Inflação medida pelo IGP-10 atinge 1,18% em março

Dois dos três grupos perderam força e encobriram alta dos preços para consumidor; índice acumula alta de 5,02% no ano e de 14,63% em 12 meses

Créditos da foto: (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) encerrou o mês de março em alta de 1,18%, ficando um pouco abaixo do apurado em fevereiro (1,98%), segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com esse resultado, o índice acumula alta de 5,02% no ano e de 14,63% em 12 meses. Em março de 2021, o indicador tinha avançado 2,99% no mês e acumulava elevação de 31,16% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,44% em março, ficando abaixo dos 2,51% vistos no mês anterior. Na análise por processamento, os preços dos Bens Finais subiram de 0,89% em fevereiro para 1,69% em março, por conta do desempenho do subgrupo alimentos in natura, que saltou de 1,17% para 13,58%.

A taxa do grupo Bens Intermediários desacelerou de 1,89% em fevereiro para 1,07% em março, afetada pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 6,51% para 2,96%.

No caso das matérias-primas brutas, o indicador passou de 4,50% em fevereiro para 1,60% em março, afetado pela queda dos itens minério de ferro (8,06% para -2,57%), milho em grão (9,22% para 3,00%) e mandioca/aipim (3,29% para -8,09%). Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens soja em grão (7,32% para 8,75%), suínos (-15,82% para 9,48%) e arroz em casca (-0,23% para 10,74%).

Para os preços ao consumidor (IPC), a variação subiu de 0,39% em fevereiro para 0,47% em março, puxado pelo avanço de três das oito classes que formam o indicador:  Alimentação (de 1,09% para 1,54%),  Habitação (de 0,11% para 0,49%) e Despesas Diversas (de 0,20% para 0,24%).

Segundo a FGV, as principais contribuições partiram dos itens hortaliças e legumes (de 8,19% para 12,71%), tarifa de eletricidade residencial (de -1,44% para -0,20%) e serviços bancários (de 0,09% para 0,20%), respectivamente.

Por outro lado, os grupos que reduziram suas taxas de variação foram Educação, Leitura e Recreação (de 0,50% para -0,02%), Comunicação (de 0,59% para -0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,05% para -0,03%), Transportes (de 0,18% para 0,16%) e Vestuário (de 0,51% para 0,41%).

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos itens cursos formais (de 4,08% para 0,00%), tarifa de telefone residencial (de 2,77% para -1,14%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,45% para -0,16%), etanol (de -2,36% para -6,08%) e calçados (de 0,98% para 0,15%). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,34% em março, abaixo dos 0,61% registrados em fevereiro, por conta da queda de preços dos grupos Materiais e Equipamentos (de 0,75% para 0,27%), Serviços (de 1,66% para 1,08%) e Mão de Obra (de 0,28% para 0,27%).

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Redação

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