Família de Bruno Pereira, que sumiu junto com Dom Phillips, escreve nota: tempo é fator chave

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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"É fundamental que buscas especializadas sejam realizadas, por via aérea, fluvial e por terra com todos os recursos humanos e materiais que a situação exige"

A família do indigenista brasileiro Bruno Pereira, em nota, apela às autoridades brasileiras para que se empenhem mais nas buscas por Bruno e por Dom Phillips. A urgência é muita, principalmente se eles estiverem feridos e sem condições de buscar socorro. Pedem, ainda, que as equipes de buscas sejam protegidas. Já são mais de 48 horas do desaparecimento dos dois, e o ‘tempo é fator chave’, diz a família. Leia a nota a seguir.

Nota à imprensa da família de Bruno da Cunha de Araújo Pereira

Já são 48 horas de angústia à espera de notícias sobre Bruno Pereira e Dom Philips, que desapareceram no domingo quando viajavam no Vale do Javari, Amazonas. Durante todo o dia de ontem, tivemos poucas informações sobre a localização deles, o que tem aumentado este sentimento. Mas também temos muita esperança de que tenha sido algum acidente com o barco e que eles estejam à espera de socorro. Mantemos orações e agradecemos o apoio de familiares e amigos. Contudo, em virtude de mais de 48 horas do desaparecimento do nosso Bruno e seu companheiro de viagem Dom Phillips, apelamos às autoridades locais, estaduais e nacionais que deem prioridade e urgência na busca pelos desaparecidos. Compreendemos que Bruno possui vasta experiência e conhecimento da região, porém, o tempo é fator chave em operações de resgate, principalmente se estiverem feridos. É fundamental que buscas especializadas sejam realizadas, por via aérea, fluvial e por terra com todos os recursos humanos e materiais que a situação exige. A segurança dos indígenas e equipes de busca também precisa ser garantida.

Bruno é um dedicado servidor público federal pela FUNAI e muito apaixonado e comprometido com seu trabalho. Pai amoroso de duas crianças e uma moça lindas, Bruno é filho, marido, irmão e amigo, ele leva essa paixão para sua jornada toda vez que entra na mata com o propósito de ajudar o próximo. Pedimos às autoridades rapidez, seriedade e todos os recursos possíveis para essa busca. Cada minuto conta, cada trecho de rio e de mata ainda não percorrido pode ser aquele em que eles aguardam por resgate.

Beatriz de Almeida Matos (companheira de Bruno)
Max da Cunha Araújo Pereira (irmão de Bruno)
Felipe da Cunha Araújo Pereira (irmão de Bruno)

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