
O Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira (31/3), os decretos que oficializaram a exoneração de dez altos funcionários do governo de Jair Bolsonaro que deixaram seus cargos para concorrerem a cargos públicos nas próximas eleições. Também foram conhecidos os nomes que substituirão essas pessoas em seus respectivos ministérios e secretarias.
Entre os exonerados estão algumas figuras das mais destacadas do bolsonarismo, como a agora ex-ministra Damares Alves (Republicanos), que deverá ser candidata a deputada federal no Amapá, razão pela qual deixou a pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, que passará a ser comandada por Cristiane Rodrigues Britto.
Outro nome forte do governo nas próximas eleições será o de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), provável candidato a governador do Estado de São Paulo, que entrega o comando do Ministério da Infraestrutura a Marcelo Sampaio.
Tereza Cristina (PP), que chegou a ser cotada para ser vice de Bolsonaro, será candidata ao Senado em Mato Grosso do Sul, e por isso deixa o Ministério da Agricultura nas mãos de Marcos Montes Cordeiro.
Outro que chegou a ser cogitado como vice é o sanfoneiro Gilson Machado (PSC), agora ex-ministro do Turismo e candidato ao Senado em Pernambuco. Seu substituto no cargo é Carlos Alberto Gomes de Brito.
Já Ônyx Lorenzoni (DEM) foi substituído por José Carlos Oliveira no Ministério do Trabalho, mas ainda não está claro se ele será candidato a governador ou a senador no Rio Grande do Sul.
Candidatos do PL
O dilema de Lorenzoni é o mesmo de Flávia Arruda (PL), que deixa a Secretaria de Governo nas mãos de Célio Faria Júnior, mas não definiu ainda se será candidata a senadora ou governadora no Distrito Federal.
Outros bolsonaristas de primeira linha são Marcos Pontes e Mario Frias, ambos recém filiados ao PL. O astronauta era ministro de Ciência e Tecnologia, pasta que passará a ser ocupada por Paulo César Rezende Alvim. Já o ator deixou a Secretaria Especial da Cultura nas mãos de Hélio Ferraz de Oliveira. Ambos serão candidatos a deputado federal por São Paulo.
Outro nome do PL é o de Rogério Marinho, que abandona o Ministério do Desenvolvimento Regional, substituído por Daniel de Oliveira Duarte Ferreira, para ser candidato ao Senado no Rio Grande do Norte. Pela mesma legenda, João Roma será candidato a governador da Bahia, por isso entregou o comando do Ministério da Cidadania a Ronaldo Vieira Bento.
O único nome que não teve seu substituto definido é o de Alexandre Ramagem (PL), que não é mais o diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), já que deverá se candidatar a deputado federal no Rio de Janeiro.
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