
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a anunciar as chamadas “tarifas recíprocas”, que é uma forma de pressionar a política comercial, em medida protecionista a favor das empresas norte-americanas pelo mundo.
As “tarifas recíprocas” são taxas que serão impostas à compra de produtos internacionais – as importações – em valores similares ao que estes países de origem impõem aos produtos norte-americanos.
Tarifas recíprocas: o que é e como funcionaria
Na prática, em um exemplo hipotético, se a China compra eletrônicos dos Estados Unidos e estabelece uma taxação de 20% sobre os produtos norte-americanos para trazê-los à China, os EUA passarão a aplicar uma taxa semelhante de 20% sobre produtos chineses, como por exemplo, vestuário.
Mas, ainda neste exemplo hipotético, incide um fator crucial: a guerra comercial travada por Donald Trump e as reações dos países, com maior força para retaliações já anunciadas pela China.
A Guerra Comercial: China responde
Quando Trump decidiu aplicar, efetivamente, uma taxa de 10% sobre as importações chinesas, na última terça-feira (04), a China anunciou um pacote de taxas sobre alguns produtos norte-americanos: 15% sobre carvão e gás natural liquefeito e 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e alguns veículos.
A resposta da China foi vista como uma retaliação, o que impulsionou a chamada “guerra comercial” entre as duas maiores economias do mundo. Se o objetivo era de proteção da produção e indústria norte-americanas, na prática, as estimativas são de perda e aumento de impostos para o consumidor final.
O impacto na China e as negociações
De acordo com a Tax Foundation, as taxas dos EUA impostas contra a China significarão um aumento de US$ 1,1 trilhão dos impostos nos próximos 9 anos. Somente neste ano, a chamada “guerra econômica” travada por Trump aumentaria em US$ 800 dólares por família o custo médio com impostos sobre os produtos chineses.
Mesmo com a troca de taxas, Trump e o presidente chinês Xi Jinping estariam dialogando para chegar a acordos. Segundo o mandatário norte-americano, a preocupação do país estaria no “fentanil ilegal chinês que está matando dezenas de milhares de americanos todos os anos”, reportou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karolina Leavitt.
Mas o fentanil não basta para justificar o aumento das taxas de importação contra a China e todos os demais países que vem sendo anunciadas por Trump.
Além da China
As chamadas tarifas recíprocas com todos os parceiros comerciais dos EUA estariam prontas para serem anunciadas, segundo os jornais norte-americanos. A motivação seria um “ambiente comercial mais equitativo”. Em outras palavras, pressão para que o mundo reduza as taxas nas compras dos produtos e materiais dos EUA, assim como o país implementa em suas políticas de abertura econômica.
Enquanto isso, as taxas anunciadas por Trump contra o Canadá e o México foram adiadas por 30 dias, por meio de negociações diplomáticas entre os países. A exemplo destes, o Brasil hoje tenta travar acordos com os Estados Unidos para impedir a taxação da exportação de aço e alumínio brasileiros, anunciado em 25%.
Leia mais:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Interessante, matéria séria e embasada, ninguem corneta..
Mas O Nassif ha tempos vem falando da falta de Planos Estruturais e de Metas. Hoje o Torquemada americano fez o que é direito dele: pensou em si e na popularidade. Quando os problemas aparecerem ele resolve. Vai matar no peito pois tem aquilo roxo.
Mas se te dão um limão, faça uma caipirinha ou marguerita.
Tava lendo sobre uma possivel estrada de ferro ligando o Brasil com o Oceano Pacifico, MUitos problemas tecnicos e ambientais. Custo estimado: 100 Bi de dolares.
Bemeficios pro Brasil de hoje: da um rumo e abre um mercado que os exportadores não conseguem enchergar: o mercado interno. E pra cadeia de produção ddo aço e aluminio e obrigar a buscar outros mercados.
Acho que uma obra desse tipo ia absorver uma boa parte dessa produção que os caras vendiam la fora. E mantem a cadeia produtiva e absorve mão de obra para viabilizar o projeto
Pode não ser tudo, mas é alguma coisa
Com a imposição de tarifas à comunidade internacional, os Falcões-Galinhas que ora ocupam a Casa Branca afirmam tentar equilibrar a balança comercial, pois, de acordo com eles, os EUA importam mais do que exportam. Ora, os EUA são um dos países que consomem mais do que produzem. Então o déficit na balança comercial é inevitável enquanto eles continuarem consumindo mais do que produzem. Se querem ser superavitários no comércio internacional, os EUA devem produzir mais do que consomem.