Dívida mobiliária federal perde força em agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A dívida mobiliária federal interna fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$ 2,075 trilhões (total equivalente a 41,1% do PIB) em agosto, registrando decréscimo de R$ 6,9 bilhões em relação ao mês anterior. De acordo com os dados divulgados pela autoridade monetária, o resultado refletiu resgates líquidos de R$ 22,4 bilhões, decréscimo de R$ 100 milhões, em razão da apreciação cambial e incorporação de juros de R$ 15,6 bilhões.

Os destaques do período ficaram com os resgates líquidos de R$ 53,4 bilhões em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B); e as emissões de R$ 22 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional), de R$ 6,1 bilhões em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F) e de R$ 3,4 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro).

Na comparação com julho, a participação por indexador mostra que a porcentagem dos títulos indexados a câmbio permaneceu em 0,4%; a dos títulos vinculados à taxa Selic passou de 15,2% para 15,3%, em razão das emissões de LFT; a dos títulos prefixados elevou-se de 30,2% para 31%, pelas emissões líquidas de LTN e NTN-F; e a dos indexados aos índices de preços reduziu-se de 29,1% para 26,9%, em decorrência dos resgates líquidos de NTN-B. A participação das operações compromissadas aumentou de 24,8% para 26,1%, apresentando vendas líquidas de R$ 40,8 bilhões.

Em agosto, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado indicava que R$ 134,9 bilhões (ou 6,5% do total) possuem vencimento em 2014; R$ 413,3 bilhões (19,9% do total) tem vencimento em 2015; e R$ 1,527 trilhão (73,6% do total), vencendo a partir de janeiro de 2016.

No final de agosto a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 209,1 bilhões. O resultado dessas operações (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$ 2,5 bilhões.

Já a dívida líquida do setor público alcançou R$ 1,812 trilhão em agosto (equivalente a 35,9% do PIB), elevando-se 0,6 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.

No ano, a relação DLSP/PIB elevou-se 2,3 p.p. Os juros nominais apropriados e a valorização cambial de 4,4% no ano contribuíram para elevar a relação, na ordem, em 3,3 pontos percentuais (p.p.) e 0,6 p.p. do PIB. Em sentido contrário, o crescimento do PIB nominal, o superavit primário e o reconhecimento de ativos contribuíram para reduzir a relação em 1,3 p.p., 0,2 p.p. e 0,1 p.p. do PIB, respectivamente.

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 3,035 trilhões em agosto, ou 60,1% do PIB, elevando-se 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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