Em passagem por Barretos, Padilha defende realização de rodeios

Sugerido por Gunter Zibell – SP

Do Estadão

Em Barretos, Padilha defende rodeio
 
Petista ouviu críticas ao projeto de lei que proíbe provas de laços e disse ser defensor da ‘cultura do cavalo’
 
Em visita ao Parque do Peão em Barretos, a capital nacional do rodeio, o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, defendeu a realização de eventos com uso de animais desde que sigam regras claras. Acompanhado de organizadores da Festa do Peão de Boiadeiro, o maior evento de rodeio do Brasil, Padilha ouviu críticas ao projeto de lei do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e disse ser um defensor da “cultura do cavalo”.
 
“Sou defensor há bastante tempo de que a cultura do cavalo, desde que siga regras muito claras, faz parte das tradições brasileiras”, disse o ex-ministro da Saúde.
 
Pouco antes, durante visita ao museu do peão de boiadeiro, Padilha ouviu uma reclamação feita por Emílio Carlos dos Santos, o Cacá, diretor de marketing do clube Os Independentes, que organiza a festa. “Este projeto vai acabar com a indústria do cavalo”, disse Cacá.

 
O projeto de lei 2086/2011 de autoria de Tripoli proíbe a realização de provas de laço e perseguição a animais. Segundo Cacá, se o projeto for aprovado provas tradicionais como a vaquejada nordestina e o laço comprido, do Rio Grande do Sul, vão acabar. Modalidades populares no mundo do rodeio como o laço em dupla e o teen penning também seriam proibidas, prejudicando uma indústria que, segundo ele, cria mais de 3 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil.
 
Padilha, que é sócio de Os Independentes e frequentados da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, disse defender a realização dos rodeio desde que não haja crueldade contra os animais.
 
“Crueldade é inadmissível mas o estado de São Paulo construiu uma economia em torno de eventos vinculados a essa tradição da Festa do Peão com respeito a regras muito claras e e proteção dos animais”, afirmou.
 
O deputado petista Newton Lima (PT-SP) que acompanhava a caravana de Padilha também defendeu a realização dos rodeios.
 
“Evidentemente ninguém defende maus tratos mas é preciso haver bom senso. Este projeto tem exageros”, disse o deputado.
 
A caravana de Padilha batizada Horizonte Paulista já passou por Igarapava, São Joaquim da Barra, Ribeirão Preto, Brodowski e continua ainda neste domingo em Sertãozinho. O giro do pré-candidato pelo interior termina sexta-feira, em Campinas.
Redação

16 Comentários

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  1. O estado de SP está parado no

    O estado de SP está parado no mesmo lugar desde Franco Montoro. São 30 anos de estagnação.

    Vou votar em Padilha porque estou convicta de que não há candidato melhor. Mas não há diferença entre o boi e o cavalo que sofrem nessa barbárie nojenta chamada “rodeio”, e os beagles do Instituto Royal.

    Defender que “é próprio da natureza” um touro de 500 quilos corcovear, ou ainda, esporear cavalos à carne-viva e dizer que isso é “entretenimento” e “diversão” só pode ser próprio de mentalidades medievais.

    Mas só Barretos fatura 500 milhões de reais às custas de dor e sofrimento de touros e cavalos. Mexer com essa indústria é difícil, não é mesmo? 

    “A crueldade é inadmissível mas a festa do peão tem regras muito claras de defesa e proteção dos animais”… essa pérola equivale a dizer que “estupro é inadmissível, mas se forem fazê-lo, que usem gel lubrificante e camisinha”.

      1. Não vem com essa.

        Quem defende que animais sofram menos em rodeios NÃO É contrário a que se estabeleçam métodos menos crueis de obtenção de proteína animal.

        Apenas um ponto logrou chamar antes a atenção da maior parte da opinião pública.

        E não é necessário repensar os métodos em abatedouros e frigoríficos para repensar a glorificação da crueldade em outras coisas. São processos interligados mas que podem prosseguir em ritmos distintos.

         

  2. Depois do paloci, outro

    Depois do paloci, outro médico como opção petista. Não há economistas, administradores, urbanistas, sociólogos, cientistas políticos, arquitetos, geógrafos no pt? Lula escolheu errado. Para completar, essa defesa do rodeio norte-americano… Jamais votaria nele.

    1. Eu também achei bola fora.

      Ele está defendo a manutenção de algumas coisas em rodeios para agradar o público antiquado.

      Isso não vai dar certo, o público conservador vai votar em Alckmin de qualquer jeito.

      Padilha já desagradou feministas com a MP 577. Já desagradou LGBTs com o cancelamento de 2 programas já pagos aos fornecedores. Já incomodou parte dos médicos (eu apoio o Mais Médicos) e agora vai ficar mal junto a defensores de animais, que apoiam os dois Tripoli, o deputado federal pelo PSDB e o vereador em SP pelo PV.

      E isso três semanas após Alckmin ter proibido testes de cosméticos em animais (que foi uma lei ‘cosmética’, sabemos disso.)

      Enfim, devemos supor que Padilha é amparado em pesquisas qualitativas de opinião para fazer o que faz…

    2. É. Saúde é algo real/ irrelevante para o país, né?

      Tem cada um que aparece! 

      Política de Saúde é algo importantíssimo, saúde é uma das carências nacionais, e algo que afeta o povo como um todo. Um político nao pode ser tudo ao mesmo tempo, mas por que nao poderia ser médico? 

