UE vai investigar movimentação no mercado de alumínio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Aumento repentino de importações após tarifação de Trump será apurada; tendência é adotar salvaguardas propostas pela OMC

Foto de Kateryna Babaieva via pexels.com

A União Europeia começa a investigar o mercado de alumínio com foco em todos os seus parceiros comerciais, na tentativa de proteger a indústria local por conta do aumento repentino das importações.

Segundo documento obtido pelo jornal Financial Times, a investigação será anunciada pela Comissão Europeia na quarta-feira, e o objetivo é apurar o aumento das importações e reduzir as brechas existentes em seu regime tarifário sobre as importações de aço.

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos estabeleceu tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, e a União Europeia prometeu retaliação com tarifas de até 26 bilhões de euros em tarifas em produtos norte-americanos.

Ao mesmo tempo, a UE perdeu espaço no mercado de alumínio durante a última década, e a produção de aço do bloco em 2023 atingiu o menor patamar desde o início dos registros, com exceção dos anos de pandemia. Tal quadro se agravou com o aumento dos preços de energia, demanda lenta e as importações baratas da Rússia e de mercados como Emirados Árabes Unidos e Índia.

As importações russas estão em queda desde a invasão da Ucrânia em 2022 e, em fevereiro, o bloco europeu decidiu eliminar as compras de alumínio russo de forma integral até 2026, e aumentar as tarifas aplicáveis a apenas uma parcela dessas importações.

A tendência é que a UE use as regras de defesa comercial adotadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para rever as regras para o mercado de alumínio.

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