A aposta de Marina na velha política

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Jornal GGN – Na coluna de Mônica Bergamo desta terça-feira a notícia esperada de que Marina Silva, do PSB, autorizou o nome de Geraldo Alckmin em panfletos de campanha que levam seu nome e o partido. Os ‘santinhos’ serão distribuídos pelo PSB, em São Paulo, neste fim de primeiro turno, endossado por ela como candidato do partido ao governo de São Paulo.

Mônica Bergamo diz, em sua coluna na Folha, que o primeiro lote de material não trazia o nome de Alckmin e foi rejeitado por Márcio França, do PSB. França é a principal liderança do PSB no Estado e coordenador do comitê financeiro da campanha à Presidência, com Marina. É também o candidato a vice na chapa de Alckmin.

Após a reclamação de França, diz a coluna, os santinhos foram refeitos.

Segundo apurou Bergamo, Marina tem sido pressionada por coordenadores de sua campanha a se aproximar de Alckmin. Eles não querem atrito com o tucano, que tem grande popularidade em São Paulo, fazendo com que percas pontos no Estado. Como Marina andou perdendo pontos nas pesquisas de intenção de votos, em São Paulo, e mantém um viés de baixa, resolveram abraçar a velha política, contrapondo o mote de campanha em fazer ‘nova política’.

Em São Bernardo, na última sexta-feira, placas com o nome de Marina e Alckmin foram retirados das ruas antes do comício da candidata. Depois disso ela foi a Campinas, onde fez declarações mais amenas sobre o governador tucano, se comparadas às anteriores quando tentou vetar a aliança do PSB com PSDB.

Na coluna de Mônica Bergamo outra referência à campanha de Marina, de que mudou a sua agenda para reforçar a campanha no sul do país, colocando no roteiro visitas ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Não tem por que a Dilma estar bem no sul e a gente não”, disse Walter Feldman, coordenador da campanha, à coluna.

Ainda no tópico informações de que a candidata perdeu força na região segundo pesquisas do Datafolha, caindo de 32% para 28%. Na outra ponta, Dilma trilhou o oposto, indo de 32% para 35%.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

23 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Atente-se para o fato de que

    Atente-se para o fato de que esses medidores (dizem que institutos) estão levemente ajustando os dados para que reflitam a realidade e não deixar tudo para as ultimas pesquisas e/ou serem desmascarados pelos dados das urnas.

  2. O PT vai passar mais mil anos

    O PT vai passar mais mil anos no Poder em razão da verdadeira miséria que se apresenta para substituí-lo. Só embusteiro(as)  e aventureiro(a)s.

    Em menos de dois meses de exposição Marina já foi desmascarada. Ela e seus ideólogos políticos. São uns farsantes com um discurso furado à tira-colo para enganar os incautos. Achavam que só um maçudo programa de governo(para inglês ver) e uma retórica rolandista(*) empalmariam a faixa presidencial.

    (*) Baseada no grande pensador e tribuno Rolando Lero.

    “Nova política”? Hum, vai dizendo.

  3. Marina com FHC? O PT resgata a esquerda.

    Marina com FHC, com Serra, com Aécio, tanto faz, estes são aqueles que desistiram do povo brasileira, da luta contra o regeme militar, das diretas já e agora estão se abdicando da democracia.  Novamente o PT se torna o maior partido de esquerda do Brasil e isto vai ser bom para o povo brasileiro.  Marina tomou um rumo sem volta, perdeu o rumo de casa, Aécio em nível nacional mostra o seu lado crápula, mentiroso, arrogante, falso, de meninão mimado neto de dois dinossauros da nossa velha política, Tancredo e Tristão (parece até nome de dupla caipira dos velhos tempos).  Com Aécio e Marina, nossa nova política vai de mal a pior.  Resta ao PT alavancar de fato a nova política, entregando a administração do governo a Dilma, que mostrou que sabe administrar e comandar.  E  seus senadores e deputados (toda base de sustentabilidade), empreender umja grande luta pelo fortalecimento das leis, das instituições e dos partidos políticos, dando aos orgãos de controle e investigão amplosd poderes e apoiando o trabalho do Poder Judiciário.  Acho que chegou o momento do eleitor votar bem para depois cobrar com total legitimidade.

  4. Walter Feldman é o

    Walter Feldman é o coordenador da campanha?

    Não era a Erundina?

