Gás da Venezuela pode ser solução para crise energética estrutural

Por Motta Araujo

GÁS DA VENEZUELA É A SOLUÇÃO – O Brasil se aproxima de uma mega crise de energia, crise estrutural que não se resolverá facilmente. As necessidades do país são de 85.000 MW ano e crescem à razão de 6.000 MW anuais, isso com um incremento medíocre de PIB. Como todos sabem o consumo de energia elétrica é de certo modo independente do crescimento do PIB e aumenta muito mais que o PIB.

A solução do modal mais barato, a energia hídrica,  está limitada pela barreira ambientalista, no Brasil exasperada pela burocracia. A solução de usinas a fio d´agua é a pior possivel, a mais cara e a menos segura, instala-se 11.000 MW como em Belo Monte para um uso médio anual de 4.500 MW, quer dizer que mais da metade do investimento é desperdiçado quando cai a vazão do rio, é inseguro porque depende do regime de águas correntes, não há estoque de água.

A solução térmica a gás está limitada pela disponibilidade de gás, que é insuficiente na produção doméstica, fazendo o país depender da importação de GNL já que o Transbol está limitado a 29 milhões dia, o gasoduto poderia ser duplicado com custo bem mais baixo do que a implantação porque o leito dos dutos já está pronto mas a Bolívia deixou de ser um fornecedor confiável graças à politica externa brasileira que não tem mais nenhuma influência naquele país.

Mas há uma imensa reserva de gás na Venezuela capaz de suprir todas as necessidades brasileiras. A Venezuela é nossa sócia no Mercosul, uma situação mais segura do que País sem acordo com o Brasil.

Entre as dez maiores reservas o planeta, a da Venezuela é a 8ª, com 5,563 trilhões de metros cúbicos. Um gasoduto do Orinoco a São Paulo é obra cara, em torno de US$27 bilhões, é ideia antiga, Hugo Chavez sempre falava nisso.

Para a Venezuela o Brasil seria um mercado fantástico, único. O gás tem uma geopolítica muito diferente do petróleo, o cliente precisa estar próximo e precisa usar o gás continuamente , é muito melhor que o cliente de GNL.

A exportação em larga escala só é possivel via dutos, o GNL que vai por navio triplica o preço pelos custos de liquefação, transporte em navios muito caros e regaisefação. É a razão dos altíssimos custos atuais da térmicas, a Petrobras precisa importar mais de um terço do consumo brasileiro por via marítima, regaseificando em Pecém no Ceará e no litoral do Espírito Santo em usinas-navio de aluguel caríssimo.

O gasoduto Orinoco-São Paulo teria mercado certo, o custo é alto mas não impossível, valeria a pena um projeto básico já. Há o problema do risco Venezuela que hoje impede o funding para um projeto dessa magnitude.

Um modelo que poderia viabilizar seria o de uma corporação binacional tipo Itaipu, seria ela tomadora dos recursos com garantia de PPA da Petrobras e dos grandes consumidores paulistas. É um projeto ousado mas de interesse dos dois países. Dentre todos os tipos de térmicas, as a gás são as mais eficientes e menos poluentes, desde que tenham suprimento por gasoduto. A Petrobras tem larga experiência com esse transporte, tanto na construção como na operação.

Há o problema ambiental mas gasodutos, tal qual ferrovias, são estradas limpas, com pequena perturbação da floresta. É preciso uma nova equação entre meio ambiente e energia.

A atual equação impede o Brasil de ter usinas de reservatórios o que a longo prazo causa mais dano porque com fio d´agua precisa-se fazer duas usinas e meia no lugar de uma.

Os organismos ambientais brasileiros operam no modelo do “”ideal”” que é quase sempre impossível. Há que se aprovar e com prazo definido modelos “possíveis”, os orgãos ambientais não podem gastar 5 anos para examinar um projeto e depois dizer não. O Brasil não tem mais esse tempo para perder.

Redação

108 Comentários

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  1. Boa visão

    Andy, comentário excelente.

    Mas tem certeza que vc é a favor de dar dinheiro para os bolivarianos?

    Gracejos a parte, o comentário toca em dois pontos extremamente importantes:

    a) Como nossa legislação ambiental, parcial e aparelhada, pode ser usada como um freio , uma verdadeira ancora, às necesidades do Brasil . Quando o comentarista nos fala no modo “ideal” põe não só um mas dois dedos na ferida aberta. As usinas a fio d’água são o melhor exemplo desta situação tenebrosa.

    b) Os proveitos para o Brasil da integração sulamericana,  neste caso no setor energético , e as vantagens de integrar de fato a Venezuela ao Mercosul  de forma maiúscula. Interessante como nesse ponto Andy acaba convergindo como Embaixador Pinheiro Guimarães.

    1. Meu caro, 90% desse gasoduto

      Meu caro, 90% desse gasoduto Venezuel Brasil estaria em territorio brasileiro e a mesma proporção dos custos seria despendida dentro do Brasil. Mas e se a Venezuela suspendesse o fornecimento, como Morales ameaçou?

      Gas é diferente de petroleo, não há flexibilidade de mercado, porisso o cliente na outra ponta do gasoduto pode ser mais duro, fazer aquilo que o Brasil NÃO FEZ com a Bolivia, porque a ordem de Lula-Marco Aurelio era DAR TUDO O QUE MORALES PEDISSE e assim foi feito, eles se pelam de medo do Morales, que rasgou tratados e acordos e pedi pelo gas um preço absurdo que o Brasil aceitou, com a consequencia que a industria paulista trocou o gas boliviano por oleo pesado, o gas boliviano ficou não competitivo para o cliente industrial, foi desviado para as termicas que pagam o achaque porque no fim da linha é o Governo federal quem paga.

      A Venezuela com qualquer regime teria o maximo interesse em despachar gas para o Brasil  porque o gasoduto faz cativo o cliente mas muito mais o fornecedor.

      Se o Brasil endurecesse com a Bolivia em 2005 Morales não teria saida, porque a receita que o Brasil paga pelo gás é a maior fonte de divisas da Bolivia, eles não podem ficar sem esse dinheiro, ELES SIMPLESMENTE NÃO TEM PARA QUEM VENDER O GAS, não tem usinas de liquefação e nem porto para embarcar o GNL. O Brasil cedeu porque quis.

  2. André, belo post!

    Agora, sobre as hidrelétricas de fio-d’água a decisão é fruto direto de pressões muito fortes vindo de fora via ONG’s com motivos nem sempre muito bonitos. Só se lembrar da visita paga pela Greenpeace do Cameron diretor de cinema do filme “Avatar” para xingar o estado brasileiro em belas fotos no meio de indios bem vestidos de índios. Eu me lembro muito bem do jubilo de alguns “jornalistas” de nossa mídia repetindo as críticas do tal Cameron; não vou citar nomes por que eles não merecem ser lembrados já que só obedeciam ás ordens do patrão.

    Ninguém na mídia “brasileira” lembrou que o tal Cameron é canadense, sim ele é citadão deste pais que tem uma produção altíssima de energia hidrelétrica que ela exporta para os EUA, seja diretamente, seja via produtos com altíssima carga energética (alumínio, polpa mecânica etc…). E todas as usinas que visitei eram de reservatórios, alguns imensos, nenhuma de fio-d’ água…

    Alias vi recentemente na TV5 de língua francesa uma linda reportagem sobre os estragos que a usina de Belo Monte faz a estes lindos índios e ribeirinhos da Amazônia brasileira: um dos sponsor era uma tal de AREVA, fabricante francesa de … equipamentos para usinas nucleares” Business is business!

    1. Meu caro Lionel, nenhum

      Meu caro Lionel, nenhum governo pode ter sua politica energitica pautada pelo estrangeiro. O Governo militar tão achincalhado aqui construiu uma mega usina na Amazonia, a de Tucurui com 8.370 MW, a maior usina em territorio brasileiro, nunca tomou conhecimento de pressão de ONGs ambientalistas que já existiam e eram fortes.

      Veja a ironia, a esquerdolandia diz que hoje o Brasil não se submete a pressões e é independente dos EUA, bla, bla, etc.

      Mas não faz usinas com reservatorios por causa dessas pressões.

      O regime militar, citado como tittere dos EUA, não se submetia a pressões internacionais e tomava decisões exclusivamente no interesse nacional.

      Não é engraçada a diferença entre a realidade e o discurso retorico?

      1. É que a ditadura militar não

        É que a ditadura militar não era uma democracia. Hoje por força das leis (e não de pressões externas) o governo tem que respeitar realidades locais e justificar plenamente o impacto de cada planta de geração de energia. Não pode sair cometendo genocídio para impor sua obra e nem matar o jornalista que denunciar o crime.

        Outro tempos…

  3.  As necessidades são de 85

     As necessidades são de 85 Gw/ano e crescem a razão de 6 Gw/ ano. E os dados atuais sobre a oferta ?

    A construção deste gasoduto é interessante, mas uma obra dessa magnitude demoraria e muito para ser realizada. Ele teria mesmo que vir até Sao Paulo ? E se em um primeiro momento fosse só até o nordeste ?

    Se ocorrer mesmo essa tal crise energética o Governo Dilma estará arruinado para sempre, talvez mais do que o Governo FHC, que era leito no assunto, ao contrário de Dilma, que é da área.

    1. Um gasoduto da Venezuela até

      Um gasoduto da Venezuela até o sudeste para trazer gás com objetivo de produzir energia elétrica seria desnecessário. Se for o caso pode ser feito um gasoduto até um estado da região norte, mais próxima da Venezuela, onde podem ser instaladas as termelétricas. Como o sistema de distribuição brasileiro é integrado nacionalmente a energia pode chegar ao sudeste pelas linhas de transmissão interligadas.

      Se fosse para transportar o gás para o sudeste acho que o transporte por navio na forma de GNL (gás liquefeito) seria mais viável.

      Não acredito em crise energética, todos os relatórios e dados que eu consegui obter desautorizam essa campanha midiática, inclusive apontando para uma situação melhor que a do ano passado, quando a mesmíssima previsão catastrofista mostrou-se uma grossa mentira.

      Mas é de se notr que os oposicionistas estão fazendo a dança da chuva ao contrário (dança da seca?) na esperança de obter um alento para suas candidaturas tão sem rumo.

      1. Meu caro Ruy, a sua ideia tem

        Meu caro Ruy, a sua ideia tem logica mas há impecilhos.

        1.A construção de uma grande termo a gás no extremo norte é dificilima pela logistica dos materiais e turbinas.

        Uma termo a gás custa cerca de 2 milhões de dolares por MW, uma de 600, que é o padrão das grandes, custaria em São Paulo US$1,2 bilhão, no norte do Pais custaria bem mais por causa dos custos de transporte dos equipamentos, pessoal que teria que vir do Sul, etc.

        3.Uma usina no extremo norte vai exigir nova linha de transmissão, que tambem tem alto custo.

        4.Uma usina em São Paulo ou Rio pode usar gas da Venezuela ou se este faltar por qualquer motivo, pode operar com GNL importado de qualquer lugar, no extremo norte precisaria ser construida uma suina de regaseificação do GNL.

        5.Transportar via navio já fazmos, custo o triplo de um gas de gasoduto.

        1. Motta,
          Mesmo assim o custo de

          Motta,

          Mesmo assim o custo de uma usina a gás no norte é quase 25 vezes menor que um gasoduto até São Paulo pelas suas próprias estimativas. E ficaria pronto bem antes.

          As linhas de transmissão não precisam chegar até o Sudeste. Basta que se interliguem a outras do sistema e qualquer investimento adicional para aumentar a carga dessas linhas é diluído na necessidade de suprir o crescimento vegetativo da demanda.

  4. Há algumas omissões nessa
    Há algumas omissões nessa análise, mas abre uma linha de debate.
    Em primeiro lugar, geramos hoje 140 mil MW e consumimos 80 mil MW. Temos folga de geração até 2018, mesmo com atrasos nas hidrelétricas e hoje até estamos preservando os lagos no sul-sudeste exatamente por causa da escassez de chuvas.
    Investir 27 bilhões num único gasoduto ligando Venezuela a Sao Paulo não parece nada viável. Com esse dinheiro se constroem ao menos duas grandes hidrelétricas e se passa pelos mesmos entraves ambientais. E o resultado final também será igualmente diminuir a dependência das termicas.
    A Bolívia é um país autônomo e deve ser respeitado. O acordo comercial que permitiu o gasoduto Brasil-Bolívia foi feito para beneficiar a norte-americana Eron e não a Bolívia. Quando a Eron faliu e Evo ascendeu ao governo o beneficiário da venda do gás mudou.

      1. É a capacidade máxima hoje
        É a capacidade máxima hoje instalada e conectada ao sistema. Se ligar tudo de uma vez temos 140 GW. Por isso tivemos um aumento recorde de consumo em janeiro de 11% e o sistema aguentou. E ainda incluimos finalmente Manaus ao sistema com novas linhas de transmissão e o impacto de mais 30% no consumo foi absorvido sem problemas. Com a entrada de Giral, Belo Monte e dos Parques eolicos pendentes a folga na geração será ainda maior e as termicas serão menos usadas.

        1. Manaus

          Não podemos esquecer do impacto do uso de gás extraido nas proximidades (como o do campo de Silves) na composição da matriz energética local para Manaus e cercanias. E como o uso de soluções semelhantes na região Norte e mesmo no Sudeste (como a utilização das novas reservas de descoberta recente em Minas Gerais) podem ajudar a diminuir os impactos do crescimento (necessário) do uso de energia e dos benefícios econômicos e sociais que advem deste.

          1. Athos, estou falando de
            Athos, estou falando de capacidade instalada mesmo. O que nos permite ter alternativa energética prontamente disponível se uma delas falhar. É claro que não precisamos ligar tudo nem na pior hipótese e nem teríamos como suportar tanta carga simultânea. Mas esse cenário não existe. Apenas estou demonstrando que temos sobra de geração.
            Se você quer complementar o que eu disse seja específico e espinha claramente seus argumentos como eu fiz. Não me peça para completar o que você ainda não disse.

          2. Eu entendi o que vc está

            Eu entendi o que vc está falando.

            Vc está incorreto. Só isso.

             

            A explicação está num comentário meu em algum lugar acima.

            Ou melhor, está no comentário que inicia por um delicado: Amigo, vc está maluco?

          3. Athos,
            É claro que estamos

            Athos,

            É claro que estamos falando de capacidade máxima extrema hipotética e etc… A folga a que me refiro não é de energia efetiva, mas de MARGEM DE MANOBRA para manter o sistema funcionando. Se tivermos de desligar a maioria das hidrelétricas (como estamos fazendo hoje) o país não apaga porque temos capacidade térmica para manter a geração..

            Agradeço sinceramente o preciosismo técnico. Abstive-me dele para deixar claro que NÃO HÁ risco de falta de energia ou racionamento. Se você acredita no contrário poderia dizer isso também claramente. A diferença entre capacidade instalada e efetiva não é suficiente para derrubar essa minha afirmação. Pelo contrário, o fato de estarmos vivendo recordes de consumo numa estiagem fora de época e ainda termos o abastecimento normalizado indica que o sistema está trabalhando com folga e que as alternativas de contenção são suficientes. Como os períodos de pico de consumo devem estar caindo agora, qualquer risco hipotético fica igualmente menos provável.

             

          4. Jaime, ótimo seu comentário

            Jaime, ótimo seu comentário mas permita-me discordar mais uma vez.

             

            As térmicas foram construídas para operarem no inverno, quando a geração hídrica é reduzida ou quando houver uma seca, coisa que estamos vendo hoje.

            Ou melhor, foram cosntruídas para gerar quando houver necessidade  porém ninguém nunca imaginou que estariam todas ligadas em pleno período de chuvas. 

             

            Essa é a lógica do sistema. No peíodo de secas, caso haja necessidade, vc liga as térmicas e paga de R$400 a R$1000 o MW/h ao invés de pagar R$100 de hídricas. Caso haja necessidade porque, como vc pode observar pelas tarifas, há uma CONTA a ser paga. Há um custo pela ligação das térmicas e é pesadíssimo. São bilhões jogados fora e ainda ficamos com a matriz mais suja.

            Porém, as térmicas estão TODAS ligadas hoje. Estão ligadas hoje porque HOJE a geração hídrica está reduzida. Assim como no inverno.

            Então, quando o inverno chegar… vamos tirar de onde? Da cartola?(eu não resisto, espero que compreenda)

             

            Hoje, os reservatórios deveriam estar acima de 80% para quando chegar o período de seca, gerar pouco mas… gerar.

            Desta conta que vem o fator de capacidade de uma hídrica. Gera 90 ou 100% hoje e metade ou menos quando tem menos água. MAs estamos gerando metade hoje.

            E o seu próprio comentário explica pois a margem de manobra no Brasil tem nome e chama-se térmicas. Estão todas ligadas.

             

          5. Estamos chegando a um

            Estamos chegando a um consenso, Athos.

            Pelo o que eu saiba, com base no que diz o ministério e o ONS, as hidrelétricas estão praticamente paradas para preservar seus reservatórios para a estiagem. Não tive acesso aos níveis atuais, mas creio que não estão cheios, mas também se mantem acima da metade, já que também não estavam vazios antes (os reservatóros suportam um período normal de estiagem com folga).

            Isso significa que poderemos usar as hidrelétricas no inverno. Mas mesmo assim elas não são suficientes para segurar da demanda alta com boa margem de segurança para o futuro e é muito provável que as térmicas fiquem ligadas o ano todo, nem que seja para garantir o abastecimento.

            O fato concreto é que TEMOS CAPACIDADE DE GERAÇÃO PARA SUPRIR DA DEMANDA. Não estou colocando se é mais limpa, mais suja, mais cara ou mais barata. Estou colocando que EXISTE esse patrimônio e ele serve para isso mesmo. Inclusive para ser usado como alternativa aos atrasos nas soluções mais baratas.

            Pragmaticamente não há nada que impeça as térmicas de ficarem ligadas o ano todo (exceto as paradas obrigatórias após 8 mil horas ininterruptas, mas isso é uma daquelas preciosidades técnicas que discordamos se merecem mesmo entrar em discussão aqui). 

            O problema é mesmo o custo que é mesmo 10 vezes maior que a energia hídrica. Mas a sociedade escolheu esse caminho quando apoia limitações à geração hidrelétrica ignorando o custo e a poluição incomensuravelmente maior da queima de diesel e gás.

            Se não me engano está previsto gastar mais 6,9 bilhões este ano para queimar combustível fóssil. Um absurdo? Sim. Será pago? Sim. Por quê? Porque é o que temos disponível e o custo para a economia de um racionamento seria 10 vezes maior que esse (uns 700 bilhões ou até 1/2 PIB).

            Quem olhar o crescimento anual da demanda verá que há muito já se abandonou a ideia de usar as termoelétricas só na estiagem. Pelo contrário, passou-se a construi-las exatamente para suprir demandas permanentes no Norte e Nordeste enquanto não se resolvem os impasses sociais e ambientais de novas e grandes hidrelétricas. Mesmo a inversão de alimentar o sul do país com térmicas nordestinas não é surpresa: a construção das hidrelétricas num prazo normal já não acompanharia o aumento da demanda no período. E ainda tem as linhas de transmissão que sofrem os mesmos embargos ambientais.

            Mesmo obras prontas, como as usinas de Santo Antonio e Jirau, no Acre, vão demorar até 2016 para alcançar a capacidade máxima e entregar quase 10 mil MW ao sistema. Isso significa que dependeremos das térmicas por muitos anos ainda… e por muito mais tempo ainda se não construirmos ao menos mais umas 5 hidrelétricas grandes na região Norte.

          6. Não fosse a estratégia do

            Não fosse a estratégia do Pedro Parente ter iniciado este processo das térmicas e estaríamos muito pior. 

            Eu acho que não vai faltar energia, mas provavelmente haverá um racionamento ou campanha de melhor utilização da energia (que deveria ser permanente!) mais pelo crescimento medíocre da economia do que pela incapacidade gerencial da Gerenta, que é grande.

          7. … do Pedro Parente … hehe

            Que estratégia, cara-pálida (de pau-marfim)?

            Mera ação emergencial de quem passou 8 anos sem estratégia alguma e ficamos quase um ano em racionamento!

            A “estratégia” foi racionar o consumo, meter o pau no bolso do consumidor com multas, fazer a festa das concessionárias e de fornecedores e operadores termelétricos em um sistema privatizado.

