Indústria avança em 11 de 15 locais no país em fevereiro

Setor extrativo no Pará puxa variação no mês, enquanto Pernambuco tem a segunda maior alta absoluta por conta da produção de alimentos

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A produção da indústria brasileira melhorou em 11 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em fevereiro. Na ocasião, o índice nacional de produção subiu 0,7%, revertendo recuo de 2,2% em janeiro

Os principais destaques em fevereiro foram Pará (23,9%) e Pernambuco (10,2%). Amazonas (7,8%), Minas Gerais (7,3%), Ceará (6,0%), Região Nordeste (5,1%), Bahia (3,4%), Goiás (1,4%), Paraná (1,3%), Santa Catarina (1,1%) e São Paulo (1,1%) completaram o conjunto de locais com índices positivos no mês. Já Mato Grosso, com queda de 4,4%, teve o recuo mais intenso.

Segundo Bernardo Almeida, analista da pesquisa, o crescimento visto no Pará foi puxado pelo setor extrativo. “Trata-se de um movimento compensatório em relação ao mês anterior, uma vez que em janeiro houve grande volume de chuvas que impactou a produção e o escoamento do minério de ferro”.

Pernambuco apresenta a segunda maior alta (10,2%) em termos absolutos, mas a quinta maior influência, por conta dos segmentos de alimentos, em especial o açúcar, e de outros equipamentos de transporte com aumento da produção de embarcações e peças para motocicletas.

Assim como aconteceu no Pará, o avanço de 7,3% em Minas Gerais foi puxado pela extração de minério, após redução em janeiro devido às chuvas, mas o setor de metalurgia também influenciou o resultado.

A terceira maior influência é de São Paulo com crescimento de 1,1%, após queda de 2,5% em janeiro, puxado pelos setores de veículos e o de outros equipamentos de transportes. Ano Amazonas, destaque para os setores de bebidas e informática.

No campo negativo, Mato Grosso lidera como principal influência negativa sobre o resultado nacional, com queda de 4,4%, após quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 32,8%.

A queda vem do setor de alimentos, o mesmo que nos meses anteriores vinha trazendo crescimento com o fim do embargo da China à importação de carnes brasileiras. “Em fevereiro, vemos apenas uma redução na produção para adequação estratégica entre oferta e demanda”, observa Almeida.

No ano, houve queda em nove dos 15 locais, com destaque para Ceará (-20,1%) e Pará (-14,5%). Na comparação com fevereiro do ano passado, oito dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas. Ceará (-14,7%) teve recuo de dois dígitos e o mais intenso.

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