Ata do Copom sinaliza corte dos juros para agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Para maioria, manutenção do processo de desinflação pode permitir o início de “processo parcimonioso” de redução na próxima reunião

Agência Brasil

Em meio às pressões do setor produtivo e até mesmo do mercado financeiro, a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deu uma sinalização de que a taxa básica de juros pode ser reduzida na próxima reunião, programada para o mês de agosto.

A avaliação predominante foi de que “a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”.

Contudo, parte do colegiado enfatizou que a dinâmica desinflacionaria “ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis e que a incerteza sobre o hiato do produto gera dúvida sobre o impacto do aperto monetário até então implementado”.

Esse grupo apontou ainda a necessidade de observar “maior reancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo”.

Segundo o documento, a manutenção dos juros em 13,75% na última quarta-feira foi tomada “considerando os cenários avaliados”, e que essa decisão “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024”.

A ata afirma ainda que os membros do Copom foram unânimes ao concordar que “os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica”.

O documento ressalta que a flexibilização do grau de aperto monetário exige confiança no processo de desinflação, “uma vez que flexibilizações prematuras podem ensejar reacelerações do processo inflacionário e, consequentemente, levar a uma reversão do próprio processo de relaxamento monetário”.

Leia abaixo a íntegra da ata do Copom.

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