            Essa foi a “estratéRgia”…

          8. A decisão de construir as

            A decisão de construir as primeiras 14 térmicas foi tomada no Governo FHC pelo Ministro Pedro Parente. Se fosse um mau executivo não teria sido contratado pela Bunge Corporation para ser seu CEO no Brasil.

          9. A boa decisão seria cosntruir

            A boa decisão seria cosntruir isso antes do racionamento.

            O que ele fez foi o óbvio que qualquer idiota faria.

             

            Abraço

          10. Desde quando construir

            Desde quando construir termoelétricas a toque de caixa depois de 8 anos no governo é sinônimo de eficiência. É desespero somente. Coisa de mau gestor mesmo. Não sofremos desastre nenhum para justificar essa ação, pelo contrário, o Apagão de FHC ocorreu simplesmente porque o Brasil finalmente cresceu 2 pontos. 

            O Pedro Parente, junto com FHC, Serra e o resto do PSDB tiveram que enterrar o crescimento do Brasil pela fé cega no liberalismo e a ogeriza de investir dinheiro público para financiar esse crescimento.

          11. Jaime, ontem eu havia escrito

            Jaime, ontem eu havia escrito uma resposta ao seu comentário mas sem querer atualizei a página e perdi tudo. 

             

            Bom, agora que já estou almoçado, vamos ver se me lembro dos pontos de discordância. Pelo que me lembro eram 4. Espero me recordar de todos enquanto escrevo.

             

            O primeiro ponto, o hídrico.

            As hídricas não estão paradas, muito pelo contrário. Estão gerando o que podem. Certamente contingenciando…as que podem. Depois, Fevereiro que  é o mês que cai a chuva… choveu 48% da média histórica.

            Não sei se vc viu ontem,a GloboNews e O Globo divulgaram um percentual que é o risco de RACIONAMENTO do sistema. Este risco não é encontrado no ar. É uma fórmula matemática. quem calculou foi a PSR mas qualquer um pode calcular usando a fórmula.

            Um número que vc pode gerenciar sem acender a luz vermelha é de 5%. Durante o apagão do FHC foi de 12%. Muito bem, o número divulgado foi de 17%.

            Calma que tem mais. Estes 17% foram calculados SEM FEVEREIRO. Logo acima eu citei o que choveu em fevereiro a metade do esperado no mês que historicamente é o mais importante. Daí vc conclui se aumentou ou diminuiu o risco.

            Aí me vem o Governo dizer que o número na verdade é ZERO. rsrsrsrs, mentir é feio demais. Todo mundo está vendo. O Mercado todo esta vendo. Assim vc perde credibilidade.

            Por estas e outras, quem chama atenção para problemas, quem discorda, vira inimigo do Governo. Aparentemente este é o “estilo” deste Governo.

            Se vc pegar um revolver, colocar uma bala dentro, rodar a roleta de der um tiro na cabeça. A sua chance de sobrevivência é maior que o risco de racionamento. Estamos pior que uma roleta russa.

             

            Ponto 2 O pragmatismo das térmicas

            Meu amigo Jaime, vc não tem idéia da qualidade do parque térmico brasileiro. 

            4 meses atrás, um  motor Wartsila explodiu. Motor último tipo. Novidade.

            Tivemos uma planta FECHADA pela Polícia Federal ano passado. Fechada!

            Diversos outros problemas. Tem planta que vai quebrar. Está la funcionando mas vai quebrar porque foi pensada(no leilão) para ser planta que não roda. Se rodar, não paga o combustível. Quando quebrar, o que acontece?

            Então, o parque térmico não é esta Brastemp toda não. Não está rodando liso, tranquilo.

             

            Ponto 3 O custo

            O custo não é apenas 10 vezes maior. É muito maior que isso porque uma vez paga a geração hídrica vai gerar a R$40. E a térmica vai fazer outro contrato pelo mesmo preço,… se fizer…, se ainda tiver motor depois de 25 anos… se um monte de coisa.

            Esse número de R$6.9bi é discurso do Matega. Ele fez a conta com o preço a 300 ou 400 mas estamos em 800, 1000. Vai ser 200% maior que este valor, ok. Não será inferior a R$20bi.

             

            Ponto 4 Térmicas na Base

            Térmicas ja estão na base há tempo, isso é verdade. Mas, houve uma discussão na sociedade? Eu não me lembro!

            Elas estão na base porque O Governo, a Dilma, resolveu que R$120 era caro pra eólica. Nâo lembra? Não lembra?

            Então, contratou pouco e quando teve MALANDRO vencendo leilão a R$88 O Governo ficou todo proza. – Ta vendo como eu tinha razão?

            Bom, aonde está a planta a R$88? Cade ela? Eu mesmo respondo. Não será construída.

            Então, temos térmicas na Base porque O Governo, A Dilma, não quis pagar R$20 a mais ´para eólicas. Poderia ser tudo eólica e ja estar pronto.

             

            Ponto 5 O último parágrafo

            Quer mesmo construir 5 hidros grandes no Norte a fio? Tem certeza?

            Com esta incerteza toda, tem certeza? Com índio invadindo canteiro, com MST, com licença ambiental. Tem certeza?

            Não seria melhor 30 nucleares? Não seria mais fácil… e seguro… e do interesse do país?

             

            Para concluir, ainda tem muita coisa não abordada por vc em seu comentário.

            As distribuidoras estão comprando a R$800. Não há dinheiro que pague isso. O mercado é efeito dominó. Se quebrar uma, todas quebram. Então já viu o tamanho da pica.

            Elas se reunem semanalmente com o Lobão.

            O cara do governo na ONS…. aposto que tem o cel da Dilma. Aposto o que quiser!

             

            E tem muito mais ainda por falar que eu mesmo não disse.

            Não é que nós teremos racionamento. NÓS JÁ ESTAMOS EM RACIONAMENTO.

            Porque tem indústria que vai FECHAR as portas porque não pode pagar isso.

            Eu não sei o nome que se da quando indústrias fecham as portas mas se não for racionamento é o que?

             

            Abraço

          12. Vi em outros comentários que

            Vi em outros comentários que você agora tá pregando racionamento de energia já em agosto agora. Se não houver racionamento dirão que é porque choveu ou porque o governo está usando térmicas ou porque está trabalhando além do limite. Mas nunca dirão que exageraram ou que o governo tinha razão e falava a verdade.

            Que estamos abaixo do limite ideal de segurança não duvido, afinal não há sistema dimensionado para absorver aumento de consumo de mais de 10% acima do previsto sem traumas. 

            Por outro lado não é um sistema sem investimentos como tínhamos com FHC, pelo contrário, há plantas sendo ativadas e integradas ao sistema a cada trimestre, em média. Há 17 hidrelétricas em construção HOJE e nada menos que 86 projetos encaminhados (em fase de licitação, ambiental, financiamento…). Os entraves ambientais e indígenas atrasam e aumentam os custos, sim, mas nunca impediram uma hidrelétrica de ser construída porque a legislação é favorável a esse empreendimento. Não existe esse negócio de mudar a matriz energética por medo do ativismo ambiental, principalmente quando o gestor olha a perspectiva depender das térmicas para sempre.

            Já disse que vamos queimar tanto diesel quando for necessário para manter o consumo. O custo de um racionamento é muito maior do que o das térmicas. Não estou falando de peso polítco, mas de choque econômico e social. 

            Em setembro a gente conversa. Eu não apostaria num índice negativo que a GloboNews se esforçou sobremaneira para conseguir, tanto quanto se esforça para esconder qualquer fato que não corrobore a tese de racionamento. Li uma matéria da Folha que dizia que “40% das obras de energia estão atrasadas”, o que, em outras palavras quer dizer que mais da metade das obras estão EM DIA. Quantas tem atrasos de apenas alguns meses e quantas estão realmente atrasadas em anos? E por quê? Problemas de gestão do governo, financiamnto ou do ativismo ambiental?

             

          13. Isso tudo é verdade. Seus

            Isso tudo é verdade. Seus comentários são corretos mas eu não concordo com o ton otimista.

            Não estou pedindo racionamento agora.

            Estou dizendo que já estamos em racionamento com o governo incentivando O Consumo. Dizendo, pode gastar que A CONTA vai baixar.  Indústrias estão fechando as portas porque não podem com este preço e o governo dizendo pro povo gastar. rsrsrs esse pessoal é PRO!

             

            O sistema não está sendo bem administrado. A crise não está sendo bem administrada. E advinhe quem vai pagar a conta? A conta do Ganho político do factóide da Dilma. É desta conta que estou falando.

            O Governo ficou assistindo o lobby ambiental vencer e o que fez? Nadica de nada. Não se decide. 

            O número de térmicas aumenta porque o Governo não se decide.

            Contratamos 2G de eólicas por ano. Porque não foram 6? Aaaa porque a Dilma queria pagar R$20  a menos, hehehe. Agora vai pagar R$1000 a mais. 

             

            Jaime … vc está bem informado hem.

            De fato é o diesel que vai resolver e todo mundo já sabe mas me diga uma coisa. O Governo está se movimentando? Considerando que não há motores no mundo para suprir a demanda brasileira, considerando que teremos que trazer de Angola ou seja lá onde tiver, o Governo não deveria estar agora se movimentando? Está vendo algum movimento?

            Essas plantas levam 6 meses, se tudo der certo, e duram 6 meses apenas. Após este prazo os motores explodem. Deveriam estar sendo construídas agora. Tem alguma em construção?

            É por estas e outras que todo mundo ja sabe que dona Dilma vai baixar a calcinha vermelha. Aliás, ja esta no joelho. Não percebeu?

             

            Parte da conta é da Dilma que não parece estar nem um pouco preocupada com a conta que será de dezenas de bilhões de reais. O importante agora é a promessa pras eleições né.

            Essa incompetência é dela e ninguém tira. Dela e só dela!!! 

             

             

          14. Seja mais claro e menos terrorista

            Ao invés de “mandar ler”, explique vc mesmo e prestará um melhor serviço aos colegas.

            E a vc mesmo.

        1. Motta Araujo,
          Você está

          Motta Araujo,

          Você está enganado. Se tivéssemos só 85 mil de capacidade instalada e consumíssemos 82 mil disso nós já estaríamos sob racionamento há mais de 1 ano, posto que toda a capacidade instalada não pode ser usada de uma vez pelas limitações técnicas. Peço que dẽ uma olhada na VERDADEIRA capacidade instalada e verá que é em torno de 140 mil MW. O motivo dessa “sobra” é exatamente as TERMOELÉTRICAS. Elas existem exatamente para suprir a demanda em momentos de crise nas hidrelétricas, como estamos vivendo hoje.

          Na reportagem abaixo, que corretamente questiona a capacidade de carga do sistema exatamente por causa dos sucessivos recordes de consumo neste ano, o analista mais crítico confessa que há uma boa sobra na capacidade de geração de energia: http://www.jornaltudobh.com.br/brasil/sistema-eletrico-atua-com-reserva-abaixo-do-recomendado/

          É por isso, inclusive, que eu questiono sua análise e a real necessidade de se investir 27 bi num gasodoto para pegar gás da Venezuela. Não vivemos esse desespero nem agora e nem no futuro.

          1. A escalada no uso de

            A escalada no uso de termicas: :

            2012 > 6.078 MW equivalente a 10,4% do total

            2013 > 10.634 MW equivalente a ‘17,7% do total

            O MW das termicas pode chegar a 5 vezes mais caro que as hidricas. Porque estamos usando? Porque falta a energia despachada pelas hidricas. Então não está tudo tranquilo.

             

             

    1. A capacidade teorica nominal

      A capacidade teorica nominal é de 116.500 MW mas não significa que é essa a energia ofertada. Há sempre turbinas em manutenção, reservatorios gerando menos do que a capacidade das maquinas por baixa do estoque de agua, há termicas paradas, como a de Uruguaiana que poderia produzir 600 MW e não tem gás, o total da capacidade nominal não significa oferta de energia, se assim fosse as termicas que existem como reserva não estariam operando a plena carga produzindo uma energia muito mais cara que do que a hidrica, dando enormes prejuizos ao Tesouro.

      Do total de capacidade nominal 70% são hidrica, 19% termica, 8% biomassa, que dependem de safra de cana, 2% nuclear e 1¨eolica.

  5. O que parece mesmo
    O que parece mesmo interessante e viável no texto é a sugestão de ampliação do gasoduto boliviano. O problema aí não é de confiança ou político, mas de preço mesmo. A Bolívia reajustou seus valores em tal monta que viabilizou outras soluções locais.

    1. O Brasil tem muito gás, não

      O Brasil tem muito gás, não só no Pré quanto no Pós Sal também.

      A questão é que não basta ter o gás no subsolo, é necessário transportar o gás até o local de consumo. Para isso é necessário equipamentos, gasodutos, etc, em resumo, investimentos. A Petrobras está em um ritmo fortíssimo de investimentos e obras para a exploração do petróleo do Pré-Sal e o gás está incluído nesse cronograma, mas tudo leva tempo para ser construído.

      Por isso mesmo eu acho que o gás da Venezuela pode sim ser um alternativa interessante caso haja necessidade até que possmos usar o nosso próprio gás. Mas acho um exagero a construção de um gasoduto da Venezuela até o sudeste brasileiro.

      Chaves chegou a propor um gasoduto transcontinental entre Argentina, Brasil e Venezuela. Esse gasoduto faria mais sentido, pois foi proposto para garantir a segurança energética dos países envolvidos, mesmo assim o custo mostrou ser uma proposta difícil de se implementar. Um gasoduto com quase o mesmo tamanho, mas com amplitude de aplicação mais reduzida seria menos viável ainda.

       

  6. Guinada de 180º – A realidade vence o devaneio ideológico

    Interessante constatar a mudança de posicionamento do caro colega Andre Araujo a respeito da entrada da Venezuela no Mercosul.

     

    Ele escreveu mais ou menos uns cinquenta e oito mil, setecentos e noventa e quatro posts condenando a entrada da Venezuela no Mercosul em agosto de 2012! Agora se refere ao país de Simon Bolívar com deferência incomum, citando até mesmo o falecido e saudoso ex Presidente Hugo Rafael Chávez Frías.

     

    A Venezuela agora é tratada por ele com simpatia nunca antes vista, como uma sócia que o Brasil deve cultivar e com a qual devemos aumentar nossa integração energética. Muito bom, é melhor constatar o óbvio (importância fundamental da Venezuela no contexto geopolítico e energético do Brasil) do que negá-lo ad infinitum. Antes tarde do que nunca…

     

    Para finalizar, é bom lembrar que a Bolívia já fez um pedido oficial para entrar como sócia plena e permanente do Mercosul, em dezembro de 2012. Ótima notícia!

     

    O parlamento venezuelano já aprovou a entrada da Bolívia, agora falta a aprovação dos parlamentos da Argentina, do Brasil, do Paraguai (fará novamente o papel de sabotador da integração regional?) e do Uruguai. Que a Bolívia seja integrada ao Mercosul o quanto antes, isto é fundamental para a integração regional e, obviamente, para o Brasil.

    1. Meu caro Diogo, eu pratico a

      Meu caro Diogo, eu pratico a realpolitik. Quando se iniciou o primeiro Governo Lula em 2003 estive em Caracas a pedido de um importante lider do  Governo para falar sobre uma refinaria de petroleo no Brasil em sociedade com a PDVSA. Foi nessa ocasião que conheci a cupula da PDVSA e lá  fiz bons amigos, um deles seria o ideal para tirar a venezuela do buraco cambial hoje, ele está em Washington a serviço da venezuela.

      Não revejo meu posicionamento sobre alianças ideologicas mas é preciso operar no mundo real, o gás está na Venezuela, é um capricho da natureza e sobre esta realidade é que devemos operar, é assim que funciona o mundo.

      Os Estados Unidos são completamente antagonicos à Venezuela de hoje mas são seu maior cliente de petroleo e seu maior fornecedor de gasolina, alem de nunca ter deixado de ser, em todo o periodo Chavez, o maior parceiro comercial

      da Venezuela.

      O mundo funciona a despeito da ideologia.

  7. Gás da Venezuela pode ser solução para crise energética

    Eu não entendi! Nada contra fazer negócios com a Venezuela, mas as reservas de gás do Pre-sal não seriam suficientes; e melhor : os investimentos e impostos ficariam no país????

  8. Boa análise André

    Parabéns.

    Acho que o gás natural é mesmo uma excelente solução. Em princípio, pelo tamanho do Brasil, acho prudente manter as fontes diferentes de gás, de diferentes fornecedores. Qualquer estratégia de mercado aconselharia isso. O preço é variável e a estabilidade política dos parceiros também.

    1. O gás natural não é uma
      O gás natural não é uma commodit mas seu preço mundial não varia tanto assim para justificar investir mais 27 bi num segundo fornecedor. Não é por aí. Gás brota da terra mas dinheiro não dá em árvores.

  9. Porque as tais ONGs

    não são fiscalizadas mais fortemente, como, por exemplo, exigir delas os nomes de todos os sponsors, e dos sponsors dos sponsors? Quem não entrega, não atua, ponto. 

    Por que temos que aturar um cabra como esse bobalhão canadense que nem sabe o que se passa em sua própria casa, para nos “brindar” com essas macaquices? 

    Nada tenho contra ONGs, desde que não exista uma “agenda oculta” por detrás disto. 

    Quanto à UHE Belo Monte, os advogados da mesma já são craques em derrubar liminares idiotas que vão aparecendo durante a obra. Acho que já são duas dezenas de liminares derrubadas. 

    Certamente até o juiz que recebe essas liminares deve estar cansado desses rituais protelatórios. Ou então desconhece o que é mobilizar um canteiro de obras gigantesco como o de Belo Monte. 

    Aliás, quem perde uma liminar assim deveria pagar o custo de interrupção dessas obras, pois quando o bolso dói, o bom senso aparece rapidinho, no lugar da vaidade. 

     

  10. Será que a descoberta de

    Será que a descoberta de novas fontes de gás no pré-sal está  considerada no artigo? Ou novamente se trata apenas de mais uma tentativa de colocar o caos na pauta de discussão? Afinal, quem é Motta Araujo? Minha opinião é que devemos ignrar solenemente as tentativas de nos condenar à escuridão e acionar nossos recursos hídricos para a melhoria do padrão de vida dos brasileiros. Quem não estiver satisfeito que se mude.

    1. Reservas comprovadas do

      Reservas comprovadas do Brasil são inferiores a 500 bilhões de metros cúbicos. 

      O pessoal gosta muito de falar em potencial…estimativas e coisa e tal. Fica muito bonito num jornal.

  11. gostaria que alguém ..

    gostaria que alguém da área comentasse sobre os campos gigantes de gás descobertos em Campos, no ES e na Bahia pela Petrobrás, a serem verdadeiras essa reservas não me parece necessário gaseoduto para Venezuela..com a palavra os experts..

  12. Tudo lindo. Projeto de 30 bi
    Tudo lindo. Projeto de 30 bi em que ambos os países não possuem os recursos.
    É lindo ler sobre este projeto porém isso não resolve nosso problema.
    Nosso problema é que haverá racionamento alguns meses antes das eleições. PONTO

    O mercado aguarda ansiosamente Dilma baixar a calcinha vermelha.
    Todos aguardamos porque se não baixar bye bye 16 anos de trabalho, bye bye poder.
    Vai apostar na sorte?

    Estamos a beira do abismo e ainda tem gente achando que é factoide, lol. Com amigos assim, quem precisa de inimigos?

    Não tem pra onde correr. Térmicas a seja o que for pra ontem. Talvez já seja tarde demais…tudo vai depender de março.

    A culpa é dos ambientalistas!

    1. Dinheiro não seria problema.

      Dinheiro não seria problema. O Brasil tem esses 30 bi de sobra, é só uma questão de prioridade. Quanto a Venezuela é só descontar o valor do preço do Gás, até amortizar toda a parte deles mais juros combinados. O grande probelama seria mesmo a viabilidade da obra.

      1. Meu amigo, o racionamento é

        Meu amigo, o racionamento é daqui a 6 meses.

        Quanto tempo vc acha que leva para sair a licença ambiental para a construçãod este gasoduto em 6 estados diferentes?

        Quanto tempo vc acha que leva apra construir isto no meio da floresta amazônica?

        Por favor…

        1.   Segundo você, estamos

            Segundo você, estamos perdidos de qualquer jeito. Paciência. Ferrou.

            MAIS um motivo para pensar em soluções TAMBÉM no longo prazo, para não sofrermos, DE NOVO, no futuro.

          1. De qualquer jeito não pois

            De qualquer jeito não pois sempre podemos contar com a sorte e no momento é tudo o que temos.

            Fé na chuva! 

            E a Dilma pode resolver baixar a calcinha. Quando a Presidente de um país faz isso, coisas maravilhosas podem acontecer.

             

            Sobre discutir o futuro… estamos aqui neste artigo falando sobre a energia que pode vir a ser disponibilizada em 2025.

            Em que isso ajuda em nossa crise de 2013… espero que vc ou alguém com maior conhecimento me esclareça.

             

        2. Meu amigo, esse racionamento

          Meu amigo, esse racionamento daqui a 6 meses é a sua opinião. Nem no texto do André, ele não estipula prazo, mas eu deduzi que é para daqui 5, 10 anos, pela restante que ele escreve.

          1. Não estiula prazo mas ele

            Tem razão, ele não fala. Mas se vc olhar o noticiário AQUI do blog… esta é a 20 reportagem sobre o assunto e ainda tem gente que não acredita. Estamos falando de nível de reservatórios e chuvas.

            Isso tudo é para um Brasil com PIB estagnado. Não há energia disponível para o crescimento.

            O objeto do artigo, não é propriamente o risco iminente. Ele usa o risco iminente para falar sobre os problemas estruturais do setor. Cada problema tem um parágrafo específico no texto.

            Licença ambiental – 5 anos para receber um NÂO PODE

            Não tem gás

            Potencial hídrico esgotado

             

            Então deixe-me reformular a declaração.O racionamento é para este ano.

             

            No médio prazo teremos Belo Monte e eólicas para aliviar um pouquinho só.

            O projeto discuti o longo prazo. No longo prazo faremos o que quisermos.  Se não for este gasoduto, serão nucleares.

            MAs… tem que ser energia firme. Precisou, ligou! As opões são duas, nuclear ou térmicas. Isso pro médio/longo prazo.

            Mas uma coisa é certa, se continuar assim, com estas barreiras a geração, cedo ou tarde a conta chega.

            E aí eu quero ver os ambientalistas conversarem com um pobre desempregado. Tenta explicar a ele que ele perdeu o emprego mas o meio ambiente está garantido. Explique que o casamento dele acabou mas as árvores… as árvores… Os filhos estão passando necessidade mas, a qualidade do ar… quer dizer, isso eles não vão falar pq hoje a moda dos ambientalistas SIC é defender a geração fóssil para impedir que a nuclear se desenvolva ja que é uma das únicas opções do momento.

             

            Abraço

          2. Então estamos de pleno

            Então estamos de pleno acordo.

            O lobby pseudo ambientalista é dos maiores problemas que enfrentamos. E eu disso isso já há muito tempo aqui no blog.

          3. Vou comentar sua bandeira da

            Vou comentar sua bandeira da paz apenas para provar que sou do contra, hehehe.

             

            O lobby ambiental de fato virou um problema sério mas eles tiveram o mérito deles pq se deixasse “O Mercado” faria da amazônia uma grande piscina. Fariam mesmo!

            E eu não tenho o menor problema em inundar floresta. Minha restrição é construir hídricas em planícies. Isso é coisa de idiota!

             

             

            O problema dos ambientalistas é que vc da a mão e logo depois eles fazem outra agenda querendo os seus 2 braços.

            Então, o que era uma solução LOCAL, usinas a fio d’água, virou regra nacional.

            Usina a fio d’água só belo monte. O resto tem que ser normal. MAs aí,… que resto, hehehe. Acabou.

  13. Lobby Termelétrico

    O titulo já fala em crise. O primeiro parágrafo fala em mega-crise (estrutural!).

    Deprecia a geração hidrelétrica a fio d’água, como se ela não fosse gerar os 11.000 KW durante boa parte do ano. Conta dificuldades naturais (ambiente, seca, etc.) como favas contadas!.

    Temos hoje uma capacidade mais de 2/3 superior à demanda. Ignora que Belo Monte vem aí. Angra III nuclear provavelmente. A produção nacional de gás está crescendo e pode chegar perto da autossuficiência.

    Há as ainda pequenas soluções alternativas ainda amadurecendo (eólica, solar, etc.), que poderão estar competitivas quando forem realmente necessárias num futuro a médio prazo.

    Aí aparece um post fazendo lobby para termelétricas … para se fazer um oleoduto até o país “São Paulo”, esquecendo que embora haja perdas, o sistema elétrico pode ser ligado por fios (como já o é quase nacionalmente) e a geração pode ser feita em outros lugares (até lá na fronteira com a Venezuela). 

    O Brasil tem uma das melhores, mais baratas (após investimentos amortizados), menos poluidoras e mais confortáveis gerações de energia do mundo. Só Belo Monte, embora a fio dágua, será a terceira do mundo, perdendo para Itaipu e 3 Gargantas.

    A menos que haja um acidente, sabotagem ou incompetência técnica, estamos longe de uma crise (quanto mais “mega”) energética, apesar da pior seca em mais de década. E estamos investindo!

    Porque, ao contrário do governo neoliberal corretor do país, quando já tínhamos uma boa matriz energética, nada fez além de vender patrimônio construido desde Vargas, passando por JK e militares, deixando-nos num racionamento de quase um ano, pagando mais caro (ainda) e fazendo a festa das concessionárias privatizadas (que não investem lhufas).

    Neste período, apareceram “especialistas” (como o posteiro acima), vendendo que o país tinha uma matriz “errada” e que precisávamos diminuir a participação hidrelétrica colocando termelétricas (chegaram a sugerir que as termos deveriam ser mais da metade, fazendo também a festa de fornecedores e operadores estrangeiros).

    Ora, termelétrica, cara, poluidora, antiga, consumidora de energia (“troca” quimica por elétrica) deve ser apenas complementar, contingencial, exatamente para as necessidades sazonais de secas e quetais.

    O resto é terrorismo, oportuno e lobbistico.

  14. Deletem o Amotafolga

    Ficou louco. Não há uma simples verdade nas declarações bombásticas do aa. Deve ter lido “Churchil, Hitler, and the unnecessary war” do insuspeitável Patric J. Buchanan, leiam,  e viu que  o ídolo dele (já leu umas dez biografias) é particamente o único responsável pela primeira e segunda guerras mundiais e pode ser considerado verdadeiramente um genocida implacável, e pirou.

    O Brasil tem um potencial INSTALADO de 135 mil Mw, precisa hoje de 75 a 80. Temos FOLGA de 55 mil Mw. FOLGA.

    Estamos finalizando as usinas de Madeira e Belo Monte que são duas das maiores usinas do mundo, só perdem pra Três Gargantas na China e Itaipu, e começamos o projeto do complexo de Tapajós que será maior que todas elas.

    Belo Monte tem que ser a fio de agua senão inundaria metade da floresta amazonica, como feito em Balbina, pelo militares quando o aa era funcionário deles , e o fato de gerar 11 mil MW na epóca das chuvas e 1000 na plena seca, é perfeitamete viável e lucrativa, claro, tanto que está sendo feita pela iniciativa privada. No período que  BMonte tiver gerando 11 mil Mw pode-se parar de gerar em Furnas, e acumular agua na represa, por exemplo, e ela, Furnas, age como se fosse um reservatório de virtual de BMonte e muito mais perto dos consumidores.

    O desespero destes psbdistas com o super mensalão mineiro (tô acahando que o mota está lá??) e o desastrre imenso do trensalão psdbista de sp eloqueceu o aa.

    É o retrato fiel da arma deste povo: A MENTIRA.

    1. Amigo, vc está maluco?Sua

      Amigo, vc está maluco?

      Sua solução é esta? A negação? rsrsrs pqp

       

      Outro que confunde capacidade instalada com capacidade de geração.

      Deixa eu te explicar uma coisa. Quando o Governo constrói 1 giga de eólicas ele está disponibilizando NO MÁXIMO 400MW/ano.

      Isso se chama fator de capacidade e é diferente para cada tipo de fonte. Em eólicas é de 40% nos MELHORES projetos.

      Belo Monte, se der tudo certo, será de 50%.

      100% apenas térmicas, se não quebrar nenhum motor…como tem quebrado, já que foram cosntruídas para ser backup e tem operado full time.

      E Nucleares.

      1. Qual seria o fator de

        Qual seria o fator de capacidade de uma termossolar, considerando q ela poderia render em período noturno com tanques de sal fundido?

         

        1. rsrsrs, viu o documentário da

          rsrsrs, viu o documentário da discovery.

          Seja qual for o fator de capacidade…

          Não é viável economicamente, ainda.

          Mas o documentário é bem legal…

           

          Abraço

          1. Não vi esse doc, Athos. Passa

            Não vi esse doc, Athos. Passa o nome e, se tiver online, o link.

            Vc citou a questão de tempo, quanto tempo levaria para erguer as duas usinas nucleares do Nordeste e quanto tempo levaria para a mesma capacidade em termossolares? (levando em consideração q estas podem ser feitas pela iniciativa privada por meio de leilões e as nucleares somente pelo governo federal através de estatais)

             

          2. Uma nuclear não fica pronta

            Uma nuclear não fica pronta em menos de 5 anos. A China me parece que consegue em menos, hehehe, mas a China é a China. Ano passado foram 5 e este ano serão mais 8 centrais nucleares iniciando operação comercial.

            Estas termosolares não estão disponíveis no mercado. Não há prazo. São protótipos. Ninguém aposta nisso. quem temq ue apostar nisso não é o mercado são governos. se quer, subsidie e pronto. Sem subsídio não dá porque é mais caro mesmo.

            Não sei o nome do documentário mas sei que a maior usina do mundo deste tipo é de 280MW o que é pouco. Precisamos de muito mais.

             

            Nosso problema é este ano, apenas térmicas ficam(podem, talvez quem sabe) prontas em 6 meses. É uma questão de prazo.

            Antes que vc imagine que sou defensor de térmicas, digo que a geração térmica é o que há de pior no mundo.

            Isso mata gente sem acidentes!!!

             

      2. Quem falou em heólica?

        O rendimento de Belomonte deve ser próximo a 50%, quer dizer equivalente a energia firme de 5500 MW.  O seu perfil de geração é estatisticamente definido e ela é MUITO  viável. 

    2. Mais uma opinião de um paraense

      Alguém aí se lembrou de perguntar aos paraenses se desejam usinas hidrelétricas em seus rios? A maioria da população daqui é contra, e está sendo insuflada a se manifestar contra o Governo Federal.

    3. Mais uma opinião de um paraense

      Alguém aí se lembrou de perguntar aos paraenses se desejam usinas hidrelétricas em seus rios? A maioria da população daqui é contra, e está sendo insuflada a se manifestar contra o Governo Federal.

  15. Soluçãod e curto rpazo, como

    Solução de curto prazo, como eu disse antes, são térmicas a seja o que for. Não há outra solução.

     

    Agora, competindo com este projeto baseado em combustível fóssil…

    No longo prazo a melhor solução é a construção de 30 centrais nucleares. É a solução de todas as economias em expansão no mundo exceto o Brasil.

     

    PS> Até o Ruy defende geração fóssil agora é? Que mudança…como os ambientalistas são dúbios.

    1. Você tem razão. Ao invés de

      Você tem razão. Ao invés de pensar em hidrelétricas para o médio prazo e outra forma (como nuclear) para prazos mais longos, fica-se falando em solução com gás como se fosse… solução.

      O problema de ter 30 usinas nucleares é aumentar exponencialmente os riscos inerentes nos próximos 100 anos. Melhor só umas 3 a mais para fechar um pacote aceitável e suprir demandas específicas.

    2. MENTIRA NÃO
      Eu não defendo

      MENTIRA NÃO

      Eu não defendo combustíveis fósseis porra nenhuma.

      E não escrevi NADA que pudesse levar a essa conclusão.

      Estamos falando de soluções de emergência.

      Mas existem projetos de uso de combustíveis fósseis que são tão ou mais interessantes que os nucleares, que você sempre defende. Só que você não fala deles porque não interessa na sua argumentação. Até aí problema seu, você pode escrever o que quiser. Mas não pode colocar palavras na minha boca. Por favor, não minta de novo.

      Eu não comentei sobre os projetos de usinas de carvão que conseguem um aproveitamento total da energia, gerando apenas gás carbônico (CO2), sem os outros poluentes das usinas convencionais e sem fuligem. Esses projetos incluem injetar o CO2 em formações geológicas porosas, eliminando o problema de emissão de carbono. Não comentei essas pesquisas porque acho que não é uma boa solução. A extração de gás de xisto é extremamente danosa ao meio ambiente e poderia ser estimulada por projetos desse tipo modificados para trabalhar com gás natural ou derivados de petróleo.

      E tem mais, não tem sentido colocar torcida nesses assuntos. É uma questão de analisar as soluções pesando os prós e contras de forma racional e sem wishful thinking.

       

      1. Foi só uma alfinetada.
         
        Mas

        Foi só uma alfinetada.

         

        Mas essa informação me parece lobby do carvão uma vez que a batata deles está assando. 

        Digo parece.. mas nao sei nada  sobre o assunto.

  16. Faraós e suas pirâmides…

    Como bem citou o ruyacquaviva, um gasoduto cruzando o País até o Sul-Sudeste seria desnecessário. Até pq, a obra poderia parar no Norte-Nordeste, para gerar energia e incentivar indústrias para a região e, futuramente, se ligar com a rede Sudeste-Nordeste q já existe até o Ceará e em estudo até o Amazonas. Ou seja, a obra seria um valor bem menor (ou não, visto q seria uma obra brasileira).

    “Um modelo que poderia viabilizar seria o de uma corporação binacional tipo Itaipu, seria ela tomadora dos recursos com garantia de PPA da Petrobras e dos grandes consumidores paulistas”. Sério? Se existe desconfiança com a Bolívia, uma economia muito menor do q a Venezuela e muito mais dependente do Brasil (principalmente dos consumidores paulistas), acha viável uma binacional para operar gás natural a quase um continente de distância dos maiores interessados, sendo esses os maiores detratores do governo venezuelano? Só para os paulistas terem seu Oriente Médio próprio? Ou para assumirmos o BO como fizemos com a Refinaria Abreu e Lima? Ou para ter gritaria do outro lado, como tem no Paraguai? Toda a biomassa do estado de São Paulo pode fazer o mesmo trabalho, muito mais descentralizado e eficiente e ainda como recurso renovável. Não falta combustível, falta planejamento.

    Projetos mais interessantes seriam ferrovias e hidrovias para conectar os países do Mercosul. A Venezuela tem mercado para nossos produtos industrializados, mas fica mais fácil importar do Caribe, Europa e EUA pela logística favorável. Nós, por outro lado, temos a Venezuela como parceira pq nos daria acesso maior a esses mercados (DARIA, se tivéssemos condições melhores de transporte). Era esperado q o finado Hugo Chávez bradasse, vez ou outra, sobre um megaprojeto bolivariano; era seu marketing pessoal. Outra coisa é sentar numa mesa e analisar todas as cartas, principalmente quem paga pra ver.

    Muito faraó pra pouca pirâmide…

    1. Sim a proposta do Ruy é boa

      Sim a proposta do Ruy é boa porque é mais barata mas só tem um problema.

      Ele está falando de OUTRO assunto.

      Estamos aqui discutindo como suprir a demanda atual e o Ruy esta propondo algo para suprir a demanda futura.

      São dois assuntos completamente diferentes.

       

      E o mesmo vale para este projeto de gasoduto que eu não levo a menor fé.

      Muito melhor são nucleares.

      Combustível fóssil agora virou moda?

      Só no Brasil mesmo…

      1. Já fui radicalmente contrário

        Já fui radicalmente contrário a usinas nucleares. Hoje ao conhecer as pesquisas sobre usinas de tório mudei minha opinião. Acho muito importante a pesquisa sobre usinas de tório, que não tem os riscos das usinas de urânio e ainda podem resolver o problema do lixo radioativo das usinas tradicionais. Esse é um projeto de longo prazo, pois ainda está na fase de pesquisas.

        Antes que alguém pergunte, fusão nuclear é uma perspectiva de longuíssimo prazo.

        As usinas nucleares convencionais podem ser uma solução intermediária, desde que com a perspectiva de substituição pelas usinas de tório no futuro.

        A construção de termelétricas na região norte seria uma solução de prazo mais curto do que as usinas nucleares, se forem necessárias, podem ser construídas mais rapidamente e não tem tanta preocupação com relação a segurança, mas é uma solução temporária porque polui muito.

        A única solução de curto prazo citada é o transporte de GNL venezuelano por navios.

        Lembrando que se faltar gás será uma falta temporária porque em alguns anos a produção de gás da Petrobras vai aumentar muito, muito mesmo.

         

        1. Eu saúdo a sua mudança de

          Eu saúdo a sua mudança de posicionamento.

          Eu sabia que vc mudaria de opinião por ser uma pessoa sensata. Mas é o tipo de coisa que temos que descobrir sozinhos e não da boca de alguém agressivo como eu nestes blogs da vida.

          O Brasil já teve um projeto de reator a tório na UFMG. Foi abandonado após a assinatura do tratado nuclear. Bola fora dos militares…

           

          Mas usinas a tório ainda não são unanimidade. Se tudo o que elas prometem for verdade… aí seria uma maravilha mesmo.

          Existem outras possibilidades mas o problema é que não se pesquisa no Brasil. Triste isso. A estrutura do mercado foi criada para suprir demanda por combustível para bombas nucleares. Só se muda isso com pesquisa.

          Penso que com o aumento no número de usinas e profissionais envolvidos talvez isso mude.

           

          Abraço

    2. Outra opinião de um paraense

      “Só para os paulistas terem seu Oriente Médio próprio?”

      Boa colocação. Se eu fosse homorista como o Danilo Gentili, diria:

      “Em 1932, o Brasil teve a grande oportunidade de se livrar do estado de São Paulo. Não quis. Não pode, não dá, é preciso manter a indivisibilidade da Pátria etc. Agora aguentem.”

      Se o Grão-Pará não tivesse sido obrigado a reconhecer a independência do Brasil e se juntar ao Império de Pedro I (15 de agosto de 1823), a Amazônia não teria que sofrer para atender às demandas de energia do Brasil.

      Bem, pelo menos é o que pensa grande parte da população daqui. Venham ao Pará e perguntem ao povo daqui, se eles concordam que seus rios sejam usados para iluminar outras partes do País.

      E vá convencer esse povo, de que as riquezas naturais pertencem primeiramente à União, e não ao Pará!

  17. Eu já comentei demais por

    Eu já comentei demais por aqui mas quero contar outra história sobre o mercado de gás no Brasil.

     

    Meu Pai tem um projeto de térmica em determinada localidade do Brasil. 

    O projeto é baseado em um poço da Petrobras que ela mesmo diz ser inviável economicamente. O volume de gás é pequeno.

    Então, chega-se na Petrobras e vc mostra o Projeto. Olha aqui, vc não quer o poço, eu vou construir uma térmica sobre ele. Vc entra com o poço, eu entro com o dinheiro e o país fica com a energia. Tudo certo?

    Lógico que não!!!

    A petrobrás não caga nem desocupa a moita. Mercado monopolizado é assim. Já poderia estar pronta. MAs ninguém na Petrobras decide o que fazer com o poço que não será explorado.

     

    A Petrobras tem suas prioridades que não necessariamente são as do país.

    Mercado de gás no Brasil não existe. É monopólio do brabo. E é o Brasil quem perde.

     

    Abraço

    1. Hora do recreio

      “A Petrobras tem suas prioridades que não necessariamente são as do país”

      Ora, coleguinha, quem mais teria? Uma privada?

      Vc é um brincalhudo!

        1. Caçando estrelinhas?

          Ora, este é o seu melhor argumento?

          Além do meu anterior (privadas de “interesse público”, conforme vc insinuou), acrescento que o monopólio acabou desde FHC (quase 2 décadas), se vc ainda não soube!

          Talvez eu ganhe mais estrelinhas agora. E vc menos! (ou vice-versa?).

          Não importa, o que vale é o debate e o senso dos argumentos.

          E vc demonstrar as razões de porque já estaremos “entrando em racionamento”.

          Ou se foi só uma consulta em sessão espírita.

          1. Já que vc pediu, vou desenhar

            Já que vc pediu, vou desenhar para vc.

             

            Sabe o que acontece quando a Petrobras acha um poço gigante de gás?

            Ela chora. Os engenheiros falam pqp nos fudemos.

            É essa a empresa que detem o monopólio do gás no Brasil.

            Um Mamute que acha uma merda ter que lidar com esta titica de galinha que só da prejuízo.

            E enquanto isso, não temos um mercado de gás.

             

            Só teremos um mercado de gás quando O Gás sair da ANP e ir para a ANEEL.

            E houver uma cisão da Petrobrás tirando o gás de lá para uma nova ESTATAL ou seja o que for mas que lide exclusivamente de gás.

            Porque o metier da Petrobrás não é este, é óleo. Quando acham gás é preju. Fecham o poço e esquecem porque óleo é muito mais rentável.

             

            Tem gente que tem dificuldade para ver o óbvio. Converse com UM engenheiro da Petrobras.

            Abraço

  18. Gasoduto sim

    Eh, um gasoduto da Venezuela até o Brasil é um projeto que os presidentes dos dois paises devem considerar seriamente.  Não sei se ja ha estudos sobre isso, mas senão, a presidente Dilma poderia começar a trabalhar nesse sentido.

    Ha anos que se fala nessa possibilidade de um gasoduto ligando a Bolivia e o Brasil e acho que nada impede um gasoduto entra Venezuela e Brasildando. A região Centro-Oeste sonhava com isso.  

  19. A geração ficaria na região norte (Pará)

    Pensando em custo/viabilidade do projeto, o futuro gasoduto Venezuela-Brasil, chegando na regiao norte, poderia estar aproveitando a estrutura de transmissão existente para o sul. Isso geraria lucro de imediato, amortizando o restante do gasoduto a caminho do sul. Nesse caso, junto com a construção do gasoduto, estaria construindo termoelétricas no estado do Pará. 

    Com isso as linhas de transmissão norte/sul estariam transmitindo a toda carga o ano inteiro, aliviando a região sul com ou sem Belo Monte produzindo a plena carga.

    1. Opinião de um paraense

      Alguém já perguntou aos habitantes do Pará se eles querem que hidrelétricas sejam construídas nos rios que cortam o estado? Se vierem às regiões do Xingu e Tapajós e perguntarem, a maioria dirá não. O povo tem medo de que seus rios sejam alterados e seu estilo de vida se transforme para sempre.

      Essa opinião contrária é disseminada pela Igreja Católica, MST e “movimentos sociais”, que dizem que as hidrelétricas serão o fim dos rios, matarão os rios e a vida dos ribeirinhos.

      Os índios também estão sendo insuflados para resistir à Funai, ao Ibama, à PF e outros órgãos governamentais e impedir a entrada, por exemplo, de técnicos enviados para fazer o levantamento botânico, zoológico  e antropológico para os estudos de impactos ambientais.

      No ano passado, alguns técnicos foram capturados, amarrados, roubados e exibidos nas ruas de municípios do Alto Tapajós (jacareacanga e Itaituba), como troféus. Nada aconteceu aos índios sequestradores.

      A justificativa era a de que estavam entrando em terras indígenas. Mas estas não são terras da União? E os técnicos não estavam a serviço do Governo Federal? E os recursos naturais não pertencem à União?

      Sou a favor das hidrelétricas, mas muita gente daqui não é. O povo acha que o Governo Federal “intervém” na região.

      Mas toda verba aos políticos da região será bem-vinda, é claro!

      1. A maior hidroeletrica em

        A maior hidroeletrica em operação do Pais está no Pará, Tucurui, com 8.370 MW.

        De modo geral energia é um tema NACIONAL, não é o interesse local que determina a existencia de uma usina.

        1. Alguns paraenses sabem, a maioria não

          Eu sei disso, cara. Mas não é a opinião da maioria da população, incentivada pelos políticos, Teologia da Libertação, antropólogos e lideranças sociais locais. A população acha que, se for construída alguma hidrelétrica, deverá ser com autorização da população e para abastecimento do Pará (se sobrar, da região Norte), e não para estados do S e SE.

          Eles não concordam com a ideia de que os recursos são do Brasil.

          A população amazônica se sente explorada pelo resto do Brasil, e esse sentimento é incentivado pelas classes dirigentes, que, mesmo estando montadas na riqueza local, se sentem excluídas por serem amazônicas.

          Resumindo: qualquer amazônida (mesmo que seja rico) se sente explorado por qualquer sulista, sudestino etc. (mesmo que estes sejam pobres).

  20. http://www.aneel.gov.br/aplic

    http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm

    Eis o demonstrativo da ANEEL sobre a capacidade instalada de geração no Brasil;

    Essa CAPACIDADE não significa oferta. Nas hidroeletricas é preciso haver AGUA.

    Nas termoeletricas é preciso haver GAS, se forem de biomassa é preciso haver o combustivel, seja lá qual for.

    Um automovel pode trafegar a 100 km por hora, em 24 horas pode percorrer teoricamente 2.400 km, em um mês 72.000 kms. Mas é impossivel um aotomvel rodar sem parar por um mês. Pode quebrar, pode não encontrar combustivel, um pneu pode estourar, o motorista pode ficar com dor de barriga, com maquinas pode acontecer muita coisa.

    Assim é o sistema de geração. Por exemplo, varias PCH e varias eolicas já estão com as maquinas girando MAS não tem linha de transmissão, então essa energia NÃO ESTÁ OFERTADA NO MERCADO.

    A enorme termoeletrica de Uruguaiana, da AES, de 616 MW, tinha gás da Argentina contratado, fizeram um gasoduto desde Buenos Aires para suprir a usina, a Argentina não tem gás nem para ela porque o desgoverno dos kirchner praticamente acabou com a produção domestica de gás, tabelando a preços irreais, nenhum produtor mais extrai gás,

    com isso a Termo de Uruguaiana está prada há 5 anos mas está no mapa da ANEEL como capacidade instalada.

    Então CAPACIDADE EXISTENTE não significa energia no mercado, há problemas de todo tipo no meio do caminho, manutenção de turbinas, falta d´agua, falta de linhas de transmissão, etc. A oferta hoje está empatando com o consumo, esse é a realidade fora da teoria.

    1. Se o Brasil consumisse 82 mil

      Se o Brasil consumisse 82 mil MW e tivesse capacidade para 85 mil MW já estaríamos em racionamento exatamente porque não teríamos MARGEM DE MANOBRA para suprir as manutenções, água e combustível de cada fonte geradora. Bastaria uma grande ou duas pequenas pararem para o sistema entrar em colapso.

      Exatamente porque temos 50 mil MW ACIMA do maior PICO de demanda é que podemos desligar tranquilamente algumas fontes e dizer que o SISTEMA ESTÁ SEGURO E ATENDE A DEMANDA.

      É absurdo achar que estamos falando que o Brasil pode pular de um consumo de 80 GW para 140 GW em alguns dias. Isso é IMPOSSÍVEL de acontecer e completamente sem sentido algum.

      O que se pode dizer é que essa folga na geração pode ser usada com tranquilidade até 2018, se nada mais for construído até lá teríamos problemas de GESTÃO do sistema a partir daí. Pela pouca margem de manobra.

      Mas há novas usinas hidrelétricas, eólicas e térmicas já em construção, além de novas linhas de transmissão. Então o quadro já em 2014 será ainda melhor.

      1. A capacidade instalada é de

        A capacidade instalada é de 126 mil, capacidade norminal o que não significa energia ofertada. Há usinas que existem e não estão funcionando, como a Termo de Uruguaiana, outras estão sem agua, outras sem gas, outras sem linha de transmissão. A energia ofertada está empatando com a consumida.

  21. PS. Itamar, a principal

    PS. Itamar, a principal vantagem de térmicas é que ela pode ficar perto do mercado consumidor diminuindo assim as perdas de transmissão que são pesadas e é custo do sistema. Custo altíssimo que nós pagamos.

    Melhor que fazer térmicas longe é fazer um gasoduto mesmo.

     

    Eu adoraria estar aqui discutindo um gasoduto para suprir as necessidades do Povo.

    Porque o resto do Brasil não é como o Rio de Janeiro onde o gás é encanado e barato?

    Basicamente estamos aqui discutindo o problema da FIESP, hehehe.

    Quando teremos um projeto para O Povo? Energia para O Povo?

     

    Tem um gasoduto cortando o Brasil e sabe quantas cidades, quanta gente é atendida? ZERO!!!

    Corta o Brasil direto pra SP.

    Nem assunto é…

    Isso tudo é lamentável.

      1. Daniel, eu sou do Rio de
        Daniel, eu sou do Rio de Janeiro.
        Esse bandeira não é minha porque eu já tenho gás encanado barato em casa.
        Fica a sugestão pra quem quiser ouvir.
        Gás é combustível fossil e finito. Apesar de menos que carvão, ainda é muito poluente.

        Uma coisa é usar isso para aquecer a água do meu banho. Outra é que isso seja parte da nossa matriz.

        Depois ainda tem o argumento do preço. Não se engane, este preço barato no divulgado de térmicas é o preço apenas para disponibilizar a planta desligada. Uma vez que gire, é muito cara.
        Serve numa emergência mas é péssima para a matriz.

        1. Agora sim, parabéns

          Energia termelétrica é cara, poluidora, consome energia não renovável e ineficiente (quimica>térmica>mecanica>elétrica)

          Deve estar na matriz como contingêncial!

  22. Instalei em minha casa um

    Instalei em minha casa um aquecedor solar de água e tive uma queda de consumo de energia elétrica da ordem de 60 %. O investimento inicial se pagou em poucos anos e já faz mais de uma década que não dá manutenção alguma, só lucro.

    Um Amigo meu que trabalha na Argentina me disse que lá é muito difícil achar um chuveiro elétrico para vender, pois a maioria dos chuveiros tem aqucimento de água à gás ou solar. E ele comparou que o nível de energia solar da Argentina é muito menor do que o do Brasil, que é um país tropical. Um grande desperdício, de energia solar, aqui.

    Sem contar que o impacto ambiental de um aquecedor solar residencial é praticamente zero.

    Se o Governo diponibilizasse isenção de impostos para as empresas que instalam aquecimento solar, e descontos de impostos para as residências que tivesse o equipamento instalado, mais outros incentivos, a queda de consumo de energia nacional com certeza daria uma grande folga para o governo e adiaria a crise energática para bem longe.

    Meus votos para que o Governo enxergue estas pequenas soluções que iriam custar pouco para ele, e não interfeririam em nada nos projetos em andamento.

     

     

    1. Como foi dito no comentário

      Como foi dito no comentário anterior: chuveiros elétricos elevam o pico substancialmente. Dito de outra forma: se gasta uma grana em construção de geradoras de eletricidade ( hidráulica, combustível, eólica,,,,) para aquecer água de tomar banho.

      Se houver um incentivo e esclarecimentos e facilidades de obtenção ( como sugerido existir na Argentina) de alternativas mais nobres e ecológicas de “tomar banho”, não precisaria ou poderia ser postergado a construção do gasoduto sugerido no post.

      Um Ministério de Energia  deveria se preocupar em fazer políticas energéticas de interesse do país, e não esperar que a iniciativa privada  ocupe este espaço – ela quer é fazer um chuveiro elétrico baratinho , leve e que aqueça instantaneamente o maior volume d’água possível – vende mais e mata outras alternativas mais economicas e ecológicas( os chuveiros antigos consumiam menos da metade dos atuais, mas custa mais). E a energia para o chuiveiro ? problema do governo e não dos fabricantes que pagam impostos…E as insta;ações caseiras para suportar 50 ampéres exigidos pelos super-chuveiros ? A casa do pobre pode pegar fogo e comprometer a vizinhança?  Problema dele,  a indústria paga impostos….

      Aí é que deveria  entrar o Ministério de Energia para nos ensinar a ver as melhores alternativas. Não só para chuveiros; mas também para iluminação – os leds estão aí com economias significativas; a energia solar com a garrafa PET e fibra ótica que substituem a energia luminosa incandescente; alternativas para diminuir o uso contínuo de aparelho de ar condicionado, propor carros economicos ( mais de 25 km/l) Enfim, existem medidas diversas para se economizar bastante energia elétrica e evitar-se gastar rios de dinheiro para fornecimento de energias para “consumos burros”.

  23. Eu perdi alguma coisa nos

    Eu perdi alguma coisa nos últimos dias, ou de uma hora para outra, a energia de térmicas passou a ser menos danosa e mais barata do que a energia hidráulica?
    As térmicas tem custos ambientais altíssimos, ainda que alimentadas por gás, elas são uma alternativa ao sistema principalmente, mas jamais podem ser o sistema principal.
    Pernambuco é um dos estados que sofrem com isso, por uma negociação na venda da Celpe inadequada, temos que bancar sozinhos os custos de operação da termopernambuco.

    1. Não é que as térmicas foram
      Não é que as térmicas foram sacrificadas, mas é que sua desagradável existência se mostrou justificada agora. Sem elas estaríamos fudidos e infelizmente dependeremos mais delas com o boicote social às hidrelétricas. Pernambuco se ferrou porque a sociedade não liga para a fumaça do diesel queimado ou pra soja e gado derrubando florestas. O que importa é o lago de Belo Monte.

  24. Quanta confusão!

    Como nosso colega RSP não apareceu, vou tentar ajudar com numeros e fatos:

    Matriz elétrica brasilera (em nos. arredondados) é:

    Hidro: 70% (maioria hoje é de reservatórios)

    Gás: 10%

    Bio (bagaço de cana, etc.) 8%

    Óleo: 6%

    Carvão: 2,5%

    Eólica: 1,5% (mais que nuclear)

    Nuclear: 1,5%

    Solar: 0,5%

    Renovável+nuclear: >81% (um dos melhores do mundo!)Fóssil: 19% (Óleo, gás, carvão) Um reservatório a 60% da capacidade não significa limite de geração de 60%. Apenas que durará menos a plena carga (geração), geralmente prevista para 2 anos.Belo Monte (fio d’água) poderá operar à carga máxima na cheia (11) e 0 na seca.Os reservatórios hidrelétricos (não confundir com “Sabesps”) pelo país estão cheios entre 37% (SE) e 70% (N), mesmo com esta forte seca. Lembrar que o sistema é largamente integrado.Chuveiros elétricos causam um pico de 4 a 7 vezes a média de consumo diário, em torno das 18h.O consumo diário em fev/14 está em torno de 75 MW, com forte calor e ar condicionado a toda.A relação capacidade instalada x demanda (agora em fev!) é de 140 / 75 = 1,86 ou 86%  de margem de manobra.O valor mais interessante para se avaliar “crise” chama-se “ENERGIA ARMAZENADA”. A pior situação regional é a do SE/CO, que está em 40% (jan/2014) e estava em 38% em jan/2013. S, NE e N estão com 45 a 70%, lembrando que consomem menos e estão interligados.As termelétricas estão sendo usadas para poupar os níveis futuros (ex. inverno).A chuva tarda … mas chega. Na Inglaterra está havendo enchentes em pleno inverno/primavera… Portanto, agradecemos que os “terroristas” expliquem o “terror”.Ou passemos para o próximo…    

  25. Faltou um detalhe

    Faltou um detalhe fundamental: num país onde a mídia trabalha 24 horas por dia tentando destruir o governo. Qualquer ator de Hollywood que aparece na Amazônia protestando, ganha logo o status de “Messias ambiental” e nossas autoridades são acusadas de inimigas do planeta. E a classe média aplaude os Jabores da vida e suas lutas contra o Leviatã do PT. Neste cenário apocalíptico, digno do Projac, a classe política cai de quatro diante do populismo e, se for o caso, aprova uma lei proibindo a construção de qualquer usina no país.

  26. Relação PIB e energia nem é independente nem decrescente o PIB

     

    Motta Araujo,

    Torço para que a Venezuela se integre mais à América do Sul. Se este gasoduto for viável, e valer à pena ou o custo de ter a produção lá na Amazônia for competitivo, eu torço para que sua proposta venha a se frutificar. Não é, entretanto, sobre o gasoduto e a produção de energia elétrica pela queima do gás que eu pretendo falar. O que me chamou atenção no seu post foi a sua seguinte frase:

    “Como todos sabem o consumo de energia elétrica é de certo modo independente do crescimento do PIB e aumenta muito mais que o PIB”.

    Talvez o que você disse, de modo um pouco contraditório ao dizer primeiro que o consumo (Você se refere a energia elétrica, mas dá para aceitar só o termo energia e o considerar de um modo mais restrito) é independente e depois que o consumo cresce mais do que o PIB, tivesse um pouco de validade na década de 70, quando se usava muito o consumo de energia como um indicador do PIB. Atualmente, entretanto, se ainda serve para acompanhar o crescimento da economia, o consumo de energia guarda pouca relação com a produção de um país. Pode servir para um país em determinado período, mas com a maior possibilidade de se observar um crescimento do consumo inferior ao crescimento do PIB. É o que se pode ver por exemplo para o Brasil no texto “Parte I Energia no Brasil e no mundo” no quadro mostrado na página 3 (indicada como página 39) trazendo o crescimento do PIB e do Consumo de Energia no período de 1998 e 2007e que pode ser acessado no seguinte endereço:

    http://www.aneel.gov.br/arquivos/pdf/atlas_par1_cap2.pdf

    E há que considerar as diferenças entre países. Um grande país e com uma produção muito grande de alumínio vai ter uma relação PIB/Energia bem diferente de um pequeno país como a Holanda, por exemplo, que deve ser visto mais como um grande entreposto comercial de distribuição (Lá se faz a agregação de valor no produto, ou seja, o PIB, em produtos já feitos, isto é, que já consumiram bastante energia) e, provavelmente com um consumo de energia bem menor em relação ao PIB.

    Aliás sobre as diferenças entre países gostaria de mencionar um comentário que envie sexta-feira, 20/07/2012 às 13:39 para junto do post “O milagre argentino” de quarta-feira, 18/07/2012, no blog A Mão Visível de Alexandre Schaertsman. O post “O milagre argentino” pode ser visto no seguinte endereço:

    http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/07/o-milagre-argentino.html

    Quanto a idéia de barragens a fio d’água que se tornou inevitável à medida que o governo, principalmente nas priscas eras de FHC, optou por obter um volume excessivo de receita via privatização da geração de energia permitindo até mesmo que os grandes lagos passassem a produzir a plena carga, ela não é de todo ruim se se fizerem represas de reservatórios nos dois ou três maiores afluentes dos rios, pois as represas a jusante recebem a agua do reservatório. Em Minas Gerais, por exemplo talvez ainda seja possível fazer barragens de reservatórios em um dos afluentes do Rio Jequitinhonha, no Rio das Velhas, como afluente do Rio São Francisco e no Rio Piracicaba como afluente do Rio Doce. Posso mencionar ainda o Rio Mucuri, mas reconheço que Minas Gerais já de há muito faz um uso intensivo de suas águas e se essas possibilidades que eu levantei não foram ainda utilizadas é mais porque não são possibilidades.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 12/02/2014

  27. O Brasil não tem mais esse tempo para perder

    Do texto abaixo o que me chamou mais atenção foi,

    ” …os orgãos ambientais não podem gastar 5 anos para examinar um projeto e depois dizer não. O Brasil não tem mais esse tempo para perder.”

     

    “Os organismos ambientais brasileiros operam no modelo do “”ideal”” que é quase sempre impossível. Há que se aprovar e com prazo definido modelos “possíveis”, os orgãos ambientais não podem gastar 5 anos para examinar um projeto e depois dizer não. O Brasil não tem mais esse tempo para perder.”

      

  28. Gás da Venezuela

    Caro Motta, este tema foi discutido lá em meados de 2006 por varios especialistas do setor energético. O gasoduto Orinoco/Brasil teria um custo excessivo (~USD 20bi) para quem se atrevesse a construi-lo. E a questao era saber quem bancaria. O Chavez queria empurrar o investimento para o Brasil, quando o país tinha nos seus planos a utilização do gas da Bacia de Santos (mais próximo e com custo de transporte menor). Se a Venezuela se dispor a investir na construção desse duto até que chegue na rede de distribuição das concessionárias de gás e termelétricas brasileiras, ótimo!!! Como esse não é o propósito e nem o compromisso da Venezuela (que abandonou a construção da Refinaria Abreu e Lima em parceria com a Petrobras), felizmente o projeto deste gasoduto nem saiu do papel. No setor de energia e gás, esse gasoduto é carinhosamente chamado de TransPinel. Somente alguém fora de suas faculdades mentais iniciaria uma obra e custo dessa magnitude.

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