Vendas no varejo perdem força pelo quinto mês consecutivo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As vendas apuradas pelo comércio varejista voltaram a perder força: a queda registrada em junho foi de -0,4% frente ao visto em maio, na série livre de influências sazonais, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esta é a quinta queda consecutiva apurada pelo indicador. Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral aponta recuo pelo sétimo mês consecutivo (-0,6%) e mantém a trajetória descendente iniciada em dezembro de 2014.

O confronto com os números de junho de 2014 (série sem ajuste sazonal) mostram que as vendas caíram pelo terceiro mês consecutivo, mas o resultado apurado em junho (-2,7%) foi menos intenso do que os observados em maio (-4,5%) e abril (-3,3%). Nas demais comparações obtidas através da série original, os índices para o varejo, em termos de volume de vendas, foram negativos tanto para o fechamento do segundo trimestre de 2015 (-3,5%), como para o acumulado dos seis primeiros meses do ano (-2,2%).

A taxa acumulada em 12 meses acentua a trajetória de desaceleração ao registrar recuo de -0,8% em junho, após -0,5% até maio. A receita nominal de vendas, em junho, mantém-se no campo positivo em todas as comparações: 0,8% em relação a maio de 2015 (com ajuste sazonal), 4,6% frente a junho de 2014, 4,2% no acumulado no ano e 5,5% no acumulado nos últimos 12 meses.

De acordo com o levantamento, a passagem de maio para junho (série com ajuste sazonal) registra recuo no volume do comércio varejista (-0,4%) e no comércio varejista ampliado (-0,8%), movimento acompanhado por sete das dez atividades pesquisadas: veículos e motos, partes e peças (-2,8%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,5%); móveis e eletrodomésticos (-1,2%); tecidos, vestuário e calçados (-0,8%), combustíveis e lubrificantes (-0,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%); e livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3%).

O segmento de maior importância na estrutura do comércio varejista, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,0%), permaneceu estável nessa comparação. Com avanço em junho frente a maio, figuram os setores de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,3%) e material de construção (5,5%), esse último segmento interrompe em junho uma sequência de cinco meses em queda, período em que acumulou perda de 9,4% no volume de vendas.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume das vendas varejistas caiu -2,7% em junho, com cinco das oito atividades registrando resultados negativos: móveis e eletrodomésticos (-13,6%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,7%), tecidos, vestuário e calçados (-4,6%) e combustíveis e lubrificantes (-1%). Por outro lado, com influência positiva sobre a taxa global encontram-se artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,2%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,9%).

Livros, jornais, revistas e papelaria, com recuo de -5,9%, praticamente não teve impacto significativo sobre o indicador mensal de junho. De acordo com a pesquisa, junho de 2015 (21 dias) teve um dia útil a mais do junho de 2014 (20 dias), além da baixa base de comparação (junho de 2014) por conta dos feriados informais referentes ao evento da Copa do Mundo.

Das 27 unidades da federação, 22 apresentaram resultados negativos na comparação com junho de 2014. Os destaques em termos de variações negativas do volume de vendas foram Amapá (-10,2%); Paraíba (-9%); Alagoas (-8%); Goiás (-7,7%); e Amazonas (-7,6%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (-2,8%) e Rio de Janeiro (-3,6%).

Ainda por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam 14 estados com variações negativas, na comparação mês/mês anterior, com destaque para: Alagoas (-4,4%); Amapá (-3,7%) e Roraima (-2,7%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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