Câmara debate inserção do carvão na matriz energética do país

Jornal GGN – A Câmara dos Deputados vai debater, a partir da próxima semana, a inserção do carvão mineral na matriz energética brasileira. De acordo com dados de 2012 do BEN  (Balanço Energético Nacional), pelo menos 42% dos recursos energéticos do país são de carvão, taxa que, segundo o deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB), que requereu a audiência, o leva a ter a mesma importância do petróleo.

Para o autor do requerimento, os números de produção industrial de carvão mineral justificam o estabelecimento de um novo nicho de mercado para esse tipo de mineral. O parlamentar defende a adoção de políticas públicas que incentivem a produção de carvão de forma eficiente para alimentar a indústria nacional.

“Essas tendências apontam a possibilidade de expandir e consolidar a indústria de carvão no Brasil e, para isso, é necessário estabelecer uma política industrial para o carvão no Brasil. Por isso, precisamos propor medidas de política que permitam maior adequação do uso do carvão à operação eficiente e sustentável das unidades do setor e que, como consequência, induzam maior utilização do carvão mineral produzido no país”, disse.

Além dos deputados, participam da audiência pública representantes do Executivo, entre eles o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann; o diretor do ONS (Operador Nacional do Sistema), Hermes Chipp; o diretor geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino e o presidente da Apine (Associação dos Produtores Independentes de Energia), Luiz Fernando Leone Vianna.

Outros nomes também confirmados são de associações e representantes do próprio setor, como o diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim; o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan; o presidente da Frente Parlamentar do Carvão Mineral, o deputado Afonso Hamm, e o consultor Eduardo Guimarães.

Com informações da Agência Câmara.

Redação

8 Comentários

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  1. Se veio da camara dos

    Se veio da camara dos deputados, eh muito mais provavel que minas de carvao brasileiras trocaram de maos nos ultimos dias.

    Alguem saberia quem comprou o que e de quem?

    Nao vai dar outra.

    1. Só se fosse burro para

      Só se fosse burro para comprar o carvão de pior qualidade do mundo…com a maior  taxa de enxofre disparado e menor capacidade calorífica.

      Carvão tem no mundo todo. O do Brasil só é pior que o dos outros.

      Agora Urânio…. já são outros 500.

  2. O sul de Santa Catarina e o

    O sul de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul aprova a iniciativa. Carvao Mineral Energia Nacional!

    Sou da regiao carbonifera catarinense e conheco como ninguem os problemas que a mineracao de carvao trouxe para o meio ambiente e a saude das pessoas (quem conviveu no meio da pirita sabe do que estou falando). A chuva acida destruiu muitas paraisos como Imbituba que so’ agora esta se recuperando. Mas tambem reconheco a grande riqueza que ela trouxe para todas as classes sociais da regiao, tanto que  e’ notavel num Brasil onde os negros a existencia de um “burguesia” negra na regiao de Criciuma. Pode parecer romantico, mas e’ assim em todas as cidades mineiras de todo o mundo, mineiro nao tem nada a perder, o fato de as pessoas se sentirem iguais, italianos, negros, polacos, alemaes e “brasilianes”, desciam as minas se despedindo da familia sem saber se voltariam (dado a inseguranca total que existia nos anos 60s), todas as cores desciam as minas e voltavam todos pretos com suas lanternas para tomar uma cachaca no bar do bairro. Conheci varios desse herois. Era comum na minha infancia a cidade parar por dois ou tres dias para resgatar mineiros por que tinha desabado ou explodido uma mina, era comovente ver as mulheres e as criancas na boca da mina esperando o resgate do marido e do pai.

    Hoje com as tecnologias desenvolvidas (principalmente nos USA)  e’ plenamente viavel (ter cuidade e’ essencial) explorar o setor, tem muito carvao para se tirar no sul de SC e na regiao de Candiota no RS. 

     

     

     

  3. Ronaldo Benedet é original de

    Ronaldo Benedet é original de Criciuma a Capital do Carvão, que tem um raio de influencia de vários municipios. Itajaí atualmente é a segunda cidade de Santa Catarina em arrecadação de ICMS, e a uns 10 anos atrás, no máximo, Itajai tinha um Deputado Estadual, enquanto Criciuma tinha 5 Deputados Estaduais, um Secretario do Estado, e o Vice Governador . . . . o poder do carvão é grande, até nao sei porque ficou tanto tempo em segundo plano, talvez tenha sido pela onda ecológica, a par de sua necessidade.

  4. Energia nunca é demais.
    Temos

    Energia nunca é demais.

    Temos que baratear nossa matriz energética, como o ‘grinpici’  eo MP provoca atrasos na exploração das hidrelétricas, o carvão pode contribuir bastante na diminuição do risco energético.

     

    1. BAratear:
      E as despesas do

      BAratear:

      E as despesas do SUS? E as vítimas?

      Sabe qual o número estimado de mortes APENAS na Europa ligadas a geração a carvão?

      100.000 pessoas POR ANO!

       

      mAS LÓGICO, o negócio é baratear. Quem vai morrer é só pobre mesmo…

  5. Parece-me mais uma notícia

    Parece-me mais uma notícia plantada por lobistas.

    A questão estratégica, segurança energética, saúde pública, meio ambiente são secundárias neste caso.

    O que supostamente tiver de “bom” exalta-se.

    O que tiver de real e maléfico, seja para economia, seja para o maio ambiente e saude, ignora-se e deixa na mão da Viúva para resolver.

    Todos sabem que o carvão brasileiro e um lixo: Alto teor de enxofre (daí o Ledour falou da pirita), muita água e consequentemente, baixo poder calorífico. Sem contar que ambientalmente, muito mais agressivo que o próprio petróleo.

    Se aumentar a participação do carvão na matriz energética, tem de ser importado e não da formação Irati.

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