Custos industriais sobem pela quarta vez consecutiva

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – Os custos da indústria brasileira não param de subir: indicador de custos apurado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) avançou 2,9% no terceiro trimestre deste ano em relação ao segundo trimestre, em seu quarto trimestre consecutivo de alta. Na comparação com o terceiro trimestre de 2014, os custos industriais subiram 11%, muito acima do aumento de 7,6% nos preços dos produtos manufaturados, o que reduziu a margem de lucro das empresas.

“Nos últimos quatro trimestres, o aumento dos custos industriais vem sendo superior ao dos preços dos produtos manufaturados, o que indica uma perda de margem de lucro das empresas. Isso é uma consequência da crise econômica, que reduz a demanda, impedindo o repasse do aumento de custos para os preços”, diz a CNI.

Os custos industriais são formados por: custos com capital de giro, custos com tributos e custos de produção. Com o aumento dos juros, os custos com capital de giro subiram 9,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre. “No entanto, o baixo peso relativo desse componente faz com que ele seja responsável por apenas 0,3 ponto percentual do aumento de 2,9% nos custos industriais”, pondera a pesquisa.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, os custos com capital de giro aumentaram 21,8%.  O custo tributário teve aumento de 0,2% na comparação com o segundo trimestre e de 2,3% frente ao terceiro trimestre de 2014.

De acordo com o estudo, os custos de produção, que incluem as despesas com bens intermediários, com pessoal e energia, subiram 3,3% no terceiro trimestre frente ao segundo e registram uma alta de 12,8% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.  Esse aumento foi puxado, especialmente, pelo crescimento do custo com bens intermediários (insumos e matérias-primas) importados.

Com a desvalorização do real frente ao dólar, o custo com bens intermediários importados subiu 11,4% no terceiro trimestre frente ao período imediatamente anterior. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o aumento foi de 46,4%.

Os custos de produção também foram pressionados pela energia, cuja alta no terceiro trimestre foi de 0,9% em relação ao segundo trimestre. Na comparação com 2014, os custos com energia subiram 43,9%. Os custos com pessoal tiveram expansão de 2,2% frente ao segundo trimestre e registraram alta de 9,1% frente ao mesmo período do ano passado.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador