Lula trabalha arduamente para montar o tabuleiro de ministérios, diz líder do PT na Câmara

O deputado federal Reginaldo Lopes disse ser difícil conciliar todas as expectativas dos partidos que viabilizaram a vitória no pleito presidencial.

Crédito: Reprodução/ Câmara dos Deputados

Contrariando a expectativa do mercado, que esperava o anúncio dos futuros ministros após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apenas cinco chefes de gabinete foram anunciados até o momento. Este fato se deve, de acordo com deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), líder da bancada do partido na Câmara, à dificuldade de conciliar o interesse de todos os partidos que participaram da campanha de Lula à presidência.

Em entrevista à CNN, Lopes negou que o PT esteja “com muito apetite” pelos ministérios, pois o partido compreende que a vitória da eleição só foi possível graças à frente ampla construída ao longo do período eleitoral. O deputado acrescentou ainda que Lula está trabalhando arduamente para conciliar todos os interesses.

“Não é fácil. Se dentro do PT não chegamos a um acordo ainda, imagina com os futuros aliados. Tem aliados que participaram do processo eleitoral, tem aliados que participaram apenas do segundo turno e aliados que compreendem o momento histórico e querem participar da reconstrução do País”, afirmou Reginaldo Lopes.

Novos ministérios

Assim, a próxima gestão contará com 37 pastas, entre elas o Ministério das Mulheres, dos Povos Originários, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. “Temos de compreender que o País ainda tem uma travessia enorme em busca de Justiça”, emendou o parlamentar, citando, por exemplo, que as mulheres têm salários menores do que os colegas homens que exercem a mesma função e que quase 50% das pessoas em situação de pobreza são mulheres negras e mães solo.

A recriação de ministérios e a divisão das pastas, no entanto, não acrescentará grandes despesas à máquina pública, segundo o deputado federal. “Fazer um super ministério parece que não deu conta. É melhor que esses temas possam ser mais organizados em um ministério com esse objetivo, até porque os custos não são tão grandes assim. Quando o Paulo Guedes fez o super ministério, ali permaneceram todos os secretários nacionais. A diferença era o status”, finalizou.

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Camila Bezerra

Jornalista

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