Para (a esquerda) entender (e parar de menosprezar) o eleitor de Bolsonaro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A esquerda comete um erro ao escantear ou desistir de entender as ideias do brasileiro que se declara eleitor de Jair Bolsonaro. Essa é a avaliação da cientista social Esther Solano, professora da Unifesp e autora de uma recente pesquisa sobre o perfil da “nova direita” que vê no “mito” algum potencial para presidente da República.

No estudo “Crise da democracia e extremismos de direita”, Solano afirma: “Com frequência, setores progressistas menosprezam estas posturas por considerarem que ‘pobre que vota na direita é burro’, ‘seguidor de Bolsonaro é burro’ e por aí vai. É um grande erro caricaturar ou desestimar a importância de um fenômeno que tem densas raízes sociais e que pouco tem de trivial ou transitório.” 

E explica porque, para a esquerda, revisar essa conduta seria providencial: “O primeiro passo para combater posturas antidemocráticas, que colocam em risco o avanço nos direitos e garantias fundamentais, é entender este processo em toda sua complexidade e multidimensionalidade.”

Entrevistando, apenas em São Paulo, vários eleitores de Bolsonaro com perfis distintos (em termos socioeconômico, de faixa etária, gênero, etc), Solano levantou, em tópicos, o que pena a massa que defende as mesmas bandeiras do parlamentar.

O GGN expõe abaixo um resumo das principais observações segmentado pelos temas abordados nas entrevistas:

1. SEGURANÇA

Na avaliação de Solano, Bolsonaro conseguiu canalizar muito bem o medo que as pessoas sentem, a percepção de “insegurança permanente”.

“Fato também é que durante muito tempo, os partidos de esquerda têm se furtado a um debate sério e propositivo sobre segurança pública, deixando em mãos da direita mais punitiva e totalitária este assunto emergencial para grande parte da população.”

O estudo revelou ser questão “recorrente” que existe uma visão de que os bandidos foram vitimizados “numa alteração da ordem social” que faz com que o “cidadão de bem” esteja “desprotegido”. A vítima dos crimes ficam abandonadas e o criminoso é superprotegido pelo Estado”. 

Bolsonaro angaria adeptos porque rompe com essa lógica de humanizar o bandido ou de lhe conceder qualquer direito. 

2. “DIREITOS HUMANOS PARA HUMANOS DIREITOS”

Na esteira do sentimento de que o cidadão de bem tem menos privilégios do que os bandidos, destaca-se a ideia de que “a polícia passa por um processo de criminalização e perseguição
constante pela mídia e pelos grupos de esquerda, além do abandono pela cúpula da corporação e pelo próprio Estado. O policial virou bandido e não pode mais fazer seu trabalho,
o que acaba tendo como resultado o aumento do crime.”

“Diante disso, as repostas de Bolsonaro convencem: mão dura, disciplina, cadeia, redução
da maioridade penal, aumento das penas no Código Penal, prisão perpétua, porte de
arma, dar muito mais poder e proteção à polícia, acabar com a vitimização do bandido.”

“(…) para todos, a saída está na disciplina. Botar ordem na casa. Autoridade. O militarismo como modelo, inclusive as escolas militares são amplamente defendidas por todos.”

3. CORRUPÇÃO E ANTIPOLÍTICA

“Consequência direta da operação Lava Jato e sua espetacularização, os brasileiros enxergam
um sistema político totalmente corrompido.”

“Neste sentido, todos os entrevistados da pesquisa atual coincidem que Bolsonaro é o único,
ou um dos únicos políticos honestos de Brasil. Na visão deles, a corrupção perpassa
todos os partidos. Não tem diferença entre esquerda e direita.”

Quando questionados sobre os procedimentos polêmicos da Operação Lava Jato, a maioria reflete a ideia de que investigados, réus, corruptos não deveriam ter direitos. “(…) político corrupto não é sujeito de direito, político corrupto merece punição, cadeia e o resto é ‘mimimi’. Sérgio Moro apresentava-se envolvido em narrativas messiânicas-salvacionistas.”

4. MERITOCRACIA E VITIMISMO

A pesquisadora chamou atenção, em várias passagens do relatório, para os eleitores que vivem na periferia e ascenderam socialmente nos últimos anos, inclusive abrangidos por políticas públicas criadas pelos governo do PT (como Fies), mas que são unânimes em afirmar que esse crescimento não teve nenhuma relação com Lula e Dilma. Eles entendem que venceram por conta própria e se identificam com o discurso do “self-made man” de João Doria. Agora, dizem que não são mais pobres e que apenas os pobres e nordestinos votam no PT. E, para com o partido, não sentem que têm nenhuma dívida.

Nessa perspectiva, eles acreditam que os “mais desfavorecidos e que são beneficiários de políticas sociais existentes seriam parasitas do Estado, não se esforçam o suficiente no trabalho e, por sua vez, o Estado faz uso destas políticas públicas para controlar eleitoralmente estes grupos.”

“O voto no PT, a aceitação de políticas assistenciais é sinônimo, para eles, de grupos empobrecidos que precisam deste tipo de ajuda.”

Sobre cotas raciais, acreditam no discurso de Bolsonaro, de que se trata de duplo racismo, pois acabam com o mérito do negro ao mesmo tempo em que estimulam nos estudantes brancos um sentimentos de que foram prejudicados pelo Estado.

Ao “movimento negro, feminismo ou o movimento LGBTQIA, as respostas são padrão. Eles são grupos que sofrem preconceito, sim, mas estão abusando de seus direitos.”

Contra essas minorias, Bolsonaro não faria discurso de ódio. A maioria relativiza os rompantes do candidato, afirmando que as frases polêmicas são fruto apenas da franqueza e da personalidade dele, que é mais “bruto” mesmo. Mas diferente da esquerda, Bolsonaro trata um gay, por exemplo, como se fosse um “cidadão qualquer”: sem privilégio.

Os entrevistados se sentem atraídos pelo estilo de Bolsonaro, que “não segue a norma do politicamente correto, ele fala o que pensa, com sinceridade. Não é discurso de ódio, é liberdade de expressão.”

“O que para o campo progressista é percebido como luta por direitos historicamente negados, os entrevistados entendem como grupos querendo impor seus interesses e modelos de vida e, portanto,ultrapassando a linha do direito e chegando ao privilégio.”

5. DIREITA POP

Entre jovens – a pesquisadora promoveu uma roda de conversas em turmas do ensino médio de uma escola pública em São Paulo – Bolsonaro é visto como um “rebelde” que sabe tratar com a nova geração e que se opõe à classe política dominante.

“O uso das redes sociais, a utilização de vídeos curtos e apelativos, o meme como ferramenta de comunicação, a figura heroica e juvenil do “mito Bolsonaro”, falas irreverentes até ridículas, falas fortes, destrutivas, contra todos, são aspectos que atraem os jovens. Se nos anos 70, ser rebelde era ser de esquerda, agora, para muitos destes jovens, é votar nesta nova direita que se apresenta de uma forma cool.”

“Um tema que aparece nas entrevistas é que essa nova direita é próxima das pessoas, Bolsonaro fala a língua da gente, não é como os outros políticos que a gente nem entende.”

6. RESGATE DOS VALORES TRADICIONAIS

“Uma das questões que os entrevistados mais defendem desta nova direita é que estaria protegendo os valores que têm sido perdidos no Brasil, depois de tantos anos de governo de
esquerda. Família, religião, disciplina, autoridade, ética são questões que agora podem
ser discutidas de novo, mas que durante muito tempo estavam fora do debate público.”

Nesse contexto está a “ressignificação da ditadura num período saudoso em que o cidadão de bem era protegido pelo Estado e imperava a ordem e não a confusão.”

Sobre projetos como o Escola sem Partido, Solano observou que “onde muitos de nós [progressistas] enxergamos posturas de patrulhamento ideológico ou censura acadêmica, os entrevistados enxergam preocupação com o cuidado e a proteção da moral e os bons costumes.”

7. DE LULA A BOLSONARO

Para o eleitorado de Bolsonaro, o deputado ocupa, de alguma forma, a lacuna deixada por Lula como um líder carismático e próximo do povo.

E nesse paralelo fica mais visível a história de como o sentimento anti-PT foi trabalhado.

“Em paralelo, um assunto que aparece recorrentemente nas entrevistas com pessoas de
regiões periféricas, mas que foram beneficiadas pelas políticas de inclusão dos governos
petistas, o aumento de emprego e renda é seu autoenquadramento como classes médias, ou
classes consumidoras e a naturalização de valores típicos das classes médias como a adesão
ao combate a corrupção ou a rejeição a programas de inclusão social, dos quais eles
mesmos foram beneficiados direta ou indiretamente. A rejeição ao PT por estes grupos
tem muito a ver com a construção de uma nova identidade, diferente à de periférico, pobre
ou excluído. Como um taxista me disse um dia eu não voto no PT porque quem vota no PT é pobre, a nova classe média vota no PSDB.” 

A pesquisa completa está em anexo.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

45 Comentários

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  1. dissonancia cogntiva e o conto da aia

    Dissonancia cognitiva é um modo de relacionar as crenças com a realidade. Quando uma pessoa tem dissonancia cognitiva ela mantém duas crenças incompatíveis ou age em sentido contrário a suas crenças por exemplo, quando quer emagrecer mas se entope de comidas que aumentam o peso.. Isso acontece o tempo todo, é comum, mas no caso trata-se de dissonancia cognitiva em relação a crenças politicas – ique se  costumava chamar de ‘ideologia’. Nesse caso as pessoas tem crenças que vão contra a suas condições reais de vida e criam justificativas para diminuir essa dissonancia.

    .Por emeplo, pedir ‘ordem’ e ‘autoridade’ quano essas na realidade dos fatos prejudicam os mais pobres e só a eles, quando a policia mata inocentes e sai impune – a crença vai contra os fatos e a vivencia real. Quando justifica o discurso de ódio  afirmando que ele não é discurso de ódio, mas ‘liberdade de expressão’ cria uma estratégia pra justificar a ação – o voto no bolsonáro- que vai contra a sua crença – a de que discurso de ódio é errado. A mesma estratégia de redução da dissdonacia cognitiva aparece em outras justificativas de voto:achar que um politico que está a 27 anos na vida pública é uma ‘grande novidade’, achar que votar em um candidade de extrema direita e reacionário é ser rebelde.

