A democracia imperfeita dos EUA

Jornal GGN – O historiador de Harvard, Alexander Keyssar, está lançando no Brasil seu livro O direito de voto: a controversa história da democracia nos Estados Unidos.

De acordo com ele, o país possui várias barreiras para impedir o direito de voto. As eleições nos EUA são realizadas durante a semana, em dias de trabalho, o que prejudica o comparecimento dos eleitores, principalmente os mais pobres, aos locais de votação. “De uma maneira ou de outra, são colocados obstáculos no caminho que leva as pessoas ao voto”, resumiu.

No evento de lançamento do livro no Brasil, ele comentou o resultado das eleições legislativas em seu país. “A participação foi extremamente baixa: 36% dos eleitores votaram e os republicanos receberam 52% dos votos. Fazendo a conta, 52% de 36% significam que a maioria republicana foi obtida com apenas 18,5% dos eleitores. Foi um voto predominantemente protestante e masculino”.

Livro sobre sistema eleitoral norte-americano é lançado no Brasil

Por José Tadeu Arantes

Da Agência FAPESP

Escrita pelo historiador Alexander Keyssar, da Harvard University, publicação premiada ganha edição em português (divulgação)

Com uma palestra intitulada “O direito de voto e a recente (e próxima) eleição nos Estados Unidos”, o historiador Alexander Keyssar, professor titular de História e Política Social da Harvard University, lançou em São Paulo o seu livro O direito de voto: a controversa história da democracia nos Estados Unidos.

Em 2001, ano seguinte ao lançamento na América do Norte, a obra – cujo título em inglês é The right to vote: the contested history of democracy in the United States – recebeu prêmios da American Historical Association e da Historical Society, dos Estados Unidos, além de figurar entre as finalistas para o Pulitzer Prize e o Los Angeles Times Book Award. A edição brasileira se baseia no texto revisado de 2009.

No Brasil a convite do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu) – financiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) –, Keyssar iniciou a sua palestra comentando o resultado das eleições legislativas norte-americanas ocorridas no início de novembro, que deram aos republicanos o controle do Senado e aumentaram sua maioria na Câmara.

“A participação foi extremamente baixa: 36% dos eleitores votaram e os republicanos receberam 52% dos votos. Fazendo a conta, 52% de 36% significam que a maioria republicana foi obtida com apenas 18,5% dos eleitores. Foi um voto predominantemente protestante e masculino”, disse.

Segundo o historiador, além do baixo comparecimento às urnas, um aspecto notável dessa campanha foi o montante de dinheiro investido. “Houve um aporte sem precedentes. Dinheiro não das campanhas oficiais, não dos partidos, não dos candidatos, mas de outras organizações, muitas vezes secretas. Dinheiro de corporações. Especialmente em alguns estados ocorreram verdadeiras inundações desse tipo de dinheiro. E não foi uma eleição presidencial. Enormes quantidades de dinheiro foram investidas na compra de horários na televisão”, afirmou. Aqui, é preciso lembrar que não existe horário eleitoral gratuito nos Estados Unidos.

Outro fator evidenciado, segundo ele, foi o conflito legal e político sobre quem podia e quem não podia votar. Em muitos estados, até 10 dias ou uma semana antes das eleições, não estava claro que leis regeriam o direito de voto.

“Havia a lei exigindo que os eleitores mostrassem uma identificação com fotografia. No Texas, por exemplo, onde a exigência de identificação fotográfica é muito estrita, carteiras de estudantes universitários com fotografias não foram aceitas como documentação de identificação, mas licenças para dirigir veículos sim. Então houve casos de pessoas que não puderam votar porque haviam ficado incapacitadas de guiar e, por isso, não tinham renovado suas carteiras de motorista”, exemplificou Keyssar. Diferentemente do que ocorre no Brasil, não existem, nos Estados Unidos, documentos como a carteira de identidade e o título de eleitor.

O historiador enfatizou que os empecilhos observados nas últimas eleições norte-americanas não constituem exemplos pontuais. Conforme argumentou, o país possui várias barreiras para impedir o direito de voto.

Enquanto as eleições brasileiras são realizadas em geral aos domingos, as norte-americanas ocorrem durante a semana, em dias de trabalho normal, o que prejudica o comparecimento dos eleitores aos locais de votação. Em alguns estados, o fato de a pessoa ter cometido algum crime faz com que ela perca o direito de voto para o resto da vida, mesmo depois de ter cumprido sua pena e ter sido reintegrada à sociedade. “De uma maneira ou de outra, são colocados obstáculos no caminho que leva as pessoas ao voto”, resumiu.

“A justificativa oficial para alguns desses obstáculos é que eles se destinam a impedir fraudes. Mas o que realmente fazem é impedir que certos segmentos da sociedade votem. São segmentos basicamente constituídos por pessoas pobres – em especial os idosos e os jovens pobres. Pessoas que não têm carteiras de motorista nem passaporte”, disse.

De acordo com a análise do professor, há apenas um tipo de fraude que a apresentação da identidade poderia prevenir, que é a pessoa tentar se passar por outra – aquilo que, em inglês, é chamado de impersonation fraud (‘fraude de representação’).

Mas, segundo ele, esse é um crime praticamente inexistente nos Estados Unidos. “No estado de Indiana, que aplica estritamente essa lei, não foi constatado um único caso como esse em 50 anos”, ironizou.

A crise da eleição presidencial de 2000

Keyssar apontou como uma das causas dessa obstrução do voto em épocas recentes o ensinamento proporcionado pela eleição presidencial de 2000. Naquela ocasião, embora o candidato democrata Al Gore tenha obtido a maioria dos votos populares, com uma margem de mais de 500 mil votos sobre o republicano George W. Bush, foi este que conquistou a Presidência, graças à sua controversa vitória no estado da Flórida.

Com os 25 votos da Flórida, Bush suplantou Gore no Colégio Eleitoral. E o resultado, que repercutiu fortemente no mundo durante oito anos seguidos, foi conseguido com apenas cerca de 500 votos a mais na Flórida.

“Isso trouxe para os políticos profissionais e para os líderes partidários o entendimento de que cada voto de fato conta. E não apenas cada voto que o seu candidato recebe, mas, igualmente, cada voto que o adversário deixa de receber. Daí o interesse em obstruir os potenciais eleitores do adversário. Após 2010, os republicanos assumiram o controle de vários governos estaduais e utilizaram essa posição para mudar as leis de acordo com suas conveniências”, afirmou Keyssar.

A eleição presidencial de 2000 representou a mais grave crise do sistema eleitoral norte-americano, de acordo com o historiador. Além da contradição entre o voto popular (baseado no princípio “uma pessoa, um voto”) e a composição do Colégio Eleitoral (que favorece as áreas culturalmente mais atrasadas do país), houve várias acusações de fraude na Flórida, então governada pelo irmão de George W. Bush, John Ellis Bush, mais conhecido como “Jeb”, provável candidato republicano às eleições presidenciais de 2016.

A secretária de estado da Flórida, Katherine Harris, responsável pela administração das eleições em âmbito estadual, era também copresidente da campanha de Bush.

Segundo Keyssar, as fraudes teriam ocorrido tanto no processo de votação quanto na contagem dos votos, com indícios de discriminação racial e exclusão de comunidades pobres e de minorias. O tema é analisado no nono capítulo do livro.

Após prolongado embate judicial entre os dois concorrentes, a controvérsia foi encerrada com a decisão da Suprema Corte, ordenando a suspensão da recontagem dos votos da Flórida, com base no artigo 2, inciso 1, da Constituição norte-americana, que diz: “Cada estado nomeará, do modo que seu legislativo disponha, certo número de eleitores”.

Isso significava que, mesmo que Gore tivesse recebido a maioria dos votos populares na Flórida, isso não lhe asseguraria os 25 representantes do estado, pois a decisão final caberia ao Legislativo estadual (então, majoritariamente republicano).

De acordo com cinco juízes da Suprema Corte, o texto da Constituição indicava claramente que “o cidadão individual não tem o direito constitucional federal de votar em eleitores para o presidente dos Estados Unidos, a menos que e até que o Legislativo do estado escolha uma eleição em âmbito estadual como meio de executar seu poder de nomear os membros do Colégio Eleitoral”.

“Muitos norte-americanos se surpreendem quando eu digo isto, mas o fato é que o direito de voto não está assegurado pela Constituição dos Estados Unidos”, comentou Keyssar.

Há vários motivos para tanto, explicou o historiador. Um foi que não estava claro, na época da redação da Constituição, se o voto era realmente um direito ou um privilégio. Outro, que a decisão sobre quem poderia votar ou não foi deixada para os estados. Assim, em vez da criação de um sistema nacional, adotou-se um quadro completamente descentralizado acerca dos direitos eleitorais.

Expansões e contrações da democracia

O contraditório encadeamento de causas e efeitos que conecta esse ato fundador à contemporaneidade é o fio condutor do livro de Keyssar. No decurso da história norte-americana, houve momentos de expansão real da democracia, como a inclusão da 15ª emenda à Constituição, que, em 1869, após a devastação causada pela Guerra Civil, estendeu o voto à população negra, estabelecendo que o direito dos cidadãos dos Estados Unidos ao voto não seria “negado ou reduzido pelos Estados Unidos ou por qualquer estado por motivo de raça, cor ou condição prévia de servidão”.

E momentos de contração democrática, como o ocorrido nos estados do Sul entre 1890 e 1905, quando, sem violar abertamente a 15ª emenda, uma série de modificações nas leis eleitorais foram feitas de modo a excluir os afro-americanos: instituição de taxas eleitorais a serem pagas; imposição de um teste de alfabetização exigindo dos potenciais eleitores a demonstração de que poderiam compreender e interpretar a Constituição; requisitos de residência por longo tempo na área da circunscrição eleitoral; cassação de direitos eleitorais para homens condenados por delitos menores como vadiagem e bigamia.

Uma forma ardilosa de impedir o voto dos negros foi criar as chamadas “Primárias Brancas” (“White Primaries”). Para votar nas eleições primárias para candidatos do Partido Democrata (que era, então, a força política mais conservadora e dominante no Sul), a pessoa devia ser branca e não imigrante. O argumento utilizado pelos racistas era de que, por se tratar de eleições primárias, a 15ª Emenda não se aplicava.

“O que é menos conhecido”, disse Keyssar, “foi que no Norte houve um movimento similar contra trabalhadores, imigrantes e pessoas pobres em geral”.

O historiador procurou evidenciar os mecanismos econômicos, sociais, políticos e culturais subjacentes a esse vaivém dos direitos. Como, por exemplo, o crescimento da classe trabalhadora e a chegada maciça de 25 milhões de imigrantes no período compreendido entre o fim da Guerra Civil e a Primeira Guerra Mundial.

Esses imigrantes, escreveu no livro, eram “homens e mulheres que não falavam inglês, cujas culturas eram estrangeiras, a maioria dos quais era católicos ou judeus”. E acrescentou: “Aos olhos de muitos norte-americanos da velha cepa, essa massa de trabalhadores imigrantes constituía um acréscimo indesejável ao eleitorado”.

Segundo projeção feita pelo Census Bureau, a agência responsável pelas estatísticas populacionais nos Estados Unidos, a atual minoria, constituída por cidadãos de origem negra, hispânica, asiática etc., será maioria por volta do ano de 2042. Resta saber como um sistema eleitoral historicamente moldado pelos interesses da elite branca será impactado por essa nova realidade.

O direito de voto: a controversa história da democracia nos Estados Unidos

Autor: Alexander Keyssar

Editora: Editora Unesp

Ano: 2014

Páginas: 618

Preço: R$ 89,00

Mais informações: www.editoraunesp.com.br/catalogo/9788539305735,direito-de-voto-o

 

Redação

38 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Ou seja, “tudo do bom e do
    Ou seja, “tudo do bom e do melhor”. A melhor democracia que o dinheiro pode pagar, hehe.
    Mas… o verdadeiro mote do livro ficou escondido. O que tem de novo nele? Ou é um manual de “antiamericanismo”, como diria o professor hariovaldo?

  2. Sólo a título de cooperação

    Sólo a título de cooperação gostaria de informar que é falsa a afiramação de que não existe carteira de identidade nos EUA.  Existe sim e se chama ID, sou residente aqui a mais de 20 anos e todos os meus filhos possuíramos Ids até que pudessem tirar suas drivers licenças ( carteira de motorista). Qualquer residente legal nos Estados Unidos podem tirar sua carteira de identidade (ID) a um custo de u$17.00 e em menos de treis horas sairá com ele.

    1. Não é bem assim…

      Carteira de Identidade não é mesma coisa que Número do Seguro Social, o que você e seus filhos tem é o Social Security Number (ou Social ID card), que foi criado para controle dos beneficios sociais, mas com o passar do tempo passou a ser necessário para outras atividades, tipo tirar a carteira de motorista, ter cartão de crédito e/ou conta em banco, etc… Tecnicamente falando não é uma carteira de identidade, além do mais existem tipos de Social ID card.

      Aqui, e em outros outros países também, a Carteira de Identidade tem uma digital, assinatura, data de nascimento, CPF, nome do pai, da mãe, data de emissão, e por aí vai.

      Veja se no seu Social ID card consta todos os seus dados, não!, não consta!, apenas seus nome e um numero, o que permite uma grande quantidade fraudes.

       

      Mais sobre o Social Security Number, ver site abaixo:

      http://www.ssa.gov/ssnumber/

       

      Tipos de Social Security ID Card:

      http://www.ssa.gov/ssnumber/cards.htm

  3. Funciona assim há 238 anos, a

    Funciona assim há 238 anos, a inglesa é mais imperfeita ainda, funciona há 1.000 anos.

    A imperfeição depende de quem vê. Se facilitar demais os votos das minorias, o Pais vira um arrail de chulezentos,

    a elite perde o controle do Pais, só serão eleitos os fim-da-linha, raspa do tacho, miolos moles, encostados.

    Melhor deixar como está, ninguem está reclamando.

    1. Como mão de obra para o que

      Como mão de obra para o que os bacanas consideram vergonha exercer como profissão, serve, não é mesmo? Haja filó!!!

    2. Ninguém está reclamando

      Ninguém está reclamando ?!?!?  KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK…. As altas taxas de abstenção significam o quê, meu camarada !?!? Que estão todos felizes e sentindo representados ?!? ACORDA PARA A VIDA, Ô, COLONIZADO !!

       

      “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBVO DE SONEGAÇÃO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂAO & GOLPES é um braZil-Zil-ZiL para TOLOS”

       

       

      1. Se o cidadão não quer votar

        Se o cidadão não quer votar pode ser por N motivos, não quer dizer que é contra a democracia, contra eleições,

        pode ser apenas uma opção para fazer outra coisa, ir para a praia, viajar com a namorada, etc.

        Em nenhum Pais do mundo há ELEIÇÕES PRIMARIAS, dentro dos partidos, para escolher o candidato daquele partido, tão

        intensas, duras e ricas em debates. Nas ultimas do Partido Republicano havia SEIS pre-candidatos, os debates foram intensos, violentos e duros, assiti dois desses debates no local e a coisa é de impressionar.

        Voce viu no Brasil uma VOTAÇÃO para escolher o candidato dentro do Partido? A campanha das primarias leva SEIS MESES em dabates internos, que coisa chata para uma democracia.

    1. Concordo…

      Cada vez que leio sobre a democracia dos outros países e, principalmente, sobre a democracia norteamericana mais tenho certeza que o Brasil é o país que realmente respeita o desejo do eleitor.

       

    1. A nossa é otima, vc vota em

      A nossa é otima, vc vota em um deputado e elege outro, 18 Senadores são suplentes de quem nunca se ouviu falar, 

      o Tiririca leva com ele mais 5 desconhecidos, em São Paulo para Federal precisa no minimo 150 mil votos, em Roraima com 3.000 vai para o mesmo lugar, é tudo joia, o melhor sistema do planeta.

