Impactos da crise elétrica e as próximas páginas do setor no Brasil

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por Ronaldo Bicalho

Impactos da crise elétrica e as próximas páginas do setor elétrico brasileiro

Do Blog Infopetro

Por Luciano Losekann

A crise do setor elétrico brasileiro já dura alguns meses e não deve se esgotar tão cedo. Durante quatro meses, desde de 1º de fevereiro, o preço de liquidação de diferenças (PLD) se situou próximo a seu teto (R$ 822/MWh). Em junho, o PLD se reduziu significativamente, correspondendo a R$ 352/MWh atualmente. Mas, os efeitos da crise devem permanecer por um longo período.  Ainda assim, podemos tirar algumas conclusões e considerações.

A primeira é que o maior temor inicial, a repetição de um racionamento de eletricidade como o de 2001/2002, não se confirmou. Os reservatórios ainda estão bastante vazios, mas, contrariando as previsões pessimistas dos últimos meses[1], acabaremos 2014 sem a necessidade de reduzir compulsoriamente a demanda. Ainda que a situação hidrológica permaneça ruim, o comportamento da demanda permitiu aliviar o risco. A carga do sistema interconectado nacional, que vinha crescendo a um ritmo próximo a 10% ao ano nos primeiros meses de 2014, passou a crescer em ritmo inferior, de 3%. No Sudeste/centro-oeste, a carga apresentou crescimento de 1% entre maio de 2013 e maio de 2014. A carga média de maio foi 15% inferior a de fevereiro nesse subsistema. A temperatura mais branda fez com que o consumo residencial se reduzisse e os consumidores do mercado livre responderam ao aumento de preço contraindo a demanda. O consumo total no mercado livre caiu 4,2% em abril quando comparado ao mesmo mês em 2013. Segundo a CCEE[2], a queda de consumo no mercado livre foi determinante para a redução do preço de curto prazo (PLD) em junho.

A segunda conclusão é que o impacto mais relevante e mais duradouro da crise é a desestruturação dos fluxos econômicos do setor.  Apesar de uma premissa do modelo setorial ser a contratação de longo prazo, parte das transações de eletricidade é determinada e influenciada pelo preço de curto prazo, o PLD. Isso ocorre por diversos motivos, voluntários e involuntários. A permanência de preços oito vezes superiores ao custo marginal de longo prazo durante quatro meses causou perdas significativas para esses atores expostos ao preço de curto prazo.

O desequilíbrio econômico ficou evidente inicialmente com a situação das distribuidoras de eletricidade. Os gastos com a operação de termelétricas somaram R$ 7,5 bilhões em 2013 e podem alcançar o dobro desse valor em 2014. Já os gastos decorrentes da descontratação e exposição involuntária ao PLD totalizaram R$ 5,6 bilhões em 2013 e, mesmo com o leilão do final de abril, a conta deve ultrapassar R$ 12 bilhões em 2014. Ainda que esses gastos tenham a reposição garantida nos reajustes tarifários, as finanças das concessionárias não suportariam seu elevado volume até chegar o próximo reajuste. O Tesouro arcou com essa conta inicialmente, fazendo aportes na conta CDE, e, posteriormente, o empréstimo contraído pela CCEE serviu para equilibrar as contas das distribuidoras, contabilizados na conta ACR. A Aneel já apontou que o empréstimo inicial da CEEE, de R$ 11,2 bilhões, não será suficiente para equilibrar as contas das distribuidoras, que englobam outros componentes, a partir de junho e especialistas estimam que outros R$ 7 bilhões sejam necessários[3].

As geradoras hidráulicas também acumulam déficits, já que tiveram de recorrer ao mercado de curto prazo em função da geração inferior à garantia física, considerando as regras do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). Estima-se que a exposição fique por volta de 5% da energia contratada das geradoras, dependendo da política de contratação de cada empresa, e implique em gastos de até R$ 20 bilhões[4]. Para as geradoras que tiveram suas concessões renovadas pela lei 12.783/2013, esses gastos são repassados aos consumidores finais no momento dos reajustes anuais das distribuidoras, fazendo parte da conta ACR. As demais usinas devem arcar com esses gastos. Segundo a interpretação das autoridades setoriais, esse é um risco inerente da geração hidrelétrica, já que na maior parte do tempo as hidrelétricas obtêm receita no mercado de curto prazo decorrente da geração superior a garantia física.

Além dessas razões sistêmicas para recorrer ao mercado livre, geradores podem ter exposições relacionadas ao atraso de obras ou indisponibilidade operacionais. Atrasos na entrada em operação em momentos que o PLD é muito elevado podem inviabilizar definitivamente o fluxo de caixa de um projeto de geração de eletricidade. O caso da termelétrica de Parnaiba II, da Eneva (ex-MPX), é emblemático. A usina detém contrato de venda de energia de 400 MW médios negociado no leilão de A-3 de 2011 ao preço de R$101,90/MWh com início de suprimento em março de 2014. No entanto, a entrada em operação da usina atrasou. O diferencial entre PLD e preço de contrata implica em um gasto mensal de R$ 207 milhões. Considerando que o investimento em uma planta a gás natural de 518 MW, que é a capacidade instalada de Parnaiba II, é de cerca de R$ 1,2 bilhões, o gasto que usina teria em três meses de exposição corresponde à metade do valor investido na construção da planta. Ou seja, se a empresa tiver de arcar com esses custos, o fluxo de caixa de um investimento de longo prazo é totalmente comprometido.

Recentemente, estudo divulgado pelo GESEL/UFRJ apresentou que a impossibilidade de operar em tempo integral das termelétricas flexíveis implica em necessidade de adquirir energia no mercado de curto prazo e pode causar perdas significativas.

Apesar de não ser tão noticiada, o mercado livre foi drasticamente impactado pela crise setorial. Ao contrário do que ocorre no mercado regulado, onde os consumidores estão relativamente protegidos das flutuações de preço de curto prazo, o PLD orienta grande parte das transações no mercado livre. Segundo os dados do Infomercado da CCEE, um quarto dos contratos do mercado livre tem duração inferior a um ano. Nos contratos com prazos superiores, parte vencerá nos próximos doze meses (os dados do Infomercado apontam a duração dos contratos mas não informam quando os contratos serão encerrados). Os consumidores que tiveram de negociar energia no mercado livre nos últimos meses ou que terão de negociar nos próximos[5] enfrentam uma situação muito difícil. O preço da eletricidade é negociado próximo ao PLD e os contratos tendem a ser curtos. Como é necessário notificar com cinco anos de antecedência, a migração para o ambiente regulado não é uma opção para esses consumidores.

A redução de consumo no mercado livre é uma evidência da exposição de seus consumidores ao PLD. Os consumidores eletrointensivos, que representam metade do consumo no mercado livre, são particularmente sensíveis aos preços elevados, já que a eletricidade cara inviabiliza a competitividade de seus produtos[6]. Alguns produtores limitaram sua produção ao montante correspondente aos contratos de aquisição de eletricidade de longo prazo ou à auto-produção para evitar compras no curto prazo. Produtores de alumínio e ferro-ligas optaram por interromper a produção para vender a eletricidade contratada para outros consumidores[7].

As perspectivas para o mercado livre não são favoráveis. A lei 12.783/2013 destinou as cotas energia provenientes da renovação das concessões para o ambiente regulado. Como a energia de novas centrais também é prioritariamente orientada para o mercado regulado, a tendência assim é a diminuição progressiva da liquidez no mercado. Recentemente, na tramitação da Medida Provisória 641 foi incluída a possibilidade de que parcela da energia das cotas seja orientada para o mercado livre. A MP será votada brevemente no Congresso.

Ou seja, tanto o mercado regulado quanto o livre devem experimentar preços elevados nos próximos anos.

Explorados os impactos da crise elétrica, cumpre discutir os próximos passos do setor elétrico brasileiro. Apesar da situação crítica, é preciso identificar os pontos do modelo atual que devem ser preservados e os que merecem ser alterados.

Em primeiro lugar, a negociação de eletricidade no longo prazo através de leilões centralizados foi uma ferramenta importante para garantir a expansão sustentada do parque de geração brasileiro. Esses contratos combinados à disponibilidade de financiamento criaram um ambiente seguro para a realização de investimentos em bases competitivas. Propostas de instituir um regime regulado para a geração, como ocorre com a energia proveniente de usinas que tiveram a concessão renovada, e de eliminar a indexação dos contratos, em um contexto em que a inflação é elevada, podem minar a atratividade de projetos de geração de eletricidade.

Também parece inadequado orientar transações no mercado de curto prazo pelo custo médio e não pelo custo marginal. Como indica a teoria microeconômica, a precificação ao custo marginal dá os sinais adequados para as decisões de consumo e de produção. Passar os sinais de escassez ao produtor e consumidor determina a eficiência dos mercados. Na crise atual, o comportamento dos consumidores que pagam o preço correspondente ao custo marginal contribuiu para evitar o racionamento.

Como esse artigo aponta, os custos de operar com um preço de curto prazo tão elevado por um período longo de tempo são desestruturantes para o setor. Mas, ao invés de mudar a regra de determinação do PLD, é mais interessante enfrentar as razões que causaram o esvaziamento excessivo dos reservatórios hidrelétricos e que resultaram nos preços elevados.

Um ponto que parece formar um consenso no setor é a inadequação do índice de custo benefício (ICB) para orientar a seleção de usinas nos leilões. O ICB foi criado pela necessidade de comparar usinas hidrelétricas, remuneradas pela energia, e termelétricas, remuneradas pela capacidade. No entanto, essa solução foi enviesada, priorizando a flexibilidade de centrais termelétricas. O parque termelétrico selecionado por esse critério não é adequado ao problema de suprimento brasileiro. As termelétricas com elevado custo operacional pouco contribuem para manter os reservatórios cheios. Por outro lado, seu despacho nos momentos em que os reservatórios estão vazios implica em custos que não são suportáveis pela sociedade brasileira.

O desafio da próxima página do setor elétrico, uma vez definido um novo método para selecionar as centrais, é viabilizar uma fonte termelétrica para operar na base. Se pensarmos que o gás natural deve cumprir esse papel, o que parece mais adequado[8], não será através de suprimento de GNL importado. Os custos elevados dessa importação não são adequados para a operação mais frequente dessas centrais. (…) O texto continua no Blog Infopetro.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

10 Comentários

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  1. Putz excelente artigo.O
    Putz excelente artigo.
    O melhor já publicado sobre a crise.

    Que todos saibam que a crise custou AO PAÍS R$20bi …no mínimo.
    Lembre-se disso.

    Só a conclusão é triste. O cara diz, assim como se não fosse nada, que seria recomendável a decisão de manter 20% da matriz em energia suja e cara. Isso é assumir a própria incompetência.
    Basicamente, ele diz que fudeu, nosso plano de backup está gerando na base. Aí me vem ele é diz…deixa assim mesmo.
    Comigo essa não cola. Vai trabalhar!

    Tudo isso ocorre a VAI VOLTAR A OCORRER até o país construir outras nucleares.
    Todo o resto é paliativo.

    Plantas eólicas já estão TODAS desenvolvidas comercialmente. Poucos projetos serão desenvolvidos após 10 anos.

    1. Athos,
         Vc tem dado

      Athos,

         Vc tem dado concreto sobre isto, pois sempre vejo “artigos dos atores”.

         Acredito que vc seja um dos que mais conhecem da área,  então vc não acredita na eficiencia energetica? 

         

      1. Não acredito com
        Não acredito com certeza.
        Tudo isso é bonito de ver, sustentável e saudável para a sociedade.
        Porém, os investimentos em eficiência se pagam em mais tempo que investimentos em geração.
        Como somos um país de recursos limitados. ..

        Isso é um ponto.

        Outro, que na verdade é mais relevante, é que se vc for comparar a geração do Brasil com a do resto do mundo verá que a geração de outros, em termos quantitativos, é muito mas muito maior.

        A tese de que somos um país ineficiente é mentirosa.
        Todos os países o são. O Brasil perde mais por ter seu parque gerador LIMPO há milhares de km de seu mercado.
        Essa história toda, o que gera perdas grandes, é a maior vantagem do Brasil e não pode ser criticada.

        O problema é parque de geração insuficiente. Não temos qualquer problema de ineficiência. Pelo menos não que o mundo todo tb não tenha.

        Investimentos em eficiência devem ser pequenos mas contínuos. Esses 400 mi ano já dão conta do recado. Já tem o dinheiro. Agora é gastar.

    2. É piada falar em crise de

      É piada falar em crise de energia quando o PIB está caindo. O caso FHC foi clássico:  tentou-se elevar o PIB muito além do que havia de energia disponível.

    3. Athos o errro é continuar o

      Athos o errro é continuar o modelo industrial atual.

      Não sei exatamente mais só com a bauxita se vai 25% do que temos de energia elétrica. Eu imagino o resto da industria de base.

       

       

      1. Melhore suas fontes

        Aliança,

        Concordo com você na enorme responsabilidade das atividades eletro intensivas. Um esforço na racionalização energética dessas atividades deve urgentemente ser feita.

        Apenas que os números não estão corretos.

        A bauxita por si só não consume tudo isso, mas sim a produção do Alumínio, depois ter passado pela concentração da Alumina a partir da bauxita. Quase a metade do custo operacional, no alumínio (lingote), talvez seja a energia elétrica. mas, isso é uma parte pequena do universo minero-metalúrgico do Brasil.

        Hoje, as atividades de mineração, utilizam aproximadamente um 16% de toda a energia produzida no Brasil e, obviamente, isso é muito.

        No Chile isso é pior, considerando ainda o elevado preço da energia industrial.

        O preço da energia, no Chile, supera US$0,2/kWh. Já no Brasil, estamos próximos de US$0,14/kWh.

        Chile utiliza, em média, 32% de toda sua energia na mineração (Brasil algo em torno de 16%). Na região de Antofagasta (Chile) nada menos que o 85% do consumo total de energia vai para a mineração. 51% dessa energia são gastas nas usinas de concentração. 60% do consumo nas usinas de concentração são por causa da moagem (no Chile a maior parte dos moinhos é do tipo SAG – Semi-Autógenos, de rotundo fracasso no Brasil). 

        A minha empresa desenvolve soluções de otimização e controle para redução de custos nas atividades de beneficiamento mineral,, onde temos muito a fazer.

    4. Gosto de suas opiniões e de

      Gosto de suas opiniões e de seus pontos de vista Athos mas há de se convir que temos um exemplo que não deve ser seguido: As Usinas de Angra. Estas são um verdadeiro fracasso. Projeto ultrapassado, num local habitado e de difícil manutenção (faltam peças das mais simples). A idéia de Us nucleares são e estão corretas. Num país como o nosso que não tem tufões e muito menos terremotos a assertividade seria muito grande. MAs teríamos o desconforto de construir grandes linhas de transmisão para a interligação destas mesmas usinas que devem ser erguidas em locais ermos. Prefiro a idéia de paineis solares. Temos um país que o indice de insolação é muito alto. Era só dar incentivo para nosso parque tecnol´[ogico e muito em breve já dominaríamos a fabricação de placas de produção de energia (que hoje são importadas) com a vantagem de ser uma energia limpa.

      1. Painéis solares tem

        Painéis solares tem eficiência de 16%. Isso não resolve nada. Mas nem tudo é ruim.

        O bom é que solar complementa de maneira perfeita a geração eólica. Cai como uma luva no sistema pois geração eólica vai a ZERO  ao meio dia e a solar está no máximo neste mesmo momento.

        Ambas como backup complementar seria lógico para o sistema. Eu disse complementar. O Backup mesmo deveria ser GÀS mas isso é outro assuunto longo que entra na Petrobras e não tou a fim de falar.

         

        O Brasil não é tão bom quanto se imagina em eficiência solar pois lugar com muita água tem muitas nuvens. Energia solar é bom para colocar nos telhados de Shoppings, Supermercados, prédios e ponto. Depois acabou.

        O grande plano da Alemanha é para daqui a 70 anos. Até lá, eles estão fazendo  térmicas a carvão mesmo. Ou seja, é um plano para uma tecnologia que ainda não existe, portanto, não é plano, é sonho.

        Isso porque estou aliviando a barra dos alemães. Minha opinião verdadeira é que eles usaram este engodo para substituir suas nucleares por térmicas a carvão simplesmente dizendo que depois, se, quem sabe, um dia surgir uma nova tecnologia, o futuro será muito melhor e mais limpo.

        Curiosamente as reservas de carvão da Alemanha são aparentemente infinitas.Uma mentira das mais grosseiras alardeada como solução limpa em energia. 

        Solar é uma tecnologia velha aperfeiçoada ao máximo. 16% para nós, 26% para a Nasa. Para ser solução, precisamos de outra solução tecnológica. Outro salto. E isso não é garantido, lembra dos supercondutores e sua prometida revolução? Bom, estamos esperando até agora. Não da para planejar nosso futuro contando com o acaso, sorte ou seja o que for.

        Sobre a energia nuclear,  o debate transcende o assunto geração de energia. Os países que a utilizam em larga escala são aqueles que dominam o cenário internacional.

        Estes mesmos países passaram legislação mundial, não admitida pelo Brasil, que impediria todo e qualquer desenvolvimento do campo por aqueles que o signataram.

         A França manda seu exército para a África, justamente onde estão reservas de urânio. EUA esgotam sistematicamente toda e qualquer mina na Africa que tem acesso. 

        Vc não desconfia da situação?E por aqui no Brasil…. esta dúvida toda.

        Não quer fazer tudo bem mas onde estão nossos estoques de Urânio? Isso é energia em estado sólido. Onde está? quem controla? onde fica? O que faremos com isso?

        Esta é a abordagem geopolítica. 

         

        As plantas de Angra são de outro tempo e seguras e apesar da fama de ineficiêntes teve ano que geraram 103%.As de hoje são muito mais seguras.

        E o local é apropriado. Tem que ser próximo do mar de preferência. Usinas nucleares foram feitas para ficar nesta distãncia mesmo de grandes centros. O Brasil é que é muito grande.

        Eu, como carioca, espero que TODAS fiquem aqui no meu estado. Pode colocar mais 30. Uma lá no Fundão.

         

        Sua preocuação decorre do medo do cancer, hehehe. Medo justo!

        Em minha opinião, há uma superestimação da influência de pequenas doses de radiação ao surgimento de canceres.

        Sua precaução vem sendo sutilmente estimulada, irradiada, propagada, amplificada pelos mesmos países que passaram aquela legislação mundial.

        O fato é que Chernobyl matou 42 pessoas e a represa de uma hidroelétrica em FUKUSHIMA que ruiu drante o terremoto(não maremoto) matou centenas.

        Dos sobreviventes de Hiroshima e Nagazaki, dos 10.000 expostos a altíssimas doses de radiação, do maior grupo de estudo existente, poucos morreram de cancer. Média semelhante a da população em geral.

        Medo de radiação é propaganda energética. E enquanto isso, mais uma mina esgotada na Africa…

        É isso aí. Se colocar no papel, geração hídrica mata mais. O que sobra é só o medo do cancer.

        Existem locais no Brasil altamente radioativos, como Poços de Caldas e Guarapari, onde não há incidência de canceres maior.  Estudos mais profundos DEVERIAM ser feitos mas os indícios são estes mesmo.

         

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