Deputado defensor da Escola Sem Partido entrega panfleto político nas escolas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

Jornal GGN – O deputado estadual Marcel Van Hattem (PP), do Rio Grande do Sul, resolveu distribuir folhetos políticos referentes ao seu mandato em uma escola de Três Cachoeiras. O ato foi questioinado em reportagem do Estadão por falta de coerência. Afinal, o parlamentar é um ferrenho defensor do projeto Escola Sem Partido.

Os entusiastas desse projeto argumentam que os professores não têm direito de debater política ou assuntos que denotem linha ideológica em sala de aula, pois isso “doutrina” os alunos. Eles afirmam que a escola tem que ser “isenta” e não permitir a entrada de discussões político-partidárias, com previsão de sanções para os profissionais que desobederem a norma.

Segundo post na página do Facebook do deputado Marcel, ele “visitou a escola durante o recesso parlamentar e conversou com diretoria e professores” sobre o seu mantado e o projeto Escola Sem Partido. “Alguns consideraram seu ato contraditório”, apontou o jornal.

O deputado negou que ter distribuído panfletos na escola tenha sido uma espécie de manifestação política, contrariando os princípios do Escola Sem Partido. “Trata-se de prestação de contas do mandato. Material institucional”, disse.

No plano federal, o projeto Escola Sem Partido é de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), e está tramitando na Comissão de Educação do Senado, com relatoria de Cristovam Buarque (PPS-DF). 

7 Comentários

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  1. Ele é professor da

    Ele é professor da escola?

    “Os entusiastas desse projeto argumentam que os professores não têm direito de debater política ou assuntos que detonem linha ideológica em sala de aula, pois isso “doutrina” os alunos. Eles afirmam que a escola tem que ser “isenta” e não permitir a entrada de discussões político-partidárias, com previsão de sanções para os profissionais que desobederem a norma.”

    Não é isso que o projeto propôe, isso é o que a esquerda fala.

    1. Fala isso sim, mas com outras

      Fala isso sim, mas com outras palavras. Fala que o debate não pode ser polêmico, que o professor deve ser imparcial e adotar  a leitura dos entendimentos tidos como majoritários pela sociedade brasileira. Em outras palavras, a verdade será apenas a verdade do que está dado, de uma ideologia dominante. Na mais medieval. Lembrando que foram os acadêmicos, na primeiras universaidades, que tiraram o mundo do tempo das trevas. Tempo esse que um bando de corrupto escondido em bíblias quer de novo.

       

       

    2. Então diga aí o que projeto propõe.

      Porque, escola sem partido, é escola sem política.

      Se um político está na escola, falando sobre suas propostas, distribuindo suas “prestações de contas”, e sendo entusiasta do programa “Escola Sem Partido”; a escola já deixou de ser “sem partido”…

  2. Noviligua
    É a nova linguagem – novilingua? – dos golpistas tipo; Corruptos, mas íntegros.Não entendeu? Ótimo, é pra não entender mesmo. 

  3. Haja analfabetismo…

    ““Trata-se de prestação de contas do mandato. Material institucional””:

    DENTRO de uma escola, “prestacao de contas” se refere a contas de mercearia, papel, giz, livros, etc.

    SOMENTE isso.

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