    O conto da aia? (atençao spoliler):No seriado ‘o conto da aia’ Serena é uma intelectuial conservadora que faz campanha pelo resgate dos valores da familia e da religião. Os extremistas católicos toma o poder nos EUa e criam uma república que estaria de acordo com esses valores. Serena e todas as outras mulheres não pode mais escrever, ler ou falar em público, vive uma posição subordinada de ‘esposa’. Quando Serena tanta agir, escrevendo e  lendo em público leva chibatas do marido e tem um dedo seu cortado como punição: é a lei da republica que ela mesma lutou para criar. Na nova situação que lutou para relizar Serena vive em dissonancia cognitiva: quer manter suas crenças conservadoras em dissoncia com a relaidade que vive..

    1. O conto da Aia

      Esta mais para uma transliteração do que seria um EUA “islâmico” , mas cristão. Onde uma sharia cristã ditasse as normas.

      Bolsonaro resgata com seu histronismo a necessidade de uma ilusória estabilidade de uma era ida. A guerra fria ainda faz estragos em corações e mentes.

       

  2. Voto conservador comportamental

    Durante os governos Lula a população humilde, mesmo conservadora e/ou evangélica, sempre deu apoio.  Na época, embora também com ação de secretarias preocupadas com as minorias, a ação de esquerda era focada ao desenvolvimento nacional, ao Estado forte, educação, universidades, PAC, minha casa minha vida e centenas de iniciativas.

    Mas, nestes anos mais recentes, alguns partidos de centro direita, principalmente ligados a igrejas evangélicas, capitalizaram para sim (politicamente) disputas de sexo, religião, segurança, corrupção e família contra esquerdistas mais modernosos. Este tipo de disputa despertou o sentimento conservador de parte da população e, ao imaginar que era toda a “esquerda” irresponsável, tolerante e festiva a que queria acabar com a família e etc. (na percepção deles), transformaram o seu conservadorismo comportamental em expressão política conservadora.

    Conservadores comportamentais não discutem projeto de nação nem o entreguismo desenfreado ao capitalismo global, mas apenas a sua particular convivência em torno da sua família, vizinhança ou igreja. É só observar a eleição recente em RJ, entre pastores e modernosos.

    A única solução que eu vejo é distanciar um pouco a esquerda política – que hoje luta pela nação soberana e pela justiça social, da esquerda modernosa e carnavalesca que tão mal tem feito a nossa esquerda latino-americana, trazendo modernidades da Europa de hoje para dentro de comunidades com costumes do século XIX, com amplo apoio da rede Globo. Os pastores, habilmente, imputam isso ao PT e à esquerda em geral.

    Vamos lutar pela esquerda de hoje aqui, a esquerda morena da América Latina, unindo as camadas populares em temas políticos prioritários, evitando cair em discussões de assuntos comportamentais que, embora importantes para a sociedade, eles não dependem da posição política de cada individuo, mas apenas refletem opções comportamentais de uma sociedade que vai dialogando, dentro dela, e que poderá vir a ser cada vez mais esclarecida e tolerante, até achar a sua melhor convivência, mas, desta vez, dentro de uma nação que ainda possamos chamar de nossa.

        1. Quem muito quer nada tem

          Quem muito quer nada tem

          Há que saber escolhermos as prioridades sob o risco de nós perdermos numa infinidade de batalhas q sequer carregam unanimidade

          Distribuição de renda e combate a miséria com a construção dum Estado mais ativo altivo justo e eficiente já são desafios pra quase uma geração

          1. Vale p/ vc a resposta que dei ao Alexis

            Que indiferença pela opressao dos outros… Para quem nao a sofre na pele é fácil esperar. Afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco mesmo.

          2. eu não consideraria, por

            eu não consideraria, por exemplo, remover nome de generais de logradouros pra por os de Lamarca ou Mariguela no lugar como prioridade  ..ou defender casamento de GAY na igreja dos outros tb ..enfim

            veja as considerações que fiz sobre seus comentários acima dirigidos ao Alex 

    1. Foi esse tipo de pensamento

      Foi esse tipo de pensamento que levou Dilma a entregar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara a feliciano, tornando-o um nome nacional.

    2. direitos não é questão comportamental, é politica.

      Sinceramente eu não sei a que voce se refere quando fala de ‘assuntos comportamentais’.Eu sei que os ‘conserevadores comportamentais’ atuam para negar a extensão de direitos, aturam inclusive com apoio dos governos do PT em nome da ‘governabilidade’ – e isso é uma questão politica. O Brasil é um dos paises em que mais se mata LGBTS no mundo; o direito a vida não é uma questão poltiica? O direito a uniião civil consencual entre dois adultos do mesmo sexo não é uma questão poiltica??