  4. Pode-se considerar democracia…

    …um país que outorga ao presidente o poder de mandar executar os seus próprios cidadãos sem a devida condenação judicial?

    A democracia americana é um mito!

  5. E os AMERICANOS TUCANALHAS

    E os AMERICANOS TUCANALHAS VAGABUNDOS e sua democracia FAKE, fazem guerra no mundo inteiro posando de defensores das liberdades democráticas e dos direitos humanos. E há quem diga que o BRASIL é o país da piada pronta… É o fim dos tempos !!!!

    “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

  6. Motta-Araujo não gostará

    Motta-Araujo não gostará deste post “castrista-chavista”, hahahahaha.

    Como pode? Como ousam dizer que os EUA não são a maior democracia planetária, rsrsrs.

    1. De fato há sistemas

      De fato há sistemas eleitorais MUITO MAIS PERFEITOS, cito como exemplo o de Cuba, da Venezuela, do Equador, que tem agora REELEIÇÃO ILIMITADA, válida apenas para Rafael Correia, tem o magnifico sistema eleitoral da CHINA, pode votar em quem quiser mas se for contra o PCC leva uma bala na nuca, o da Russia é um sistema excelente, o candidato é sempre Putin mas as urnas são otimas, realmente tudo que tem de ruim no mundo está nos EUA, até eleições.

      1. Ou da Coreia do Norte onde

        Ou da Coreia do Norte onde tambem há eleiçoes, como no Irã tambem.

        Na coreia do norte o voto em sí é secreto, o problema é que eles tem uma cabine para o voto a favor do governo e uma para o voto contra o governo…

        Devido a isso o governo norte coreano costuma obter uma média que varia entre 110 a 150 % dos votos validos.

        Ja foi maior algo como 180/190% atribui-se a queda a insatisfaçao popular devido as dificuldades ” pontuais ” para obter bens superfluos como comida….

      2. Motta-Araujo ou André Araujo

        Motta-Araujo ou André Araujo se doeu tanto que entrou até como André, hahahaha.

        Só tem um problema no seu comentário: quem falou eum Cuba e cia? Pra vc defender os EUA (vc é americanófilo) vc precisa citar Cuba e afins? Não só vc como o Leonidas liberal que veio com Irã e Coreia do Norte.

        Os comentários de vcs são tão toscos que deduziram que quem critica os EUA tem como parâmetro automaticamente Cuba, Irã e cia, hahahahahaha.

        Mas ri daquela parada abaixo da “democracia de 1000 anos da Inglaterra”, nem os ingleses devem saber disso, rsrs, vai ver o absolutismo tirânico lá foi o ápice da democracia, tanto que Espanha e Portugal, que não eram nenhuma candura democrática tomaram praticamente o continente americano inteiro enquanto os “democratas ingleses” se matavam com os irlandeses e em conflitos internos.

        Com uma direita dessas o país só pode estar mal mesmo, não há como o Brasil se desenvolver com uma direita tosca dessas, e sou de esquerda, não deveria nem fazer essa crítica pois não tenho obrigação de melhorar a direita mas penso que isso já é algo suprapartidário pois uma direita bizarra dessas acaba nivelando tudo por baixo, até a esquerda.

        P.S. pra teu desgosto eu gosto bastante da cultura britânica, todo mundo que é fã de rock inglês acaba adquirindo algo deles culturalmente, por isso acho hilário quando citam Cuba-Cuba-Cuba pra mim. Mas há uma diferença nas abordagens, enquanto vc quer bancar Lord inglês sem ser ou “patriota norte-americano”, eu jamais irei adular outros países, isso é coisa da turma que sofre de complexo de vira-latas crônico no Brasil da qual eu definitivamente nunca fiz parte e jamais farei.

  7. É imperfeita mesmo.
      Já

    É imperfeita mesmo.

      Já houve candidato que teve mais votos da população e perdeu a eleição.

