todos os membros do Copom são representantes do “mercado”, ou seja, do setor financeiro. Temos de dividir a responsabilidade de baixar os juros com todos os setores econômicos.

    Os juros são hoje a maior causa de aumento da carga tributária em nosso país, basta ver o orçamento da união, pelo menos 40% deste orçamento vai para pagamento de “Encargos com Dívida Pública” infelizmente as Federações de Comércio e Industria do Brasil não conseguem ver isto, são mal assessoradas é o que podemos perceber. O empresariado nacional tem que entender que se não exercerem o controle sobre a política econômica, vão viver chorando em função dos juros e impostos altos no Brasil, uma coisa está interligada a outra, o orçamento da união está cada vez mais comprometido com os juros o que exige cada vez mais impostos para paga-los. Aí o Governo para não “mexer” com o setor financeiro destrói o restante da economia, triste! 

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