Primeira escola de programação para jovens já prevê expansão nacional

Jornal GGN – A primeira escola do Brasil dedicada ao ensino de desenvolvimento de softwares com ênfase em jogos para crianças e adolescentes já tem meta de expansão nacional para o ano que vem. O sistema de franquias da SuperGeeks, empresa que ainda não tem um mês de inauguração da primeira turma de estudantes, deve chegar a pelo menos quatro grandes capitais brasileiras: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.

Mas foram as dificuldades enfrentadas em outro projeto, muito antes do sucesso do empreendimento atual, que abriu as portas para uma nova oportunidade. O proprietário e professor da escola SuperGeeks, Marco Giroto, passou seis meses no Vale do Silício, na Califórnia, ao lado da esposa, Vanessa Ban. No berço das grande empresas, eles tinham em mente uma ideia voltada ao mercado de ebooks. O projeto, contudo, não vingou, e em três meses eles fecharam a startup.
Foi nessa época que grandes nomes da tecnologia, como Bill Gates, da Microsoft, e Mark Zuckerberg, do Facebook, junto com o músico e empresário will.i.am (do grupo The Black Eyed Peas), lançaram um projeto conhecido como “Code.org” – em que eles explicam a defendem a necessidade de ensinar aos jovens linguagens de programação com a finalidade de desenvolver softwares, aplicativos e gadgets.

Surgiu, então, a ideia de trazer ao Brasil o projeto de ensino de ferramentas de desenvolvimento a crianças e adolescentes. Marco Giroto aproveitou que estava em solo norte-americano e percorreu escolas do tipo, que já existiam nos EUA. Ao lado da esposa, conheceram a metodologia, as técnicas e estruturas das escolas. Participaram como voluntários para compreender ao máximo como funcionava a ideia na prática.

De volta ao país, especificamente a São Paulo, levaram ainda um ano formatando o modelo de negócios até finalmente abrir a primeira turma. Precisaram de cerca de três meses para conseguir reunir os primeiros 50 alunos. Hoje, com menos de um mês de atividades, são 60 alunos em dois formatos de turmas por idade – Kids, de 8 a 13 anos, e Teens, de 13 a 16. E já há uma lista de espera de 40 alunos, que aguardam por novas turmas.

E não se trata de um curso de férias, mas de um currículo com aspirações profissionais: são quatro anos de formação, de acordo com Marco Giroto, com módulos semestrais que compõe 16 aulas de JavaScritp, Python e Ruby. “A ideia é fomentar o ensino do desenvolvimento de software no Brasil, principalmente pelos mais jovens”, explica, lembrando que o país está na quarta posição mundial do mercado consumidor de jogos e aplicativos, mas muito mal classificado em desenvolvimento.

Ele diz que espera que a escola, em São Paulo e em outras partes do país, a ajude a melhorar o ensino da área – que é atrasada até mesmo nas graduações de Ciência da Computação das Universidades. “Os alunos vão sair do nosso curso sabendo até mais do que é ensinado nas universidades”, afirma, apontando para o protótipo de um Oculus Rift de realidade virtual, recentemente adquirido pelo Facebook. “No segundo módulo, os alunos vão começar a criar ferramentas para o Rift”, diz.

O professor explica que entre as propostas do curso com ênfase no desenvolvimento de jogos está o incentivo à própria educação. “Nos estimulamos que os alunos desenvolvam jogos educativos. Eles podem usar as coisas que aprendem na escola tradicional e criar soluções de aprendizado. A proposta é ‘gameficar’ o próprio ensino”, diz Giroto, que promete também uma segunda unidade em São Paulo.

Redação

3 Comentários

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  1. Primeira escola de programação p/ jovens…

    Li e achei muito interessante a matéria. Tenho um filho que fará 12 anos no fim deste mês e, embora saiba que existe uma fila de espera, gostaria de saber mais detalhes sobre o curso, tais como, quantas aulas por semana, horário, valor da mensalidade, etc..

    Sem mais, desde já agradeço

  2. Aptidão

    Eu sou programador, apaixonado pelo que faço, não tenho filhos, mas acho que crianças de 8 a 15 anos (mais ou menos) além de estarem jogando bola, fazendo aulas de judô, dança, natação, etc, devem fazer cursos menos focados, ou seja, acho muito sedo para forçar uma aptidão na criança. Para fazer algo mais próximo de “profissionalizante”, prefiro incentivar uma aula de línguas pra citar um exemplo mais genérico.

     

    1. Raul, exatamente, aula de

      Raul, exatamente, aula de línguas é uma ótima pedida, principalmente da Língua Portuguesa que no seu caso, deve ter faltado as aulas. Escrever “cedo” com S, é o fim da picada. E programador escrevendo errado é pior ainda.

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