       Devido ao sistema eleitoral do país , há estados que valem mais que os outros– tipo colégio eleitoral.

          Como se um voto em SP valesse mais que um no Piaui. –foi assim que Al Gore ”perdeu”.

             E se esse sistema fosse aplicado no Brasil,Dilma tbm teria perdido.

               É a tal da ”Verdade Incoveniente” que até ganhou Oscar por outro motivo.—aquecimento global.

                 Mas ”Verdade Incoveniente” vai muito além do aquecimento global….

  8. democracia? Os eua são uma ditadura de partido único.

    Os eua são governados pelo partido do capital. 

    E esta ditadura sanguinária é odiada em todo o planeta.

     

    ” Devíamos parar com o palavreado de que somos a maior democracia do mundo, quando nem sequer somos uma democracia. Somos uma espécie de república militarizada “

    Gore Vidal

    1. Odiada por

      Odiada por imbecis.

      Hipocritas que falam esse tipo de abobrinha e ao mesmo tempo vivem de acordo com a cultura ocidental, capitalista.

      Até porque se nao vivessem no meio dessa sociedade que julgam desviada, nao teriam a liberdade de ficar falando abobrinha na Net.

      Que a sociedade norte americana tem defeitos isso é publico e notório, agora os prós dela como o legado na ciencia e tecnologia, produção de bens de consumo e serviços , cultura geral ninguem fala.

      Se for fazer essa brincadeira ridicula com os paises amados por esses imbecis eles teriam o que para mostrar?

      Cada coisa …rs

    2. Impecável

      Impecável Gore Vidal, um dos mais lúcidos criticos do estado totalitario pós 9-11. Onde o habeas corpus é cerceado não pode ser chamado de democracia  plena. E de quebra tem Guantânamo e as conexões européias e africanas, como a sala polonesa de interrogatório.

      Gore Vidal da nobiliarquia estadunidense, primo de Al Gore , aquele que foi tungado pelos Bush.

  9. Depois do 11 de setembro

    Depois do 11 de setembro surgiu uma polêmica nos EUA (e tambem em outros paises), sobre segurança documentos de identificação, passaportes, etc. Uma lei americana (se nao me engano, de 2004) prop]os a criação do Real ID, um documento de identidade. Mas nem todos os estados aceitaram, há muita resistencia, tanto de conservadores quanto de liberais. E o documento que hoje se chama de Real ID é uma coisa limitada, NAO È um documento de identidade nacional. E seu uso é limitado para muitas atividades. No site do Depto. de Segurança Interna voce pode localizar alguns desses limites (é o que interessa no que diz respeito ao post). Está lá, explicito e claro:  REal ID nao é documento de identidade nacional e não é valido para várias coisas, entre elas… “votar ou registrar-se para votar”. E também para receber beneficios federais, dirigir ou solicitar carta de motorista, acessar serviços de saude, etc.

  10. Imperios e democracias

    A fundação da Roma antiga à expansão e queda do Império Romano, o impacto dessa civilização na História da humanidade foi tão intenso que até os dias de hoje podemos ver o reflexo de sua influência em um sem fim de aspectos da vida contemporânea. Entre as muitas áreas que se beneficiaram do legado deixado pelos antigos romanos, podemos mencionar a arquitetura, engenharia, medicina, tipos de governo, direito, artes, linguagem etc.

    A roda da historia gira inexoravelmente, aceite-se ou não, os imperios dominaram a vida e lhe transformou as aptidões para o aperfeiçoamento, num ritmo impossivel de se deter.

    O anfiteatro que ainda pode ser visto em Pompeia está entre os edifícios da antiguidade romana que sobreviveram à passagem do tempo. Assim como seu “irmão” maior, o Coliseu de Roma, a arena foi projetada para acomodar de forma segura grandes multidões durante eventos esportivos de grande porte.

    No entanto, segundo registros históricos, naquela época já existiam torcidas pra lá de briguentas, e em 59 d.C. ocorreu tamanha confusão entre o “time” local e os visitantes, que a punição estabelecida foi o banimento de eventos na arena de Pompeia durante vários anos.

