SUDESTE: Os resultados das eleições a governadores e senadores

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Disputa acirrada pelo 2º turno em São Paulo, e em Minas, Dilma e Pimentel ficaram fora das eleições
 
 
Jornal GGN – São Paulo vai a segundo turno entre o ex-prefeito da capital, o tucano João Doria, com 31,7% dos votos válidos, contra 21,48% de Marcio França (PSB). A disputa ficou acirrada no segundo lugar, com uma diferença de 70 mil votos entre Marcio e Paulo Skaf, do MDB, que obteve 21,13%. 
 
Já os eleitores paulistas deixaram de fora do Senado o então líder das pesquisas, Eduardo Suplicy (PT), que obteve apenas 13% dos votos, ficando em terceiro lugar, dando lugar ao Major Olimpio (PSL), com 25,8% e Mara Gabrilli (PSDB), com 18,6%.
 
O resultado surpreendente se deu no Rio de Janeiro, aonde o candidato Wilson Witzel (PSC), que até então estava brigando um empate para o segundo turno com o senador Romário (Podemos), na casa dos 17% de intenções de votos, obteve a liderança de 41,25% dos votos válidos.
 
A quantidade de votos marca uma diferença grande com o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), com 19,5% dos votos válidos, contra quem disputará no segundo turno. Romário (PSOL) ainda ficou em quarto lugar, com 8,7% atrás de Tarcício Motta, do PSOL, com 10,7%.
 
O ex-juiz Wilson Witzel, do PSC, que obteve a maior quantidade de votos, disparou nos últimos dias, depois que começou a fazer campanha ao lado do filho do Bolsonaro, o candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL).
 
O filho do candidato da extrema-direita, por sua vez, também garantiu a vitória no Senado, com 31% dos votos, seguido de Arolde de Oliveira (PSD), com %. Lingbergh Farias, do PT, ficou em quarto lugar e, portanto, fora do Senado.
 
Minas Gerais também trouxe o “efeito Bolsonaro” para o resultado da disputa ao governo do Estado, retirando da disputa Fernando Pimentel (PT). A última pesquisa Datafolha para Minas marcava o confronto entre Anastasia e Pimentel. O até então desconhecido candidato Romeu Zema (Novo) obteve a liderança com 43% dos votos, indo ao segundo turno contra Antonio Anastasia (PSDB), que angariou 29%.
 
Romeu é empresário, dono do bilionário Grupo Zema, rede de eletrodomésticos e móveis em Minas e disparou nos últimos dias, após declarar apoio a Jair Bolsonaro (PSL) nos atos de campanha desta semana. Pimentel obteve a votação de 22,8% dos eleitores, mas não suficiente para passar ao segundo turno.
 
Outra surpresa contra as pesquisas eleitorais, Dilma Rousseff (PT) que era a líder ficou em quarto lugar, com 15,21%. A vitória para o Senado por Minas foi para o jornalista Carlos Viana (PHS) e Rodrigo Pacheco (DEM), que até então estavam empatados em segundo turno, mas foram eleitos com 20,3% e 20,5%, respectivamente.
 
No Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) foi eleito em primeiro turno, conforme previsto pelas últimas pesquisas eleitorais, com 55,49% dos votos válidos. 
 
Já para o Senado, a expectativa era de que Magno Malta (PR) conseguisse a reeleição, o que não se concretizou, porque ficou atrás de Marcos do Val (PPS), que obteve 24,08% dos votos. Na liderança, Fabiano Contarato (Rede) garante a outra vaga no Senado.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Devemos reconhecer o óbvio: a

    Devemos reconhecer o óbvio: a mídia conseguiu impor em brasa a “Marca de Caim” no PT…
    Para retirá-la uns 30 anos, pelo menos…

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