Taxa de desemprego fica estável na maior parte do país

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Desocupação caiu em oito Estados no segundo trimestre, de acordo com dados do IBGE; frente ao primeiro trimestre, taxa chegou a 8%

Carteira de trabalho digital. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa de desemprego caiu 0,8 ponto percentual no segundo trimestre ante os primeiros três meses do ano, chegando a 8%. A variação permaneceu estável em grande parte do país durante o segundo trimestre, enquanto oito unidades federativas apresentaram redução, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As unidades federativas com queda mais expressiva no comparativo com o primeiro trimestre foram Distrito Federal, que passou de 12,0% para 8,7%, e o Rio Grande do Norte, de 12,1% para 10,2%. As demais foram São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso.

Frente ao mesmo período do ano passado, houve redução em 17 UFs, sendo que as maiores variações foram vistas em Rondônia, Distrito Federal, Acre, Sergipe e Bahia.

Apesar da queda ante o primeiro trimestre (-0,9 p.p.), o Nordeste (11,3%) segue com o maior percentual de desemprego entre as regiões, e Pernambuco tem o maior índice do país, com 14,2%, seguido por Bahia (13,4%). Os dois ficaram estáveis na comparação com os três meses anteriores.

As menores taxas de desocupação foram registradas em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3,0%) e Santa Catarina (3,5%), enquanto a taxa de desocupação em São Paulo passou de 8,5%, no primeiro trimestre do ano, para 7,8% no segundo.

Nesse período, houve queda de 7,6% no número de pessoas que estão em busca de trabalho, chegando a 2 milhões. Já o número de ocupados ficou estável.

No segundo trimestre, cerca de dois milhões de pessoas estavam procurando por trabalho por dois anos ou mais. Na comparação com o mesmo período do ano passado, esse número caiu 31,7%, o que representa 945 mil pessoas a menos.

Cerca de 4 milhões estavam de mais de um mês a menos de um ano em busca de uma vaga de trabalho. Frente ao segundo trimestre do ano passado, a redução foi de 5,5%, ou de 237 mil pessoas.

Informalidade em alta no Norte e Nordeste

Segundo a pesquisa do IBGE, dezesseis estados registraram taxas de informalidade maiores do que a média nacional (39,2%). Os maiores percentuais vieram do Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%). Por outro lado, as menores taxas foram de Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).

Quanto ao trabalho formalizado, cerca de 73,3% dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. Os menores percentuais estavam no Nordeste (59,1%) e no Norte (58,4%), com destaque para Maranhão (49,3%), Pará (51,5%) e Tocantins (53,5%).

A proporção era muito menor no trabalho doméstico: apenas 25,5% tinham carteira assinada no país. No Sudeste, região com o maior número de trabalhadores domésticos (2,7 milhões), quase 70% deles eram informais.

No segundo trimestre, o percentual de ocupados trabalhando por conta própria foi de 25,5%, com as maiores concentrações localizadas em Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%), enquanto as menores estavam no Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%).

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