Da Folha
São Paulo tem deflação de 0,17% em março, diz Fipe
A Fipe detectou deflação na cidade de São Paulo, no mês passado. O IPC da Fipe recuou 0,17%, cenário diferente do que é esperado nos demais índices de preços que medem a inflação ao consumidor.
Um dos principais motivos para a deflação no termômetro da Fipe são os preços da energia elétrica. Enquanto o IBGE começou a contabilizar a redução das tarifas de luz no fim de janeiro, com efeitos na inflação de fevereiro, a Fipe começou a contabilizá-la em março, quando as contas mais baratas começaram efetivamente a ser pagas pelo consumidor.
Com isso, o grupo Habitação (do qual energia elétrica faz parte) registrou deflação de 1,05% em março, segundo a Fipe.
De acordo com o coordenador do indicador, Rafael Costa Lima, não fosse a retração dos preços do grupo, o resultado de março seria uma inflação de 0,27%. Em fevereiro, a inflação paulistana foi de 0,22%.
“Embora seja a menor variação desde julho de 2006, ela foi pontual e influenciada pela energia elétrica. Não muda em nada o panorama da inflação, que ainda está alta”, disse.
No ano encerrado em março, a inflação na cidade de São Paulo medida pelo IPC da Fipe ficou em 5,57%.
Os reajustes de alimentos indicam a resistência de queda dos preços. O grupo alimentação subiu 0,77% em março, mais do que em fevereiro (0,34%). Segundo Lima, a alta se deve a reajustes sazonais dos alimentos in natura, em decorrência das chuvas nessa época do ano.
“A desoneração da cesta básica teve um efeito ainda tímido sobre os preços e não chegou com força ao consumidor. O impacto deve ser maior em abril”, afirmou.
(MARIANA CARNEIRO)
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