Hiper e supermercados impulsionam comércio varejista em maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Vendas do segmento avançaram 1,2% na comparação com o mês anterior, segundo IBGE; alta acumulada no ano chega a 5,6%

Foto de Pixabay

O comércio varejista aumentou suas vendas em 1,2% no mês de maio em comparação com o período imediatamente anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os resultados do setor foram positivos em todos os meses deste ano e, com isso, o ponto mais alto da série, que havia sido registrado em abril, foi deslocado para maio. No ano, há alta acumulada de 5,6% e em 12 meses, de 3,4%.

Cinco das oito atividades pesquisadas apresentaram resultados favoráveis no mês, com destaque para os dados de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%).

Foi o segundo mês seguido de alta para hiper e supermercados, que acumula ganho de 2,6% nesse período. O setor responde por 54,7% do volume de vendas no varejo.

Para o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico – que engloba as lojas de departamento, óticas e joalherias, por exemplo –, o mês de maio foi o quinto mês seguido de variações positivas. No ano, há ganho acumulado de 7,8%.

Segundo o IBGE, o resultado favorável foi bem disseminado pelo indicador, mas indicadores conjunturais (como aumento das vendas de vestuário mais concentradas em calçados) e macroeconômicos (aumento do crédito para pessoa física, da massa de rendimento e do número de pessoas ocupadas) também afetaram os dados.

Os setores de tecidos, vestuário e calçados (2,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%) também tiveram resultados positivos. No caso do primeiro segmento, a alta veio após dois meses seguidos de variações negativas.

No setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, o resultado de maio representou o quarto positivo seguido nessa comparação, acumulando alta de 12,6% no período. Para o setor de livros, jornais, revistas e papelaria, a variação positiva foi precedida por dois meses seguidos no campo negativo.

Os demais setores tiveram resultados negativos: móveis e eletrodomésticos (-1,2%), combustíveis e lubrificantes (-2,5%, afetado pela queda de transportes na região Sul por conta das enchentes no Rio Grande do Sul) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,5%).

No varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos, motos, partes e peças (-2,3%), material de construção (-3,5%) e atacado especializado em produtos alimentícios, o resultado também foi positivo na comparação com abril (0,8%).

Entre os meses de abril e maio, 16 unidades da federação registraram alta nas vendas do varejo, com destaque para Amapá (3,4%), Mato Grosso (3,0%) e Maranhão (2,2%). As outras 11 UFs ficaram no campo negativo, com destaque para os recuos de Roraima (-5,9%), do Espírito Santo (-2,6%) e do Acre (-1,7%)

No comércio varejista ampliado, nessa mesma comparação, houve resultados positivos em 13 unidades da federação e as maiores variações foram registradas por Ceará (5,3%), Amapá (3,0%) e Tocantins (2,9%). Entre as localidades no campo negativo, os recuos mais intensos foram de Roraima (-5,5%), Rondônia (-3,2%) e Rio Grande do Sul (-2,8%).

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