     

    Apesar de hoje serem muito comuns em festas à fantasia, as togas não podiam ser usadas por qualquer um na Roma antiga. Elas só podiam ser vestidas por cidadãos romanos e os padrões e cores que elas apresentavam tinham significados específicos, correspondendo a determinadas hierarquias da sociedade da época. Além disso, as togas normalmente eram feitas de lã e tinham formato semicircular, e eram dobradas e enroladas seguindo um complexo sistema.

     

    O vinho era um produto que simplesmente não podia faltar na mesa de nenhum romano, e era tão crucial na rotina da Roma antiga que até os escravos mais simplórios tinham direito a uma ração diária. Pompeia era um dos principais centros fornecedores da bebida para o Império, e quando o Monte Vesúvio entrou em erupção — e soterrou a cidade — e os estoques foram destruídos, o efeito disso foi devastador.

    O pânico pela falta da bebida fez com que os fazendeiros romanos começassem a substituir as plantações de grãos por videiras, resultando, consequentemente, na falta de comida. Além disso, com a superprodução das novas vinícolas, a economia romana se tornou ainda mais instável, levando o Imperador Domiciano a proibir a criação de outros vinhedos.

     

    O processo de declínio do Império Romano do Ocidente começou em meados do século IV d.C., sobretudo em razão da série de problemas que desde o século III o assolava, como as invasões bárbaras, a crise econômica e a disputa dos militares pelo poder.

     

    A bem da verdade o Imperio Romano oficialmente persistiu até Bizâncio (depois Constantinopla), vigorou até 1453. E a forma imperialista de poder até os dias atuais, com as ditaduras e as democracias ocidentais.

  11. Bons aspectos

    De fato o Sistema Eleitoral do Brasil é um dos mais organizados do planeta. É interessante também o fato de que o cidadão e cidadã do nosso país, são obrigados ao exercício do voto, isto é, um direito e um dever de cada um que esteja apto, com exceção dos menores de 18 anos e maiores de 70 anos. A lei impõe o exercício da cidadania eleitoral!…

  12. Há muito os eua simbolizam a opressão e não a democracia
     “Os Estados Unidos não se comportam, de forma alguma, como uma Democracia (…) Aproximadamente 70% da população – os 70% que se encontram num nível inferior em termos de riqueza/rendas – não tem nenhuma influência sobre a política (…) uma décima parte do 1% obtém basicamente o que querem, quer dizer, determinam a política (…) Assim, o termo apropriado para isso não é democracia, mas sim plutocracia” Noam Chomsky http://blogdejadson.blogspot.com.br/2013/08/noam-chomsky-os-eua-nao-se-comportam-de.html

  13. democracia? Os eua são um “Estado de direito oligárquico”

    ” CC: A associação que fazemos entre democracia e capitalismo remonta aos Pais Fundadores nos Estados Unidos?

    JR: A tradição liberal é antidemocrática. Os Pais Fundadores não fundaram a democracia porque redigiram uma Constituição para limitar o poder do povo. Queriam era garantir o poder a todos, em princípio. Mas o poder iria para os esclarecidos, educados. E em suas mentes, é claro, iluminados e educados eram proprietários capazes de administrar suas propriedades e, portanto, também capazes de pensar sobre o papel da propriedade no centro da sociedade. O projeto era precisamente submeter a democracia, isto é, o poder de todos, e assim criar um governo da elite, dos ricos, e seus intelectuais. E chamamos esse tipo de governo de democracia, eis o problema.” A falácia democrática A tradição liberal é antidemocrática, segundo Jacques Rancière. O objetivo é criar um governo dos educados e iluminados http://www.cartacapital.com.br/revista/819/a-falacia-democratica-198.html 

     

    1. É por isso que essa

      É por isso que essa ¨intelectualdade¨ a la FHC, fica delirando de raiva quando a purgência da  democracia brasileira reside no fato de que quem decide eleição é o povo pobre e ilietrado, portanto, entre os quais não há e nunca haverá corrupto, formsm o que temos de mais sociallmente limpo

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador