Vendas no varejo tem discreto crescimento em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Alta de 0,7% interrompe três meses de resultados próximos a zero, segundo IBGE; avanço acumulado no ano atinge 1,5%

Foto de Eduardo Soares na Unsplash

As vendas do comércio varejista brasileiro apresentaram um crescimento considerado discreto no mês de julho: alta de 0,7%, acima do percentual de 0,1% visto em junho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, a média móvel trimestral atingiu 0,1% no período fechado em julho, após recuo de 0,2% contabilizado em junho. O acumulado do ano, ante o mesmo período do ano anterior, registra alta de 1,5%, enquanto a variação nos últimos 12 meses acumula expansão de 1,6%

Na visão de Cristiano Santos, gerente da pesquisa, os dados melhoraram após três meses de resultados próximos de zero – “assemelha-se a março, em termos de patamar, pegando esse cenário de estabilidade, mas ainda não é o caso de um crescimento pronunciável”.

Quatro dos segmentos pesquisados melhoraram suas vendas no mês com destaque para a expansão de 11,7% no segmento de Equipamentos e material para escritório informática e comunicação, afetado pela cotação do dólar e mudanças na política de importação.

A segunda maior alta foi no setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que apresentou expansão de 8,4% na passagem de junho para julho após meses de comportamento negativo por conta da crise contábil de grandes lojas do setor – apesar da baixa base de comparação, a realização de promoções pontuais também ajudaram na melhora.

Outro setor que viu seus dados melhorarem foi Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 0,3% no período – chegando assim a um crescimento de 1,7% no bimestre após a alta apurada em maio.

A outra atividade que fechou julho no campo positivo foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,1%).

Pelo lado das quedas, as atividades de destaque foram Tecidos, vestuário e calçados (-2,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%). Móveis e eletrodomésticos (-0,9%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,1%) fecham as variações negativas de julho.

Veículos derrubam dados do comércio varejista ampliado

A análise do comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, aponta retração de 0,3% frente a junho.

Dessa forma, a média móvel trimestral foi de 0,2% enquanto o acumulado no ano é de 4,3%. Nos últimos 12 meses, o varejo ampliado tem alta acumulada de 2,3%. Na comparação interanual, o setor cresceu 6,6% em julho de 2023 frente a julho de 2022.

Segundo o IBGE, a queda nas atividades de Veículos e motos, partes e peças (-6,2%) influenciou o resultado do comércio varejista ampliado, já que a política de mudança fiscal que reduziu os preços de alguns automóveis ficou mais concentrada em junho. Outra atividade que compõe o comércio ampliado, Material de construção variou positivamente em 0,3%.

Na análise regional, o comércio varejista apresentou resultados positivos em 14 das 27 Unidades da Federação (UFs), com destaque para: Espírito Santo (3,3%), Paraíba (2,4%) e Rio Grande do Sul (2,1%).

Entre as 11 UFs que tiveram retração, destaque para Acre (-2,1%), Alagoas (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-1,3%). Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte apresentaram estabilidade (0,0%).

No comércio varejista ampliado, houve quedas em 17 das 27 UF, com destaque para: Pará (-6,7%), Tocantins (-4,8%) e Rondônia (-4,5%). Entre as altas, chama a atenção o resultado da Paraíba (4,9%), do Espírito Santo (4,0%) e do Rio Grande do Sul (3,9%).

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