O mercado varejista brasileiro terminou o segundo trimestre do ano com um crescimento considerado estável (0,00%), mas 1,3% melhor em relação ao contabilizado no mesmo período de 2022, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O segmento também apresentou resultado positivo no acumulado dos últimos 12 meses: 0,9%, chegando assim ao seu nono mês consecutivo no campo positivo.
“O primeiro semestre fecha em alta muito por conta do crescimento concentrado em janeiro, quando foi de 4,1%. Depois de janeiro, os resultados são mais tímidos, com variações mais próximas a 0%”, diz Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.
Dentre os quatro segmentos que fecharam o semestre em alta, destaque para combustíveis e lubrificantes, que acumulou 14,5% de ganho ante o mesmo período de 2022, e alta de 21,1% no acumulado em 12 meses – muito por conta da mudança na política de preços do ano passado.
Outra atividade que influenciou o segmento foi Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que acumula crescimento de 2,6% no ano em junho, com destaque para o resultado de abril (alta de 3,6%). As outras atividades que avançaram foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,2%) e Móveis e eletrodomésticos (1,0%).
Pelo lado das atividades com queda de vendas no semestre, destaque para Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que acumula queda de 13,7%. O setor engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, entre outros, e foi diretamente afetado pela crise contábil que atingiu a Lojas Americanas, uma das maiores do segmento.
As demais atividades que fecharam o semestre em queda são Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,7%); Tecidos, vestuário e calçados (-9,0%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,7%); e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,7%).
Comércio varejista ampliado avança 4% no semestre
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas apresentou alta de 1,2% frente a maio. Na comparação com junho de 2022, o crescimento foi de 8,3%, fechando o primeiro semestre com expansão de 4,0%. O acumulado nos últimos 12 meses é de 1,1%.
Entre as atividades, Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo influenciou no crescimento do semestre e fechou com alta de 8,3%. Veículos e motos, partes e peças também teve alta, de 5,4%, enquanto o setor de de Material de construção recuou 3,6% no acumulado do ano até junho.
Na análise regional, o comércio varejista apresentou resultados positivos em 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Alagoas (2,7%), Acre (2,6%) e Paraíba (2,2%). Entre as quatro UFs que tiveram recuo, as principais foram Minas Gerais (-1,3%), Tocantins (-0,9%) e Pernambuco (-0,9%).
No comércio varejista ampliado, houve alta em 25 das 27 UFs, com destaque para Maranhão (7,6%), Alagoas (6,7%) e Bahia (6,6%). As taxas negativas foram registradas em Tocantins (-1,1%) e Pernambuco (-1,8%),
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