PF ainda não descarta coautoria em ataque a Bolsonaro, diz Jungmann

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Jungmann disse que o primeiro inquérito sobre a agressão a Bolsonaro deve ser concluído esta semana  – Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

da Agência Brasil

PF ainda não descarta coautoria em ataque a Bolsonaro, diz Jungmann

“Se necessário, abriremos uma segunda investigação”, afirma o ministro

Por Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil  Brasília

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reafirmou hoje (18) que a Polícia Federal (PF) deve concluir ainda nesta semana um primeiro inquérito sobre a agressão ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. Ele disse que, até o momento, nenhuma hipótese foi descartada sobre uma eventual coautoria do crime, por isso uma nova investigação poderá ser aberta.

Bolsonaro foi esfaqueado em 6 de setembro durante um ato de campanha na rua em Juiz de Fora (MG). O agressor, identificado como Adélio Bispo de Oliveira, foi preso e encontra-se numa penitenciária de Campo Grande (MS). Em depoimentos, ele diz ter agido sozinho.

“Não se descarta qualquer tipo, qualquer hipótese”, afirmou Jungmann ao ser questionado sobre a possibilidade de coautoria no crime. “Nós, se necessário, abriremos uma segunda investigação, um segundo inquérito, para apurar todo e qualquer indício. Se qualquer possiblidade de coautoria existir, evidentemente que vamos trazer a conhecimento de toda a sociedade”, disse em seguida.

O ministro, no entanto, não entrou em detalhes das investigações, afirmando apenas que “tudo isso tem que ser investigado, recursos, dinheiro na conta”. “Temos que dar uma resposta à opinião pública para que não paire nenhuma suspeita”, acrescentou.

Jungmann deu as declarações após reunião, nesta terça-feira, com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, da qual também participou o diretor-geral da PF, Rogério Galloro.

No encontro, foi discutido o incremento na segurança dos candidatos à Presidência. No momento, mais de 20 policiais federais integram o aparato que acompanha cada presidenciável.

Foi montado também um centro de inteligência para acompanhar todos os presidenciáveis em tempo real, que deverá ser inaugurando em breve em Brasília e passará a funcionar 24 horas durante sete dias antes do primeiro turno das eleições, que ocorre em 7 de outubro.

“Bancada do crime”

Além do incremento na segurança dos candidatos à Presidência, foi discutido no encontro o combate a candidaturas que estejam ligadas ao crime organizado, num esforço para impedir que ser forme, nas palavras de Jungmann, uma “bancada do crime” no Poder Legislativo federal e estadual.

Segundo o ministro, a PF realiza um pente-fino na vida pregressa de todos os candidatos, para todos os cargos, nas eleições deste ano. O objetivo é entregar ao TSE um dossiê com qualquer indício do envolvimento do crime organizado com a eleição.

“Estamos fazendo uma triagem e levantamento prévio de todos os candidatos e estamos cruzando todos os dados, fazendo um banco de dados”, disse Jungmann. “Não podemos permitir a formação de uma bancada do crime, e se por acaso eles vierem a se eleger nós precisamos cassá-los e puni-los”, acrescentou o ministro. Ele frisou, no entanto, que a PF somente fornecerá dados de inteligência ao TSE, a quem caberá dar qualquer tipo de consequência às informações.

Edição: Juliana Andrade
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

11 Comentários

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  1. Cansei deste

    Cansei deste troço…

    Inventar um petista coautor…

    Já cansei de gente que fala que nazismo é de esquerda…

    Que o homem não chegou a lua…

    Que a terra não é redonda…

    Tem acabar com pensamento porra-louca!

    Chega deste troço!

  2. Pedra cantada

    Essa é uma pedra cantada para as vésperas da eleições. Cabe acompanhamento de perto dessas investigações para evitar possível manipulação por factoide.

  3. Quem Matou Odete Roitman?

    Nassif: sem essa de coautoria, pura e simplória, como deseja o ministro. Ouse perguntar quem teria interesse em ferir ou mesmo matar o Candidato da Bala.

    Antes, analisemos, começando pelo tempo de propagando elitora. Com 6 segundo, mal daria para “meu nome é Bolsonaro”. Agora o candidato dispões, diariamente, de tempo superior a 60 minutos na propaganda indireta-direta.

    Depois, não podemos esquercer que ele e o seu vice são militares. E se o candidato foi expulso das ForçasArmadas, seu possível sucessor é ativo e muitissimo ligado aos atuais comandantes de 2 a 4 estrelas, nas tres modalidades da soldadesca.

    Qualquer pessoa com o mínimo de raciocínio pode deduzir que saindo o cabeça o piolho assume. Ainda, com a camisa ensanguentada do milico, clamando vingança nas urnas ou nas armas.

    Os Serviços de Inteligência, seja a do Jaburu, seja os das 3Armas, sem contar com a interferência de órgãos de inteligência de governos estrangeiros, seria capazes de criar e executar tais planos, com sucesso e maestria. Seja liquidando o cadidato, para que o vice assuma, seja só ferindo, para aumentar a propaganda política.

    Sei não se desses U$ 16mi apreendidos em Viracopos, vindo de um certo ditador africano, parte desembocasse pelo Caixa3 (esse nem dá corrupção, nem crime eleitoral) na campanha do Partido.

    E se desse jambu, tropas nas ruas, em defesa da Democracia…

    Acho que vão ficar siscando. E se não puderem, com uma delaçãozinha premiada (na megasena) do Bispo, incriminar as “forças socialistas”, esse caso vai ficar no limbo, como o assassinado da deputada  Edna Lott (1971), ou a eliminação de Juscelino. Os caras sabem fazer “serviço limpinho”.

  4. Quem mandou?

    Excelentíssimo Sr. Ministro, somente duas perguntas que lhe faço entre os dentes:

    QUEM MATOU MARIELLLE?

    QUEM MANDOU MATAR?

  5. Como se fosse o acaso

    Esta semana como se fosse o acaso aparece uma reportagem sobre Abilio Diniz. Aquele que foi sequestrado, e cujos sequestradores à véspera da eleição foram presos e expostos com camisas do PT, numa das maiores farsas eleitorais.

    Curiosamente nesta semana reapareceu uma reportagem falando do sequestro de Abílio Diniz. Como diz a madrasta do texto ruim, o que importa é criar o cenário o tal  framing.

    Sem dúvida veremos declarações Junguianas. Não menos por acaso esta semana Jungmamm se manifestou  insistindo na necessidade de investigar o imbroglio diplomático com a delegação da Guiné Equatorialoral, e em tom de , texto ruim,  sugere que tem que investigar  este dinheiro todo  pois estamos em época de eleições. Terminou jogando no ar a pergunta. A quem este dinheiro se destina?

    E assim de acaso em acaso me parecem que vão jogando no ar  pequenas manchetes para quiçá criar mais uma bala de prata.

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