O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou nesta quinta-feira (19) a retomada do horário de verão no país. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o governo federal irá avaliar o cenário e deve decidir sobre a prática nos próximos dez dias.
A recomendação é que a prática passe a valer a partir do ano de 2025. Mas, caso a medida for aprovada, poderá ser adotada ainda este ano, mas não necessariamente em todo o verão.
De acordo com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico a prática poderá gerar uma economia estimada em R$ 400 milhões, uma vez que evitaria a necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que têm custo mais elevado
“Temos hoje uma política de planejamento do setor elétrico muito alicerçada na ciência e na busca do equilíbrio entre segurança energética e melhor tarifa para a população. E com base nisso, vamos analisar a situação“, disse Silveira, em coletiva na sede da ONS, no Rio de Janeiro.
O ministro destacou ainda que, apesar da recomendação, o governo ainda está em fase de estudo e que “não há risco de crise energética” este ano, mas é preciso pensar a longo prazo, com o olhar em 2025 e 2026.
“Se fosse um indicativo que apontasse diretamente para risco energético, nós não teríamos nenhuma dúvida na adoção do horário de verão. Obviamente, dando prazo necessário ao planejamento dos diversos setores da economia e da sociedade. Mas eu ainda não me convenci da necessidade da medida. Demonstrou-se que ela tem um grau de economicidade, demonstrou-se que ela aumenta nossa confiabilidade. Mas, considerando a tranquilidade de que não faltará energia no Brasil graças ao planejamento que nós implementamos, eu ainda creio que precisamos avaliar alternativas antes de adotar essa decisão. Porque ele mexe com a vida de todos os brasileiros“, declarou o ministro.
A medida, que consiste em adiantar os relógios em uma hora nos meses do verão, era adotada anualmente em partes do Brasil para diminuir o consumo de energia. Mas, em 2019, o horário de verão foi extinto, durante o governo Bolsonaro, que alegou que a economia de luz era baixa e não justificava a prática.
Com informações da Agência Brasil
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