Preços da indústria nacional perdem força em agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Índice de Preços ao Produtor (IPP) encerrou o mês em 0,61%, abaixo do visto entre junho e julho e do registrado em agosto de 2023

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Os preços da indústria nacional subiram 0,61% entre os meses de julho e agosto de 2024, abaixo da alta de 1,53% registrada entre junho e julho, segundo dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP) calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado mais recente também mostra desaceleração no comparativo com agosto de 2023, quando os preços na porta de fábrica subiram 0,75%.

Desta forma, o índice acumula alta de 6,42% em 12 meses, enquanto o acumulado no ano ficou em 4,76%.

O ano de 2023, base de comparação, teve sequência de queda nos preços de produtos na indústria: naquele ano, a taxa acumulada até o mês de agosto havia sido de -6,47%, configurando uma referência deprimida.

Em 2024, o valor da taxa acumulada até agosto representa a quinta maior registrada para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 2014.

Segundo o IBGE, o índice atingiu seu sétimo mês consecutivo em patamar positivo. Em agosto, o destaque ficou com os aumentos de preços nos setores de alimentos e outros produtos químicos. Pelo lado negativo, a atividade de indústrias extrativas conteve o quadro inflacionário.

Detalhamento

As atividades industriais responsáveis pelas maiores influências no resultado de agosto foram alimentos (0,32 p.p.), indústrias extrativas (-0,25 p.p.), outros produtos químicos (0,19 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,12 p.p.).

Em termos de variação, indústrias extrativas (-5,06%), impressão (2,85%), outros produtos químicos (2,42%) e móveis (2,04%) foram os destaques em agosto.

O setor de alimentos (1,33%) mostrou variação positiva pelo quinto mês seguido. O acumulado no ano está em 3,42%, diferente do que foi observado em agosto de 2023, quando a variação acumulada atingiu -6,14%. Já em relação à variação acumulada em 12 meses, o resultado de 7,10% registrado em agosto de 2024 é o maior desde outubro de 2022 (8,15%).

Pelo lado da atividade de indústrias extrativas (-5,06%%), o indicativo voltou a mostrar um comportamento negativo após dois meses de aumento.

Além de ter exercido a segunda maior influência no resultado do IPP em agosto, foi a variação mais intensa (e única negativa) entre os quatro setores que mais se destacaram nesse quesito.

Neste caso, o indicativo foi afetado pela variação negativa de preços dos dois produtos de maior peso: “óleos brutos de petróleo” e “min. ferro e seus concentrados, exc. pelotizado/sinterizado”.

Já o setor de Outros produtos químicos superou a alta obtida em julho (2,08%), alcançando um crescimento de 2,42% em seus preços médios.

De acordo com a pesquisa, este é o terceiro resultado positivo em sequência, período no qual acumulou um ganho de 8,44%. No ano, o indicador acumula alta de 11,33% e, nos últimos 12 meses, de 12,67%.

O aumento de preços em Outros produtos químicos também foi acompanhado pelos três grupos de divulgação investigados, valendo destacar as altas de 5,35% de “fabricação de resinas e elastômetros”, de 1,48% de “produtos químicos inorgânicos” e de 0,95% de “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários”.

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