      O que nao deveria haver é economista falando de Educaçao, isso sim. Mas só dá economista nos cargos da área… 

  3. Comentário.

    Diálogo entre um touro e um peão

    – Você faz assim. Eu meto um pedaço de ferro no teu corpo e você vai espernear como um doido. Aí, você se estrebucha e eu me seguro mais ainda e finco mais.

    – Espera lá, isso não machuca?

    – Eu é que vou cair.

    – Eu quis dizer “isso não me machuca”?

    – Isso não vem ao caso.

    Pano rápido.

  4.   Acredito que a festa do

      Acredito que a festa do Peão de Boiadeiro seja uma festa homossexual. Diversidade rural, sinal dos tempos.

      Isso por conta do seguinte: o peão é um trabalhador rural. O boiadeiro, o trabalhador que conduz a boiada. Daí, segue que o peão boiadeiro seja o trabalhador rural encarregado de conduzir os bois de seu patrão.

      Agora, peão de boiadeiro me parece ser uma prática em que dois trabalhadores diferentes se entendam… bom, se entendam. É como dizer: “aquele é o João da Cláudia”, “ela é a Maria do Gerson”, e por aí vai. Assim, temos “o peão do boiadeiro”.

      Bom saber que o respeito à diversidade sexual chegou ao campo, com todos os peões de boiadeiros podendo festejar sem nenhum preconceito.

    1. Eu não entendi nada, André.

      Você tentou fazer uma piada?

      De qualquer modo, aproveito para declarar que apoio o projeto de Ricardo Tripoli.

      O que não me impede de gostar muito da música ‘Clima de Rodeio’:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/clima-de-rodeio-duas-versoes

      Apenas acho que será melhor que se busquem outras alternativas para demonstrar as habilidades de peões/ cavaleiros.

      Ao longo dos últimos 30 e poucos anos de adulto, a única coisa na qual mudei de opinião foi em relação a touradas.

      Assisti a uma em 1988 e, por ser de família espanhola talvez, achei bacana. 

      Mas hoje acho que tauromaquia é uma arte a ser preservada em DVDs históricos.

      E que pode fazer sentido abrir mão de foie gras. Que seja produzido em menor quantidade e mais caro, se for o caso, mas não do jeito que é hoje.

      Eu passei a considerar que respeito ao sofrimento de animais pode ser entendido como sinal de evolução do inconsciente coletivo humano.

      1.   Gunter, não sou obrigado a

          Gunter, não sou obrigado a escrever algo que você entenda – ou ache graça. Apenas me sinto obrigado, por respeito ao próximo e crenças pessoais, a não agir de forma discriminatória, e não o fiz.

         

          Não te conhecesse, e diria que você está me patrulhando. Claro, sei que não é o caso.

  5. É. E ele tb chamou um colega de bobo no Jardim da Infância…

    Vale tudo para atacar o PT, né mesmo Gunter? Francamente! 

    Quer falar contra o Padilha? OK, há até coisas mais sérias a dizer. Agora, apelar para tudo é dose… 

    1. Ai meus sais…

      Se a campanha do Padilha é essa, defender tradicionais valores da família rural paulista, só estamos divulgando!!

      Se ele fala o que quer, sem nenhuma preocupação, não pode “exigir” que as pessoas não comentem disso, certo?

      Ele não quer ser o governador?

      Que faça campanha direito, não de coisas que estão sendo abandonadas pela sociedade.

      E no lugar de você defender o Padilha, dizer que ele está certo e tal, o que faz? Critica uma sugestão de link.

      Por que não olha de um modo positivo, como (mais) uma sugestão pro PT e seus políticos deixarem de ser antiquados enquanto há tempo de mudar a campanha?

      E, se você diz que “há até coisas mais sérias a dizer”, deveria dizer então, não omitir. Seria mais coisas para ele melhorar.

      Desse jeito fica parecendo que tem que blindar, esconder o que o candidato faz…

      Recordando mais uma vez:

      O mensageiro NÃO É CULPADO da notícia.

      [video:http://www.youtube.com/watch?v=axaaA-PC_nY%5D

      1. Ah bom. A mídia usa de qualquer coisa, e vc difunde…

        É porque ele seria a favor desse tipo de rodeio que vc acha que ele nao é um bom candidato a governador? Se é, seus critérios andam ruins… Se nao é, por que fazer o jogo da mídia? Mensageiros sao sim culpados pela ESCOLHA das notícias que divulgam… 

        Há coisas até sérias contra o Padilha. Mas ele é o melhor candidato para Sao Paulo, apesar delas. Se vc nao acha isso, faça as críticas sérias. Ficar de besteirol vai contra você… 

  6. O que acho mais chato nas

    O que acho mais chato nas campanhas políticas, ou próximo delas, é a politização(no sentido negativo do termo) de todo e qualquer ato ou palavra de candidatos ou pretensos candidatos. Para ser honesto a postura permeia todos os lados da disputa. Tudo é aproveitado, até mesmo tragédias, para se tirar proveito, casquinha. A morte desse repórter-cinegrafista da Band é a derradeira, porém não última, referência. 

    Sim, retrucarão alguns, mas o homem público, ou candidato a tal, tem que ser vigiado e cobrado. E daí? Será que por conta disso podemos sobrelevar a irrelevância, o periférico. Sabe quem mais se beneficia com isso? O próprio político! Ao querer se saber se escova os dentes após as refeições deixamos de cobrar seu posicionamento acerca do problema das drogas. Ao se aclamar porque é bom cristão, esquecemos de lhe cobrar propostas efetivas para a educação básica. 

    Esse é a meu ver um das piores disfunções do nosso processo político-eleitoral. Engolirmos elefantes e nos engasgarmos com mosquitos. 

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