      E sinto muito em lhe informar, mas a população conservadora que deixou de apoiar o Luila, não deixo  de apoiar por causa da ‘esquerda comportamental’ – seja lá o que isso for – deixou de apoiar devido a cantilena repetida um milhão de vezes sobre a corrupção nas TVS, nas redes sociais e meu caro – nas igrejas evangélicas…

      1. O extenso braço da esquerda

        A política global, neste mundo esférico, é tão estranha que enquanto mais extenso seja o braço da esquerda, este dá a volta e aparece pela sua direita. Concentre-se na esquerda do Brasil e não na esquerda global modernosa trazida pela rede Globo, exatamente para tirar do foco a soberania nacional e a justiça social e levar a política para abaixo da cintura, em novelas coloridas. 

        1. sai do armário, reaça enrustido.

          Não vi no seu comentário nenhuma refutação do  meu argumento de que questões de direito são questões politicas. So frases feitas que não tocam na questão central da minha réplica.

          Sobernia nacional e decadencia da moral de dos bons costumes: parece um saudoso dos tempos da ditadura; fã do Trump e da Le Pain…só faltou dizer que a “Globo é comunista”. Acho que voce deve sair do armário e se assumir bolsonarista, seu comentário, afora a vaga ‘justiça social’, é um reprodução do discurso dele!

           

    3. É isso aí. Restauremos a moral e os bons costumes

      Quem se importa com a violência contra os homossexuais? Com as mulheres que morrem por causa do aborto clandestino? Essa “modernidade da Europa” entre nós? Para nós a Idade Média está bem. Que esquerda carnavalesca essa… Devemos na verdade restaurar a proibiçao do divórcio, já foi o início do mal.

      É preciso muita indiferença para com a opressao dos outros para defender absurdos revoltantes como esses do Alexis.

      1. Se entendi bem o que Alex

        Se entendi bem o que Alex escreveu,  ele se refere ao BARULHO provocado por uma esquerda microscópio e estridente, estérica mesmo, raivosa, ela que colocou na pauta temas menores, mas que acabaram sendo confundidos com política de governo, como:

        E ISSO não tem NADA a ver com supressão de direitos

        – casamento GAY nas igrejas dos OUTROS

        – estabelecer “limites” para o tapinha dos pais

        – educação sexual na escola básica

        …ou como com HADDAD em SP

        – criminalização dos motoristas e da classe média

        – instituição de ciclovias absurdas, ciclofaixas, concomitante a aumento REAL das tarifas de onibus e IPTU

        – BOLSA grafiteiro, imigrante, viciado, invasor e travesti

        – industria da multa com redução CRIMINOSA da velocidade pra 50 km//h, acabando com o que restava de mobilidade

        …e PIOR ainda com algumas políticas Federais que, FORA de hora, visaram buscar um REVANCHISMO o qual diziam ter abdicado, tipo:

        – REVISÂO da LEI de ANISTIA

        – proposta pra se punir os excessos da direita mas se perdoar os da esquerda

        – REMOVER nome de direitistas golpistas de logradouros e substituir pelo de esquerdas (como Mariguela e Lamarca em SP)

        Enquanto isso, FAZER POUCO CASO, ou tratar de forma ABSURDAMENTE equivocada e IRRESPONSÁVEL o aumento do trafico, e da violencia nas cidades (ela que continuou, com crescimento e distribuição de renda, ENTERRANDO 60 mil brasileiros TODOS OS ANOS desde THC)

        …e isso pra não entrar em temas mais polêmicos e DEMAGÓGICOS como a Lei Maria da Penha ou a instituição de cotas RACISTAS, racistas, entre nós

        ..claro também, nada de atacar a reforma tributária, o controle da midia, o tal pacto federativo, reforma previdenciaria pros Militares e reforma política por exemplo  ..demandas aqui partidas das prórpias fileiras

        Qual seja, some a cada um desses pontos, UM ou MAIS descontentes, e vc acaba entendendo pq LULA terminou seu governo com 85% de aprovação e DILMA devolveu-nos com 5, se tanto, e um “graça a deus que partiu” (pra muitos, milhões de brasileiros que ainda não entenderiam que ELA merecia sim, mas o BRASIL não, o tal GOLPE)

         

         

         

        1. Grato Romanelli

          Não apenas entendeu os meus argumentos desde o ponto de vista correto, mas também teve a gentileza de separar os assuntos.

          Há pessoas no blog que, junto com atacar aos outros por assuntos estritamente pessoais, terminam validando esta tese, do afastamento de setores populares por conta de intransigencia modernosa. Eu entendo esse tipo de fogo amigo e continuarei militando no mesmo campo político de quem se sente no direito de censurar as opções pessoais de vida dos outros, pois sei separar as coisas. Em verdade, esse patrulhamento torna cada vez mais antipática essa obrigatoriedade de conduta e, imagino em parte por conta disso é que tenha nascido tanta dissidência na esquerda, em favor dos partidos conservadores. Mas, não há pior surdo que aquele que não quer ouvir.

          1. Minha cara, vc tem o péssimo
            Minha cara, vc tem o péssimo hábito de rotular as pessoas, coisa típica de quem se fixa em tribo, grupo ou gangue

            Perceba q praticamente não entrei no mérito, mas apenas apontei alguns pontos que, ao meu juízo, acirraram os ânimos dos brasileiros frente aos recentes governos diante de grupos mais conservadores

            Se na falta de argumentos lógicos vc se sente melhor em classificar os debatedores, sinta-se se a vontade, considere me de direita ( tantu_faz)

          2. Vc está de MÁ FÉ

            O tom que vc usou p/ citar as medidas da esquerda nao foi de quem estava citando coisas nao. Basta ler o que vc escreveu p/ ver isso, os termos que escolheu… Acha que todos somos idiotas e nao sabemos ler? “Tapinha” dos pais, é assim que vc classifica medidas contra a violência contra crianças? Temas “menores”? Igrejas DOS OUTROS? Céus, casamento gay nao tem nada a ver com igrejas… Mas tz vc, quando ouve falar em casamento, bote logo igreja no meio… Casamento é um ato civil. Haddad criminalizou motoristas e a classe média? Reduçao CRIMINOSA da velocidade, diminuindo o número de mortes (ah, mas prejudicando o trânsito, afinal automóveis valem mais do que gente…). Revisao da Lei da Anistia é revanchismo? Lei Maria da Penha é demagógica? Mulheres tb podem levar “tapinhas”, né? Ora, ora, Romanelli, nao se esconda agora, vc já se revelou.

          3. Haja  ..e continua se fazendo

            Haja  ..e continua se fazendo de indignada

            vamos aos méritos

            “estabelecer limites pra tapinhas dos pais” = a LEI foi tratada na mídia como sendo a LEI da PALMADA ..e sendo vista como intromissão INDEVIDA do Estado no seio das famílias  ..conceito com o qual concordo visto que no nosso código penal já estava previsto de idos tempos, inclusive repizado pelo ECA, o agravamento quando há maus tratos a menores e indefesos

            “Igreja dos OUTROS” – perceba (já que você sabe ler)  que eu NÃO falei de UNIÃO CIVIL ..falei de CASAMENTO GAY na IGREJA dos OUTROS  ..puxe pela memória e veja dos casos de invasão de casais gays em cultos havidos em igrejas DOS OUTROS  ..Sempre defendi a União Civil (talvez antes de vc nascer), agora,  se quiserem um culto religioso, não tenho nada contra, desde que criem sua própria congregação ..doutra feita, aquilo de invadir igreja pra ofender e agredir evangélicos, foi um absurdo mesmo, um insulto, UM CRIME 

            “como com Haddad em SP  ..criminalização dos motoristas e da classe média”  ..talvez fosse melhor EU ter colocado em dois tópicos pra vc entender  ..SIM, HADDAD fez um PACOTE dificultando o transito de veiculos em SP – com ciclovias, ciclofaixas, faixas pra pedestres, diminuição da velo em ritmo IMPRATICÁVEL  etc – e MULTANDO vigorosa e SEVERAMENTE – daí o termo criminalização –  tudo em volumes RECORDES  (aliás, os 16% que ele recebeu nas urnas te respondem melhor que eu do que o povo achou do voluntarismo dele)  ..e A CLASSE MEDIA, pergunta pra Marilena Chaui, ou reveja seus vídeos na Internet falando BOBAGEM contra todo um segmento social formado por MILHÕES de pessoas que não agem nem pensam igual

            se eu acho que é revanchista a revisão da lei de anistia ???? – EVIDENTE  ..assim como a revisão do nome de logradouros  ..ou o fato de DILMA puxar pra si a autoridade maior sobre as Forças Armadas como fez, sabendo ELA (que não é boba) que enfrentaria resistencias  ..convenhamos, o BRASIl não merecia tanta querência de uma ex guerrilheira !!!

            LEI MARIA DA PENHA – o que tinhamos antes dela ? Policiais e delegados desrespeitando as cidadãs  ..homens violentos impunes  ..violencia no lar ..depois? praticamente NADA MUDOU  ..pior, ao invés de porem o guizo no gato, tipo ENQUADRANDO funcionários públicos OMISSOS, vagabundos, despreparados, preconceituosos e corruptos, ainda criaram delegacias especializadas  ..e mais, a violencia, pelo nosso ETERNO desrespeito às leis, não diminuiu

            Antes dessa lei SEXISTA, qq lei deveria ser indistinta, pro CIDADÃO (reveja 5 artigo da constituição)  ..crimes podiam ser classificados como doloso, cullposo, por motivo torpe, com requintes de crueldade, sem chances de defesa, etc etc etc  ..qual seja, o BRASIL ja´tinha meios de coibir a violência CONTRA QQ UM, ie não só contra as mulheres (já que a própria autora protestou quando tentaram usar “sua lei” contra casais gays  ..tenha santa paciência)

            quanto a eu ser diretista, não sei o que é se ser isso, digo que sou economista, democrata e me julgo humanista  ..defendo um Estado INDUTOR, regulador  e INCLUSIVO na sociedade, logo, na economia  ..o resto, o resto que gravitapor este universo, varia de acorodo com meus valores, educação, vivência e experiência, no caso a caso

            passe bem  ..e, por favor, deixe de classificar as pessoas como se elas fossem uma simples mercadoria  ..ou, por pensarem diferente, inimigas

             

             

          4. Suas posiçoes já estavam claras, Romanelli

            Sao posiçoes direitistas. Vc tem direito a tê-las, nao pode é querer que elas nao sejam vistas c omo sao, direitistas.

          5. Anarquista lúcida( será?);seu nickname já revela o que vc é…

            Típica atitude esquerdopata,até arriscaria dizer que se trata de uma feminista ( que não representa nem defende nenhuma de nós,a não ser as vc sabe quem) Não ouve ninguém,mas sempre quer ser ouvida.Não refuta nada,fica repetindo que nem papagaio a mesmíssima copisa…fico aqui duvidando da inteligãncia de nossa coleguinha…mas enfim, são os supostos “direitistas opressores e ignorantes ” que não sabem dialogar….

        2.   Concordo totalmente.
            Não

            Concordo totalmente.

            Não se trata de considerar inúteis e/ou danosas legítimas aspirações, mas de centrar fogo em algumas questões por vez.

           

            Óbvio que para a grande maioria dos LGBT era urgente algo como a união civil, e deveria ser SENSO COMUM tal medida. No entanto, a defesa de tais pontos deveria ser feita de forma muito mais inteligente; haveria de SEREM BERRADAS aos quatro cantos a questão da igualdade, não da especificidade. 

            Quem lembra do personagem de Tommy Lee Jones no filme sobre Abraham Lincoln? Ferrenho abolicionista, aceitou concessões no discurso para ganhar no essencial. Basicamente é disso que se trata.

      2. Prezada Analú

        A forma como encaramos a vida em sociedade é um assunto diferente da política partidária. Há causas comuns a todos, no lado social (como muitas coisas que você defende, no seu critério pessoal) e há outras do mal, como uma invasão (guerra) que faria a todos nos unir. Não é (e não devia ser) patrimônio de um único partido uma causa que é boa ou ruim para todos, como a tolerância e a vida em comunidade, com respeito às minorias, além de outros aspectos que você corretamente defende.

        Ainda, vivemos numa fase da nossa sociedade ainda atrasada, com miséria, falta de educação e cultura, e etc. que não fazem aconselhável uma evolução radical em termos de costumes e de dia-a-dia. Coisas normais na Europa moderna não são simples de trazer a um país como Brasil, pelo menos não agora e nem muito menos misturada com opções políticas tão relevantes como na situação em que estamos. Hoje estamos em vias de perder o Brasil como nação e é importante que entendamos que não é hora de discutir o terceiro banheiro em locais públicos e outros temas LGBTs. Primeiro temos que ter banheiro e esgoto em todas as residências do Brasil.

        Confesso que não me sinto muito feliz de aparecer aqui como defensor de ideias conservadoras, pois não é verdade, apenas discuto a mistura perigosa desses elementos com a política partidária, que tem feito estragos na intenção de voto do povo, como levantado neste interessante post, afastando milhões de eleitores – que só teriam que agradecer ao governo Lula, e levando-os para setores conservadores e entreguistas, apenas por conta de eles (não necessariamente nós) entenderem de política apenas o que o pastor fala e, em muitos casos, apenas da cintura para baixo.

        “Quem se importa com a violência contra os homossexuais?”

        Já que você perguntou eu digo: eu me importo. O meu filho mais velho, homossexual, tirou a sua própria vida em 2014, causando profunda dor a nossa família.  Desde o seu NB ou PC você escreve como se dona da verdade fosse, lançando frases vazias acima de gente que é também gente como você, com sentimentos e preocupação com o país.

        Você tem mostrado muita garra e qualidades na sua ação política neste blog e sempre gostei de você por isso. O dia em que nos conheçamos pessoalmente terei o maior prazer em discutir com você assuntos pessoais, de música, de comida e de vida em sociedade, LGBTs e muita coisa. Hoje, estamos perdendo o Brasil pelo ralo, em grande parte por trazer aqui no debate, com 30 anos de antecedência, assuntos da agenda colorida e modernosa que a rede Globo coloca diariamente para um povo sem emprego.

        1. Vc está mesmo de acordo c/ o comentário do Romanelli?

          Porque ele ultrapassou o que vc geralmente diz. Nao foi apenas conservador, foi de Direita mesmo… Bom, ser conservador já é ser de Direita, mas releia o comentário e veja tudo com o que vc está concordando.

  3. Entender o que? Os eleitores

    Entender o que? Os eleitores de boçalnato sempre estiveram por aí, os mais velhos apoiaram o golpe militar, os na faixa dos 40, 50 votaram em Collor e FHC e os demais em Aécio e agora boçalnato (e outros similares, em pele de cordeiro). São produtos do PIG, uma imprensa venal, hipócrita e mesquinha que transformou seus leitores (telespectadores) em seres piores do que os Marinhos, Frias e Mesquitas.

  4. Educação

    Os governos do PT promoveram as maiores revoluções do ensino técnico e superior com os seus vários programas.

    Isso nunca foi feito antes com essa magnitude.

    Mas segundo a pesquisadora isso de nada valeu.

    Quem é que está errado?

    A população beneficiária ou Lula/Dilma?

    Exceptuando algumas escolas e faculdades de ponta, o resto, todas particulares que absorveram o maior contingente desses alunos, são de péssima qualidade, além do que os próprios alunos beneficiários são lesados cerebralmente.

    Não conseguem juntar cré com lé.

    Só posso concluir dessa forma.

    Então não tem jeito mesmo.

    Tem que deixá-los morrer à míngua.

    E é o que vai acontecer se eles elegerem o Bolsonaro.

    O que eu vejo de pessoas com formação superior que não sabe ler e redigir, ao menos com um português casto, é de chorar.

    Mas se acham já os grã-finos.

    É como diz aquele ditado: não adianta gastar vela com defunto ruim.

    Eu não vou chorar por eles.

  5. Uma das principais causas do

    Uma das principais causas do fenômeno Bolsonaro é a forma como os meios de comunicação disseminam o ódio contra o PT e a esquerda. Em São Paulo todos os jornais, canais de televisões e rádios tem um discursos homogêneo e contrário a qualquer pauta progressista. O poder que a mídia corporativa possui no Brasil é gigantesto e determina os valores e anseios da população. O monopólio dos meios de comunicação e seu discurso de ódio forjaram o Jair Bolsonaro e seus seguidores. 

     

  6. Ao ler os 4 comentários q me
    Ao ler alguns dos 4 comentários q me antecederam e q meio q menosprezam a pesquisa, ou o público alvo, pesquisa q busca por um entendimento do q se passa com esta parcela SIGNIFICATIVA da sociedade brasileira, eu vejo como o desafio da cientista é hercúleo ao tentar tratar de coisa séria com uma platéia que age como verdadeiros bolssominions, só que auto proclamados progressistas

    ESTA CERTA a professora, a imensa maioria dos eleitores de Bozossauro, assim como os de Dória em SP é formada por órfãos que se sentiram desprestigiados em SUAS AFLIÇÕES ..ainda mais com personagens arrogantes como DILMA e HADDAD no plano politico

    ..só lamento que se tal postura de alguns progressistas persistir que este contingente de desorientados corre o risco de aumentar

    FATO ..boa parte da esquerda nunca aprendeu a se fazer uma auto crítica ..eles se acham perfeitos perdidos em conceitos do século XIX

    1. Achar que os eleitores do

      Achar que os eleitores do boçal são um bando de desorientados é um engano. Eles se identificam com ele, são reacionários como ele, comungam das mesmas idéias e sabem muito bem o que estão fazendo. Vamos parar de tratar esse pessoal como uns coitadinhos. Não são.

  7. A questão de segurança é uma
    A questão de segurança é uma pedra no sapato da esquerda, pois não basta apenas pensar a longo prazo, já que estamos num momento crítico e população tem medo e pressa.Logo é preciso apresentar questão mais realista,pois, terão grande influência nas eleições. A questão da transformação e evolução social, o PT perdeu a narrativa. Não combateu o discurso raivoso da velha mídia, porque não a combateu na forma que a lei permitia; e nem soube relacionar com os novos meios. Acredito que Bolsonaro irá desinflar após o início da campanha tal qual Marina. Porém, esse vácuo político é favorável a sua falta de programa é de idei

  8. Nem super-homem nem papai noel

    O caos está tão instaurado que até progressistas têm se perguntado e perguntado aos outros “que candidato pode dar jeito nesse país?”, de forma recorrente. Ou seja, tem muito mais gente além dos bolsonaristas acreditando ser possível um messias. Gente aflita com o rumo que as coisas tomaram.

    A reconstrução da Democracia, do estado democrático de direito… ou melhor, uma nova construção (que aquela que a gente tinha foi-se e não adianta chorar), passa obrigatoriamente pela participação de todas as pessoas e não vai ser feita em um ano ou dois. Se construir é um processo lento e profundo, destruir é rapidinho, basta um Aécio-menino ficar inconformado, um Aloysio Nunes pregando o sangramento do eleito, coisas assim. Sabe um outro menino, este dito herói, que impediu que a Holanda toda sumisse por alagamento tampando apenas um buraquinho no dique com um dedinho? Então…

    Então que a construção que se faz necessária venha acompanhada de constante manutenção. Uma opinião desimportante: afaste-se a inicitiva privada e o dólar das decisões públicas. Pode-se considerar suas demandas… aliás DEVE-SE considerar suas demandas. Mas o estado não pode ficar refém delas, não. Senão é isso, golpe atrás de golpe.

  9. eu so questiono se esses 

    eu so questiono se esses  bolsonaristas nao  seriam  os 400 mil facks  que ele  tem  e ja com respostas  pre-preparadas  afinal  400 mil  dando  opinioes favoraveis  a bolsonaro faz um barulho. 

  10. Já conversei com duas pessoas

    Já conversei com duas pessoas que são Lula debaixo d’água. Mas se não deixarem ele disputar, dizem que pensam em votar em Bolsonaro pra dar um jeito na bagunça. E não são pessoas com aquele típico perfil do eleitor radical de Bolsonaro. É esse tipo de eleitor que pode decidir se Bolsonaro chega ao segundo turno e até vence uma eleição. Por isso a esquerda tem que fazer uma análise muito precisa pra detectar quem é eleitor do Bolsonaro por se identificar com o pensamento abjeto dele e quem é eleitor de Bolsonaro como segunda opção com a tirada de Lula da eleição. Não pode tratar os dois do mesmo jeito. cometer o mesmo erro de Hillary que foi chamar os eleitores de Trump de deploráveis – pondo no mesmo balaio desde o supremacista branco até o que decidiu não votar por ver em Hillary a encarnação dum establishment político que não deu respostas ao drama econômico dos que se ferram com a desindustrialização dos EUA. O fenômeno que houve nas prévias democratas – que era o lema OU Bernie (Sanders) Ou que se exploda” pode se repetir aqui também – Ou Lula ou Anula ( e isso favorece os reacionários ). 

     

  11. infanto-senis

    Basicamente crianças de todas as idades, buscam agradrar ou impor a figura difusa de autoridade que recebem de sinais exteriores, como relações de forma hierarquicas.

  12. O eleitor de Bolsonaro e o reforço da vice
     

    Essa senhora, cuja qualificação nenhum adjetivo completa, foi “elogiada” pelo Bolsa e figura como possível candidata a vice na chapa dele.

    Ela é a heroina do povo e a esperança danação(danação mesmo), em dobradinha com o bolsa.

    Janaina e Bolsonaro, um relinchar afinado.

    [video:https://youtu.be/9QeAnl9FNhI%5D

     

  13. Convivo diariamente com
    Convivo diariamente com eleitores de bozonaro. Não os desprezo. Apenas sinto tristeza. Homem, jovem, 25-35 anos, evangélico, casado, segundo grau completo. Feliz da vida, dirige seu fiat palio ou VW gol, assiste o jornal nacional e na hora do café comenta que “político é tudo igual”, séjumoro é um herói nacional”, os “petistas são tudo ladrão” e a “culpa de tudo de ruim que aconteceu no Brasil é do PT”. As terças e quintas dá uma passada na smart fit, aos domingos vai no culto e depois almoça na casa da mamãe. Não consigo ter raiva, apenas sinto tristeza, muita tristeza.

  14. #

    A ignorância impera entre a massa.

    Basta verificar que Lula tem algo em torno de 34% de intenção de votos e Bolsonaro 17%. Sem Lula na disputa Bolsonaro sobe para algo em torno de 28%, o que significa que eleitores de Lula, não podendo votar nele, votam em Bolsonaro.

    A ignorância popular e o consequente desinteresse por política são os responsáveis por isso.

     

  15. Camisa de onze varas

    É inegável que Bolsonaro cativa uma parte significante do eleitorado. É será suícidio político deixar passar em branco as razões que promovem o crescimento de sua participação.

    Nos EUA parte do eleitorado LGBTQIA  esta com os conservadores, pois considera que a esquerda é oportunista!

    Como fenomeno de comunicação, atinge melhor e de maneira muito mais efetiva uma fatia que não pode ser desprezada da sociedade, muito melhor do que Dilma, que como governo e com todas as ferramentas que tinha a sua disposição, foi um total fracasso em termos de comunicação.

     

     

  16. A pesquisa apenas revela que

    A pesquisa apenas revela que o discurso dos reacionários foi comprado por aqueles que votam em Bolsonaro, só isso. Evidente que a esquerda cometeu erros quando no poder, sobretudo por não interagir com as periferias. É essencial ir além da ampliação dos direitos sociais. Não é suficiente suavizar um sistema  social injusto, é vital que o sistema seja substituído por outro que permita uma vida digna a todos.

  17. Certa estava a Marilena Chauí

    Certa estava a Marilena Chauí (argh!) quando dizia que o que estava acontecendo era uma ascensão da classe trabalhadora, e não o surgimento de uma nova classe média. Mas Lula quis ser marqueteiro e deu no que deu. Convenceu essa classe trabalhadora que ascendeu de que eles agora são classe média. A mentira colou. E quem se deu bem foi a direita.

    Embora tenha a “cultura a meia-entrada” entranhada em sua cultura, a população brasileira não é exatamente de esquerda. Portanto, a defesa explícita de bandeiras esquerdistas mais atrapalha do que ajuda. O brasileiro médio se sente oprimido com tanto gayzismo, feminazismo, cotismo, etc, etc, com a qual é perturbada incessantemente. Pode-se dizer que Bolsonaro dá ao cidadão comum a chance de se vingar da Rede Globo (e do monopólio da mídia como um todo), que unanimamente tentam lhe empurrar goela abaixo valores contrários aos seus. Por exemplo, a Rede Globo no momento não sabe falar de outro assunto que não seja a ideologia de gênero.
    Dada à índole tolerante do povo brasileiro, esse bombardeio nem seria um grande problema, apesar de muito chato. O que cansa mesmo é que não só tentam lhe empurrar outras posições, como também não param de demonizar as suas. Aguentaram calados por muito tempo, mas agora Bolsonaro lhes serve como válvula de escape.

    Só mais uma. Equivocado também estava Luiz Nassif, quando se demonstrava entusiasmado pelo acerto das tais “pautas focalizadas”, enquanto beirava o orgasmo ao nos contar o quanto sua filha adolescente é feminista. Pois é. Pois essas pautas focalizadas – ou melhor, interesses corporativos – também servem para alijar milhões. E assim a esquerda perde as ruas.

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