    Pelo visto, a núcleo original do PSB vai sendo escanteado, sem contar os saídos nas primeira horas, por incompatibilidade.

    A ida da Marina para o PSB, negociada com Eduardo Campos pelo Beto Albuquerque (agora vice da candidata),  tem sido demolidora para a sigla. Estranhamente, tem gente feliz da vida com isso. Mistério.

    Será que algum dia vamos entender tudo isso?

     

     

     

    1. Vejo a Erundina como uma

      Vejo a Erundina como uma política digna, bem ao contrário da traíra, acho assim que a Erundina está escanteando a blablarina, por que lhe resta, a Erundina, um tanto de respeito a si própria. Talvez a mirdia e o pig não queiram mostrar as entranhas (neste momento bem sujas) do PSB!

    2. Governabilidade, pragmatismo, caradurismo em 2 versões

      Gostaria de ver a Erundina abraçada com Alckmin, sorrindo, igual Lula e Haddad com Maluf…

      A verdade é essa: para ganhar eleição, ninguém é santo, e não há nada de novo.

      Espero que ninguém do PT venha me falar de aliança programática com os Malufs, Sarneys e Barbalhos da vida.

      1. Não me referi a essas

        Não me referi a essas alianças, comuns nas eleições. Mas ao desmonte do PSB, pelo menos do núcleo da campanha Eduardo/Marina. Parece que os “forasteiros” agora estão no comando, excluindo até a atual direção do partido.

  5. Realmente, tem que ter coragem

    Me solidarizarei com Marina. Para aceitar sua foto ao lado de Alckmin,e fazer parte, com ele, de uma campanha por “mudanças” no Brasil, tem que ter muita coragem e um belo estoque de Óleo de Peroba.

  6. O PT pede voto para Roseana

    O PT pede voto para Roseana Sarney atraves do Lula no palco de comicio dela.

    Dando inclusive um chapeu nos petistas locais. .

    Tem o PMDB como aliado e gente do nivel de Cabral, Collor, Sarney, Renan Calheiros &  Cia

    E ta falando mal de alinhamento com a velha politica? rs 

    1. Capisce?

      O que se quer saber é: cadê o novo? Não tem, é o velho, o mais do mesmo ainda menos, porque depois de prometer o novo, entregará o mais velho ainda. Nesse contexto, os praticantes da “velha política”, que é a política de sempre, não podem ser colocados para escanteio por quem promete ser diferente mais faz igual, capisce?

  7. PARADOXOS

    Talvez muitos tenham imaginado que seria uma missão quase impossível, mas os fatos mostram que foi brincadeira de criança desconstruir a imagem de Marina. 

    VOTEM EM DILMA(O bRASIL É UM ABACAXI?)

    HÉLIO SCHWARTSMAN – FOLHA

    ……………………………………………………………………………………………………………

    Mesmo descartando os cenários mais catastrofistas, o mar não estará para peixe no próximo par de anos. É razoável imaginar que viveremos tempos de crescimento baixo, inflação chatinha, um aumento do desemprego (não necessariamente para níveis dramáticos) e pouco dinheiro nos cofres do governo para ampliar programas sociais. Será provavelmente difícil manter o eleitorado de bom humor.

    …………………………………………………………………………………………………………………

    “A questão é que essa situação só ficará escancarada a partir do ano que vem, quando ou Dilma terá conquistado mais um mandato, ou algum candidato oposicionista terá triunfado. Na primeira hipótese, a responsabilidade pela crise seria creditada ao PT, que presumivelmente levaria um longo gelo eleitoral, mas, na segunda, o partido poderia alegar que tudo ia bem até a oposição assumir e assim preparar seu discurso para voltar, com chances, em 2018.

    O paradoxo é que o eleitor mais visceralmente anti-PT deveria agora estar torcendo pela vitória de Dilma.”

  8. Mudou … de novo? (mudança # 1347)

    A candidata Mudalina não entendeu o slogan “Muda Mais” e saiu em ferrenha e equivocada disputa!

    Agora com o rei do ApagUão!

  9. Podemos confiar numa

    Podemos confiar numa candidata, que mais uma vez volta atrás. A Marininha afirmou que ia apoiar o Alckimin (aquele governador que transferiru do nordeste a seca para São Paulo) e resolveu colocar o Alckimin na sua propaganda. Dá para confiar no vai e volta da fadinha da floresta?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador